Seneste anmeldelser af Guilherme

Primeiro jogo do desenvolvedor David Wehle, mesmo criador de The First Tree. A história é sobre uma garota que perde o ônibus pra escola, e essa cirscunstância muda o rumo do seu dia. Um simples simulador de andar, não linear, com uma narrativa fragmentada em objetos espalhados pelo cenário.

David Wehle mescla sentimentos tristes, de forma bonita, bem ambientada e com finais alternativos. Recomendo muito os dois jogos, apenas 8$ em promoções.

A estranha sensação prazerosa em mutilar dezenas de pessoas, orquestrada ao som de música sintetizada frenética, faz de Hotline Miami uma experiência alucinógena, capaz de faze-lo antigir os mais altos níveis de concentração.

🐔 Jacket é um personagem enigmático, não fala, impassível, sofre alucinações, e seu nome nem ao menos é apresentado. Em seu apartamento o protagonista frequentemente recebe ligações codificadas, com a simples instrução "vá em tal lugar e mate todo mundo". Estes locais estão repletos de membros da máfia russa.

Ao fim de cada matança, Jacket passa em estabelecimentos comerciais, compra pizzas, aluga VHS's etc. O comerciante desses lugares, curiosamente sempre é o mesmo personagem, conhecido como "Beard". Ele puxa conversa com Jacket, sempre como um amigo de longa data, fornecendo produtos gratuitamente e demosntrando certa preocupação.

A narrativa é fragmentada, difícil de entender, mas ao mesmo tempo intrigante. Recomendo que jogue a continuação, pois revela boa parte dos acontecimentos, apresentando pontos de vista diferentes, além de ser a conclusão dessa história fantástica. Deixo aqui esse site chamado Fandom[hotlinemiami.fandom.com] basicamente um acervo digital com muita informação sobre este universo, uma ótima leitura.

🐷 Jogabilidade absurdamente rápida, nos primeiros minutos pode ser desconfortável a paleta de cores extremamente saturada, um ângulo de visão limitado, mas com tempo a sensação é de êxtase puro, tornando a jogatina frenética e desafiadora.

A dificuldade é punitiva, um disparo é o suficiente para sua morte ou a do inimigo. Existe a possibilidade de stealth, armas silenciosas, abates calculados etc. Porém ocasionalmente alguma situação de raciocínio rápido vai acontecer, e vários inimigos irão em sua direção, forçando decisões rápidas.

Matar inimigos em sequências de "combos" é a grande diversão do jogo, melhora sua pontuação, além de desbloquear novas máscaras, cada uma com características bem criativas, como o cavalo que mata seu inimigo ao derrubar uma porta, ou a girafa com visão de longo alcance.

🐻 Os efeitos sonoros são um deleite. Cada facada, tiro, membro decepado, cabeça esmagada, possui uma resposta sonora satisfatória. Ok, talvez seja bizarro admitir isso. A trilha sonora dispensa comentários. Apesar de jogar só agora, conheci o jogo depois de assistir Drive, e há 4 anos sou viciado em Synthwave.

🐸 Uma viôlencia insana, mas não por acaso, a "morte" é desprovida de qualquer tipo de carga emocional, culpa ou remorso. Isso fortalece a atmosfera psicótica, mas levanta a questão: Por que violência desperta nosso interesse? Liste seus jogos, livros, filmes favoritos e com certeza algum deles terá algum teor violento. A Atmosfera de Hotline é sangrenta e desconfortável, mas você quer saber até onde ela pode te levar.

Em alguns momentos é estabelecido um certo afronte psicológico com o jogador, de forma sutil, quase como uma espécie de "quarta parede". Um exemplo é ao finalizar cada nível, a música é interrompida abruptamente e você deve retornar ao veículo, passando por cima de todos os inimigos dilacerados em meio a banhos de sangue, mesmo que subconscientemente, surgem questionamentos em torno disso, como o próprio monólogo diz "Do you like to hurt other people?"

