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Posted: 6 Jun, 2023 @ 7:22am
Updated: 16 Jul, 2024 @ 7:47am

(português mais abaixo)

I know it's no longer available, but anyway, I still want to analyze it.
Consider that I'm analyzing Lewis Carroll's original story.

I had my first encounter with Alice in my childhood, but rereading it as an adult is one of the most incredible things a book has ever brought me. It's magical to realize that within the same book, with the same words, there are two different stories, the second of which can only be perceived when one is old enough to understand the far fetched words and concepts that Lewis Carroll intentionally included in his book to show us the nuances that the same situation can have when seen through different eyes, as if wanting to show us that there is something hidden between the paths we tread in life, but forgetting to tell us whether it is a good or a bad surprise (or is it intentional once again? hmm).

What I can say about Alice is that curiosity reigns in her desires and thoughts, flowing with a strange naturalness among the impossible creatures she encounters and the potions, cakes, drinks, and other trivial happenstances. Except for the rabbit, that is irresistibly neurotic and cute creature that will take you down the abyss without asking your name, probably more than once, because in Wonderland, there is no reason to avoid this almost lyrical drunkenness while rabbits worry about time, stopping to ask your name is out of the question.

In this fantastic nightmare of chocolate, Alice, the crazily curious, ventures wherever necessary. The natural laws of life such as "don't go there! don't drink that! don't eat this!" have no value in that world. After all, what are rules that limit you for? The universe is full and colorful, and gravity is quite weak. Let the one who has never fallen cast the first rabbit. Something like that.

Now let's get serious. The figures we paint in the diversity of our human experiments are marvelous scenes from the wandering natural world that emanates from our innocent chest in highly blooming psychic springs, with an uncontrollable desire to access the garden where the light of our impulse hides while seeking in it's utopian dreams of proper manners far from the possibility of realization. See? Being serious is just boring.

So let's go back to... well... I want to tell you a thing. Don't be afraid of disappearing, it's something very, very, very difficult to happen. It would take something between 3 seconds and 3 years, except for days ending in 14, not much happens on those days. Reading Alice again as an adult (HAHA) reminded me of the piano songs I used to hear during the melancholic crises that me, I mean, Alice couldn't avoid, quite frequent, as being lost in a world of wonders is more terrible than not being. Alice is perhaps the greatest and best box of novelties one can have because even when they end, there is still more. But I think I got lost, let me try again.

Well then. What I learned from rereading Alice is that you can't trust words too much. They seem quiet, but that's only while you're looking at them, like the boys in fourth grade who never cease their experiments of terror. Lewis Carroll knew this well, and there seems to be an authentic desire in him to make us see these nuances with a good dose of expectations that last the time of a good nap. It moves from the marvelous to the terror in a way that makes you feel cherished, even if you are human.

But I warn you, Alice can unleash uncontrollable metamorphoses in your deepest knowing, resulting in great inspirations. Please, be careful!

That's it. A masterpiece that should be mandatory for everyone, both the living and the dead. But now I need to eat something urgently. See you!

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Eu sei que não está mais disponível, mas quero analisar assim mesmo.
Considere que estou analisando a história original de Lewis Carroll.

Eu tive meu primeiro contato com Alice ainda na infância, mas reler depois de adulta é uma das coisas mais incríveis que um livro já conseguiu me trazer. É mágico perceber que no mesmo livro, com as mesmas palavras, existem duas histórias diferentes, a segunda só sendo possível perceber quando já se tem idade suficiente para entender as palavras e conceitos rebuscados que Lewis Carroll incluiu de propósito em seu livro para nos mostrar as nuances que uma mesma situação pode ter quando enxergada com outros olhos, como se quisesse nos mostrar que existe alguma coisa oculta que está entre os caminhos que trilhamos na vida, mas esquece de nos contar se é uma surpresa boa ou ruim (ou é mais uma vez de propósito? hmm).

O que posso dizer sobre Alice é que a curiosidade reina em seus desejos e pensamentos, flui com uma naturalidade estranha entre as criaturas impossíveis que encontra e as poções, bolos, bebidas, e outros acasos do tipo sem importância. A não ser o coelho, esse irresistivelmente neurótico e fofo te levará abismo abaixo sem perguntar o seu nome, provavelmente por mais de uma vez, porque no país das maravilhas não tem nenhuma razão para evitar essa embriaguez quase lírica enquanto coelhos se preocupam com o tempo, parar para perguntar o seu nome está fora de questão.

Nesse pesadelo fantástico de chocolate, alice a doida, de curiosidade, mete-se onde precisar, as leis naturais da vida como "não entre aí! não beba isso! não coma aquilo!" não valem nesse mundo, afinal, para que serve regras que te limitam? o universo é pleno e colorido, e a gravidade é muito fraquinha. Quem nunca caiu que atire o primeiro coelho. Algo assim.

Agora vamos falar sério. As figuras que pintamos na diversidade das nossas experimentações humanas são cenas maravilhosas do mundo natural errante que emana de nosso peito inocente em primaveras psiquicas altamente floridas, com essa vontade irrefreável de acessar o jardim de onde a luz do nosso ímpeto se esconde enquanto busca em sua utopia sonhos soturnos de bons costumes muito longe da possibilidade de concretização. Viu? falar sério é só chato.

Então vamos voltar para... bem.. eu quero te dizer uma coisa. Não tenha medo de sumir, isso é algo muito muito muito difícil de acontecer, seria necessário algo entre 3 segundos e 3 anos, a não ser os dias que terminam em 14, nesses não acontecem muitas coisas. Ler Alice novamente depois de adulta (HAHA) me fez lembrar das canções de piano que eu escutava durante as crises melancólicas que eu, quero dizer, Alice não conseguia evitar, com muita razão, afinal, estar perdida em um mundo de maravilhas é algo mais terrível do que não estar. Alice é talvez a maior e melhor caixa de novidades que alguém pode ter, pois mesmo quando acabam, ainda tem mais. Mas eu acho que me perdi, deixa eu tentar de novo.

Pois bem. O que aprendi relendo Alice é que não dá para confiar muito nas palavras, elas parecem estar quietas mas é só enquanto você está olhando para elas, como os meninos da quarta série que jamais cessam seus experimentos de terror. Lewis Carroll sabia bem disso, e parece ser autêntico o desejo que tinha em nos fazer enxergar essa nuances com uma boa dose de expectativas que dura o tempo de uma boa soneca. Ela caminha do maravilhoso ao terror de um jeito que te faz sentir querida, mesmo você sendo human@.

Mas aviso, Alice pode desencadear em seu mais profundo saber metamorfoses ingovernáveis que resultam em grandes inspirações. Tome cuidado, por favor!

É isso. Uma obra prima que deveria ser obrigatória a todos, tanto vivos quanto mortos. Mas agora eu preciso comer algo urgente. Até mais!
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6 Comments
אמיליה 6 Jun, 2023 @ 1:24pm 
:cmwx:
Shawnel 6 Jun, 2023 @ 9:29am 
:tabbycat::tabbycat:
Sehrish 6 Jun, 2023 @ 8:28am 
:simplepinkheart:
d(e)adman 6 Jun, 2023 @ 8:21am 
really!?! gr8
Klaus 6 Jun, 2023 @ 8:02am 
:ontoagoodthing:
Allan 6 Jun, 2023 @ 7:46am 
:cure: Nice Review