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Posted: 11 Dec, 2019 @ 3:41pm

Assassin’s Creed Odyssey a ser um game divertido de jogar é o fato de seu roteiro ter partes bem escritas e que sabem usar o bom humor quando isso faz sentido. O game também traz uma boa dose de relacionamentos, mas eles estão mais ali para você ter uma desculpa para “se dar bem” do que como algo que cria uma conexão afetiva com outros personagens.

AC Odyssey

Também devo dedicar um parágrafo para elogiar a dublagem nacional, que está muito melhor do que o trabalho feito em Origins. Ouso até mesmo dizer que prefiro a interpretação nacional de Kassandra e Alexious àquelas feitas para o mercado americano, e dá para ver que os atores escolhidos estão se divertindo com os papéis que lhes foram atribuídos.

Odyssey quer ser diferente e, para isso, oferece aos jogadores uma nova forma de interagir com o mundo com a opção “Modo Exploração”. Ela elimina os poderes de clarividência do personagem, que passa a não saber mais sempre o local exato que ele tem que ir para cumprir seus objetivos.

Isso exige que o jogador fique mais atento aos diálogos e a outras indicações que surgem na tela, que dão dicas de como prosseguir. No entanto, não espere encontrar aqui algo tão imersivo quanto The Legend of Zelda: Breath of the Wild — muitas das dicas são bastante óbvias e o game costuma “segurar na sua mão” para você não ficar perdido e frustrado com a falta de indicações.

Odyssey também traz um foco redobrado nos equipamentos que você está usando. Há uma seleção generosa de armaduras, capacetes, proteções de braços e pernas, arcos, espadas, lanças, martelos e outros itens, que estão separados por diferentes níveis de raridade que definem os bônus de status concedidos aos jogadores.

Odyssey mantém a tradição da série de ser uma “colcha de retalhos” de elementos próprios com outros “emprestados” de outros títulos triplo A. Isso não impede que ele seja um dos melhores títulos a levar a marca, oferecendo aquele que provavelmente é o maior mundo aberto já criado pela Ubisoft

Há tanta coisa para fazer, locais para descobrir e personagens para conhecer que você pode chegar ao final da aventura sem explorar boa parte do mapa criado pela empresa. O foco aqui é em oferecer uma visita de luxo à Grécia Antiga, focando muito mais em uma história com começo, meio e fim bem definidos do que em evoluir a trama central e futurista da franquia — algo que podem desagradar um pouco alguns fãs de longa data.

A trama demora um pouco para engrenar, mas se mostra bastante interessante mesmo quando se desvia para um caminho mais fantasioso e prova que não deixou de lado as teorias da conspiração que ajudaram a definir a série. No final, Alexious e Kassandra se mostram bons protagonistas, mesmo que eles não sejam figuras tão bem desenvolvidas quanto Ezio Auditore ou Bayek de Siuá.

Abraçando ainda mais seu lado RPG, Assassin’s Creed Odyssey usa a base que funcionou em Origins e cria uma aventura ainda mais ampla e divertida de jogar. O game tem sim alguns problemas de ritmo e bugs, mas em geral apresenta uma experiência bastante sólida e que traz conteúdos de sobra para os fãs — isso sem deixar de lado os novatos, que podem começar a franquia por aqui sem ter muito problema em entender o que está acontecendo.

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