Uma experiência necessária, além das referências em Drive, Cocaine Cowboys e Miami Vice, passa uma vibe de Fight Club, Pulp Fiction e vários slashers/thrillers 80'90's.

🎵 Sinta-se à vontade para recomendar músicas ou conferir minha playlist baseada no game> punching a face[open.spotify.com] e outra do mesmo genêro> chillwave[open.spotify.com]

Cortar jugulares ao som de sintetizadores

Basicamente um "Where's Wally?" versão carnificina furtiva. O serial killer da história é burro por não curtir essas festas cheia de maluco, vários tragos, ursos dançarinos, russos e música boa.

Gameplay divertida, com um leque de opções pra derramar sangue, cada npc reage de forma diferente em determinada situação, diálogos engraçados e situações inusitadas. Uma boa variedade de personagens desbloqueáveis, cada um com seu estilo de jogo.

Ótimas fases, com suas características próprias e diferentes traps. Um sistema dinâmico de respaw, que ao reiniciar um nível, altera/muda o "layout" dos elementos, sem deixar enjoativo ou previsível. É compatível com a oficina, bastante conteúdo criado pela comunidade.

1:30 da manhã, há 2 meses com insônia, resolvi testar esse jogo, reclinei a cadeira, New Game, 30min depois, dormi.

Premissa misteriosa, mas conforme a história desenvolve, esse clima fica pelo caminho.
Eu não queria acreditar que era apenas aquilo, esperava por algo revelador, surpreendente, mas no fim era só mais um clichê, e dos piores possíveis. O tema abordado é interessante, mas o enredo consegue ser extremamente raso, parece que foi escrito por um fã de Malhação. Posso estar sendo rude, ou velho demais pra drama adolescente.

A gameplay é monótona, basicamente ler informações em notas/cartas, que te levarão ao próximo item e assim por diante. Existem dezenas de objetos inspecionáveis espalhados pela casa, e a grande maioria não serve pra nada. Se você curte observar e coletar itens, isso pode ser bem cansativo.

Sei que esse tipo de jogo é uma experiência diferente para cada um que jogá-lo, mas isso não o torna melhor, como muitos pseudocults dizem, e muito menos eleva a esse patamar surreal. Vi sites lamentando o fato de não ter sido indicado a melhor do ano, junto com Tomb Raider, The Last of Us e BioShock.

Vale ressaltar a boa imersão, bons efeitos de ambientação e referências 90's legais.

Muitos fatores pessoais estão relacionados ao nosso senso crítico. Oque é bom pra um, pro outro pode ser ruim. Sempre bom tirar suas própias conclusões. A narrativa pastelona foi uma grande decepção, esperava mais. Não costumo analisar valor, mas neste caso acho válido levar em consideração o preço salgado, até mesmo em sale 50%. Entrega 1~2hrs de gameplay. Experiência frustrante.

Experiência cativante, que concilia uma lore bonita com mecânicas fáceis. Além de jogo, um aprendizado com muitas referências interessantes sobre a região nordestina, histórias e seus costumes.

Gameplay adventure com elementos de sobrevivência singelos, mas funcional. Existe um sistema de craft, logo o jogador precisa manter os níveis de fome/sede colhendo e preparando iguarias regionais.

O Mapa é razoavelmente grande, com colecionáveis escondidos, cada um com histórias sobre a deplorável situação de vida no sertão do século XIX. Fica evidente o carinho dedicado a cada item e lugar.

Curto 1:30-2:00hrs, entrega o que promete, barato, bem feito, bonito e com conteúdo. Recomendo

space occupied by the game: 195MB

space used by screenshots: 2.5GB

estimated game time: 30min

my playing time: 160min

Jokes aside, a beautiful message about a young man who is leaving home for adulthood. We packed our bags, said goodbye to loved ones and enjoyed the beautiful view.

Tristeza e esperança de mãos dadas

Sempre encantador a maneira como jogos atmosféricos transmitem sentimentos por meio de elementos tão singelos. Em uma espécie de Texas steampunk, um serzinho explora lugares devastados, coletando combustível e sobrevivendo. Uma pegada bem WALL·E.

