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Posted: 10 May, 2019 @ 6:05pm
Updated: 1 Nov, 2020 @ 1:34pm

Jogo: Tom Clancy’s The Division™
Gênero: Ação, TPS, RPG
Desenvolvedora: Massive Entertainment
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 26 de maio de 2014

ENREDO:

The Division, uma das maiores apostas da Ubisoft dos últimos anos e um dos jogos mais aguardados já desde a E3 2013, foi lançado. Trata-se de um jogo de tiro em terceira pessoa com alguns elementos de MMORPGs. Outra forma de o descrever é dizer que se trata do Destiny da Ubisoft, o principal objetivo é repetir as mesmas missões inúmeras vezes e no final esperar ganhar melhores armas e armaduras do que aquelas que já temos, o que nem sempre acontece, apesar do nosso esforço.

A história se passa em um futuro próximo, onde uma misteriosa doença começa a se espalhar durante a Black Friday, popular data norte-americana, com promoções em todas as lojas. O problema é que, com o frenesi de compras, o vírus desconhecido se espalhou pelas notas de dólar. A introdução logo apresenta o jogador aos membros da Division, organização secreta, aparentemente do governo, que é convocada quando os problemas estão em níveis impossíveis. São homens e mulheres com papéis variados na sociedade, de todas as classes. Quando são chamados, precisam largar tudo para cumprir a missão.

E qual seria essa missão? Manter a paz e conter o caos. O personagem do jogador é membro da Division, que precisa retomar o controle de Nova York, sitiada e tombada após o enorme contágio da doença. Agora, apenas alguns poucos sobreviventes vagam pelas ruas, além das gangues que saquearam e estão no poder, sequestram pessoas e cometem crimes ainda mais graves.

Não há como terceirizar a culpa: os verdadeiros monstros são os próprios seres humanos e suas ações extremas enquanto tentam sobreviver ou se aproveitar da situação instável. Tudo fica ainda mais evidente com a vasta coleção de materiais extras que podem ser descobertos no mapa e que dão uma ideia precisa de como tudo se desenrolou e como as coisas ainda acontecem: são ligações, relatórios oficiais, imagens de drones, câmeras de segurança e diversos outros documentos que contam a história de como tudo estava antes de você chegar. É justamente o flerte com a realidade, o apocalipse possível, com lugares, reações e situações reais, que torna a história de The Division tão imersiva.

GAMEPLAY:

The Division é e não é um MMORPG, ele possui alguns elementos do gênero, mas poucos. Pense nele como a versão urbana e em terceira pessoa de Destiny. O jogador controla o personagem sozinho pelos cenários, mas é possível jogar de forma cooperativa com amigos ou até mesmo participar das missões sem ajuda de ninguém, apenas com os NPCs ou personagens controlados pelo computador.

Outros jogadores sempre aparecem em locais como a base de operações, onde todos se reúnem para revisar equipamentos, falar com personagens para avançar a história, coletar recompensas ou se informar de mais missões. Os elementos de MMORPG também vão além, com possibilidades configuráveis na evolução do personagem e modificações nos equipamentos.

A jogabilidade padrão é de tiro em terceira pessoa, lembra games como Uncharted e Gears of War. Não há sistema de assistência de mira, ao menos, não no início. Portanto, quem está acostumado com "ajuda" em jogos de tiro, pode demorar até se acostumar, o que dificulta a progressão. Porém, nem de longe esta ausência é ruim. Um pouquinho de realismo não faz mal, não é?

O foco do game, porém, está nas missões. E aqui voltamos ao esquema de MMO: há as principais, que fazem o enredo andar e também contam mais segredos da história, mas também existem as secundárias, que expandem o universo de The Division e podem render ao jogador mais armas, equipamentos e pontos de experiência.

MULTIPLAYER:

O multiplayer é um dos pontos altos do título. Você pode jogar as missões com amigos ou se aventurar na Dark Zone, o modo PVP. É recomendável encarar o Dark Zone apenas após o nível 10, pois é provável que seja uma experiência frustrante e poderá afastá-lo dessa modalidade.

Também há personagens NPC's como inimigos no Dark Zone, portanto, todo o cuidado é pouco. É preciso estar sempre com máximo atenção durante o modo, já que qualquer um pode te atacar e se tornar um agente rebelde a qualquer momento.

GRÁFICOS:

Sobre os gráficos... É perfeitamente compreensível que você tenha ficado chateado com o downgrade significativo que The Division recebeu desde a sua apresentação na E3 2013. Sim, ele aconteceu, não há como ♥♥♥♥♥, mas, acredite: o jogo ainda está belíssimo e isso não é um exagero, principalmente no PC, que conta com algumas melhorias leves em relação aos consoles.

O que acaba sendo mais evidente é a questão dos reflexos: The Division sofre com o mesmo problema que Watch Dogs, com janelas que não têm reflexos reais e imagens texturizadas que não condizem com a realidade.

TRILHA SONORA:

É preciso elogiar o trabalho de dublagem, melhorado a cada novo game lançado pela Ubisoft no Brasil. Aqui, ela está ainda melhor. A escalação do elenco foi perfeita, com todas as vozes bem dubladas. Por fim, a trilha sonora mantém o nível e dita o tom de cada cena, seja mais agitada ou calma.

OTIMIZAÇÃO:

O game sofre com ocasionais quedas leves de frames quando muitos elementos estão presentes na tela, como uma grande quantidade de partículas e efeitos de iluminação ao mesmo tempo. Além disso, ocasionalmente algumas texturas demoram segundos para carregar, mas nada que tenha impacto significante na jogatina. O aspecto geral e a atenção aos detalhes, compensam nesse aspecto.

CONCLUSÃO:

The Division é uma das melhores cartadas da Ubisoft nos últimos anos. Uma nova IP, diferente do que estamos acostumados, com uma jogabilidade em terceira pessoa a lá Gears of War e um sistema de evolução viciante. No futuro, tudo pode ficar ainda melhor com mais Raids, missões, expansões e conteúdos extra. Fora a repetição, que talvez nem chegue a te irritar, tudo funciona muito bem e faz deste um dos principais jogos da geração, principalmente pensando no custo benefício, já que conteúdo e missões não faltam, além de tudo que ele traz jogando online. A Dark Zone é a cereja do bolo, uma ótima ideia para gerar duas formas de se jogar o mesmo game. Sem dúvida alguma, vale o seu investimento.

Enredo: 9
Gráficos: 9
Gameplay: 9
Multiplayer: 9
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 8.5

Nota final: 9.0/10

RECOMENDADO!
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