Quando eu era adolescente, uns 12 ou 13 anos, eu fiz um furo no col

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. Eu desvendava você, enquanto esquecia de mim mesmo. Pura imaturidade, eu sei, mas só hoje enxergo isso, e talvez naquele tempo a única solução era de fato terminar, mas confesso que não o fiz de um jeito legal. Não foi um término com honra, não foi um fim gentil depois de uma relação permeada de tantos eventos excêntricos e belos.
Me desculpa por ter sido um covarde, mas tive medo. Sempre tive. Medo de que você usasse seu discurso para me prender de novo, e de novo, e de novo. Medo de que você derramasse suas lágrimas pesadas de solidão. Medo de que você me culpasse pela sua dor.
Espero que um dia você possa me perdoar, e se lembre de tudo o que passamos juntos, de toda felicidade que tivemos, saudosamente.
Até.

Eu sei que fui um covarde quando te deixei.
Sei o quanto você precisava ouvir aquelas palavras face a face, e não atrás de uma tela de vidro, mas tive medo de que pudesse cair novamente em sua lábia persuasiva.
Eu me sentia preso na nossa relação. Me sentia incapaz de ter um tempo para mim, um tempo em que eu pudesse ficar completamente sozinho, acompanhado apenas do meu próprio eu. Eu sentia que, na nossa relação, eu não me desvendava.

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