Sem diálogos, textos, apresentação ou coordenadas, apenas o instinto de seguir em frente. Assuma o último sobrevivente pós-apocalíptico em um mundo desconhecido e mistérioso. Explore cenários melancólicos, colete diversos objetos, enfrente adversidades climáticas, com um constante sentimento de descoberta e sobrevivência.

Gameplay simples, conduzir sua embarcação e administrar simultaneamente suas diversas mecânicas: içar velas, abastecer, manutenir, acelerar e frear.

Nesta jornada solitária, mais que um simples meio de transporte, seu veículo é um amigo próximo, sua casa, seu único companheiro nesta atmosfera vazia.

Em média 2-3hrs, poucos puzzles, arte melancólica, efeitos sonoros imersivos, e uma trilha sonora[open.spotify.com] comovente. Ótimo indie. Recomendo.

Fezes e muita fofura 💩💚

No geral, coisas estranhas sempre me chamam à atenção. Bulb Boy é um jogo excêntrico, com universo próprio, e boas animações.

Controle uma lâmpada, perdida em seus pesadelos nojentos, e ajude a recuperar sua família. Um belo adventure point-and-click, com uma arte diferente, cenários interativos e trilha sonora melancólica imersiva.

Quebra-cabeças complexos e uma boa narrativa

Não se engane, Ageless não é um passeio no parquinho, com visual bonitinho e jogabilidade fácil. Se trata de um bom jogo de plataforma, com puzzles complexos, mecânicas desafiadoras e raciocínio lógico.

Kiara, está à procura de uma dádiva misteriosa. Ao encontrá-la, descobre que tem o poder de manipular o tempo, envelhecendo ou rejuvenescendo a fauna. Porém isso tem seu preço.

É destacado valores morais, conflitos internos da jovem, e sua busca pelo sentido da vida. A história gira em torno de poucos personagens, bem focada, de fácil entendimento, e consegue entregar uma mensagem bonita.

A jogabilidade é bastante interessante, você pode alterar a idade dos animais e plantas, gerando novas dinâmicas ao decorrer das fases. Você usa destes artifícios para completar cada nível, além da possibilidade de "congelar" o tempo.

Existem muitas maneiras de se resolver os puzzles, no início pode ser confuso, já que cada mundo possui um "bioma" específico, mudando a maneira de jogar frequentemente. A dificuldade é gradativa, se tornando bem desafiador ao decorrer do jogo.

Gameplay 8-10hrs só a história. Fator replay é presente, muitos colecionáveis espalhados no mapa. Encontrar é relativamente fácil, dificuldade fica em resolvê-los.

Alguns fatores me incomodaram, como o pulo na parede, não existe controle da direção, causando mortes bobas. A personagem continua andando ao mirar, isso atrapalha bastante na hora do disparo. Falta também opção de ajustar a sensibilidade da mira.

A ausência de feedback sonoro, deixa a gameplay um pouco "vaga" em algumas situações. Ao coletar um bônus, ativar um item, nenhum som alerta o jogador. Fica evidente a falta de um "ajuste fino". Comuniquei os devs, sobre esses detalhes e deram feedback positivo, vale analtecer a posição deles.

É visível a influência em Celeste, tanto no design como na maneira de entregar a história. Fico feliz por isso, narrativa e puzzles com pesos equivalentes em um game de plataforma, só enriquece a experiência. Mesmo com alguns detalhes negativos, é um ótimo jogo, com proposta diferente e uma mensagem linda. Recomendo.

Pequena narrativa, 5-10min, porém com um grande impacto. Gardiner, esconde um jovem imigrande a bordo de seu barco, logo em frente é abordado por um patrulheiro inglês. A imensidão do oceano enaltece a hostilidade da situação, homens em lados opostos, diferenças, cenário surrealista, trilha sonora relaxante. Uma experiência reflexiva, com crítica política. Recordei essa cena
https://www.youtube.com/watch?v=BcG_fPSMsrQ