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Jogo: F1™ 2017
Gênero: Corrida, Simulação, Esportes
Desenvolvedora: Codemasters
Distribuidora: Codemasters
Data de lançamento: 24 de agosto de 2017

SOBRE O JOGO:

F1 2017 é um jogo de corrida que busca simular a principal categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1. Desde 2009, quando adquiriu a licença oficial da FIA para produzir jogos desta categoria, a Codemasters vem trazendo inúmeras novidades para os seus games. Nessa nova versão, ela anunciou a chegada de Carros Lendários. O entusiasmo foi enorme. Imagine correr em circuitos clássicos com essas máquinas e seus pilotos famosos, mas com a qualidade dos games atuais? Pois é! Existem 12 carros Lendários da Fórmula 1 disponíveis, mas não os circuitos antigos e nem mesmo os pilotos clássicos licenciados.

A produtora foi capaz de estabelecer um novo paradigma, conjugando autenticidade com desafio, com atenção aos detalhes e oferecendo uma condução próxima da realidade. Sobretudo permanece a boa sensação de guiar um carro de Fórmula 1, que pode ser ajustada de acordo com o nível de experiência do jogador. De forma mais agressiva e arriscada, visando uma experiência próxima da realidade, ou simplesmente uma condução arcade e pouco penalizadora quando a intenção é apenas se divertir.

GAMEPLAY:

Sendo esse o aspecto mais importante, F1 2017 continua entregando um jogo acessível tanto para aqueles que gostam de simuladores, quanto para os que preferem uma experiência mais arcade. A jogabilidade de toda a franquia sempre foi muito boa, mas houve uma evolução acentuada nesta versão por alguns simples motivos. O principal é que a IA do jogo evoluiu muito. Antes, mesmo nos níveis mais difíceis, colocar o carro lado a lado com o seu adversário era praticamente garantia de que ele recuaria na freada e você tomaria a posição. Em F1 2017 você pode esquecer disso meu amigo, pois os adversários vão brigar roda a roda, procurando qualquer brecha e espaço para lhe passar ou evitar a ultrapassagem, deixando o jogo mais realista e provando que definitivamente você está pilotando um Fórmula 1, categoria onde os melhores pilotos competem.

Em 2017 tivemos algumas mudanças nas regras da modalidade, com carros maiores, maior resistência aerodinâmica e pneus mais largos, o que deixou o carro muito mais veloz em curva e com muito mais tração. E tudo isso é replicado no jogo. Os carros têm mais downforce, sendo muito mais fácil achar aderência na curva, tendo mais tração na sua saída, sem contar que conseguimos frear dentro da curva. Mas tudo isso tem um preço e sua pilotagem terá que beirar a perfeição, afinal você está mais rápido e com isso sua margem de erro diminui.

O principal modo de F1 2017 é o Carreira. Nele, você inicia a sua jornada na maior categoria do automobilismo mundial rumo ao título de campeão. Mas, para isso, será necessário encarar uma jornada que se inicia desde a rivalidade interna com seu companheiro de equipe, até conhecer melhor o seu carro e adaptá-lo para os melhores ajustes. Esse ponto simula perfeitamente a F1 original, onde é necessário ter cuidado com os equipamentos, devido à provas mais extensas com treinos, qualificação e corrida. Agora você tem partes do motor com várias peças que se desgastam, o que pode ser mais ou menos acentuado conforme seu estilo de pilotagem. O jogo no modo Carreira reproduz todo o cenário da F1, com agentes, membro de equipes e também eventos com patrocinadores onde você dirige carros clássicos que retornam do passado das pistas a esta edição.

No total temos 12 carros clássicos disponíveis, entre eles o Red Bull R86, de Sebastian Vettel e Mark Webber, a Williams FW14B pilotada por Nigel Mansell, a Ferrari F2002, de Rubens Barrichello e a lendária McLaren MP4/4 de Ayrton Senna. Existe inclusive um modo carreira com esses carros clássicos o que torna o jogo mais atrativo para aqueles que cresceram com o esporte, mas perderam o contato conforme o Brasil foi perdendo a representatividade nas pistas.

GRÁFICOS:

Apesar do motor gráfico datado, a Codemasters conseguiu fazer um trabalho impressionante e o F1 2017 teve uma melhora acentuada nos gráficos comparando com a versão anterior. Aspectos como a sensação de velocidade e detalhes nas pistas foram otimizados, melhorando até mesmo a faísca do carro quando o assoalho toca o chão. A chuva também melhorou muito, sem falar nas corridas noturnas ou de fim de tarde e você tentando guiar um F1 com o sol batendo no visor do seu capacete.

Todos os circuitos foram melhorados e agora parecem ter mais vida, principalmente pelo aumento da quantidade de gente em torno da pista, no público e até mesmo na linha de largada. As animações dos fiscais, dos mecânicos e equipes de TV, melhoraram. A modelagem dos carros, tanto os novos quanto os antigos, continua de primeira. Os efeitos de destruição em função dos acidentes ainda envolvem rodas voadoras, peças de suspensão se fragmentando e tudo aquilo que é necessário para fazer a batida parecer impressionante.

Uma grande novidade na parte gráfica é a possibilidade de correr em alguns circuitos famosos em condições totalmente customizáveis de clima e tempo: você pode começar uma corrida no seco e acabar debaixo de uma chuva torrencial ou até mesmo dar umas voltas em Mônaco durante a noite. O aspecto da mudança dinâmica do clima é algo que continua particularmente impressionante, com o efeito da chuva fazendo uma diferença substancial tanto na jogabilidade quanto no visual.

TRILHA SONORA:

Com os aprimoramentos gráficos, vieram também as melhorias no áudio, principalmente com efeitos de vento e chuva. Não basta ter um visual espetacular se o som não corresponder a altura. E a Codemasters pensou nisso. Motivo de controvérsia na Fórmula 1, o som dos motores V6 turbo não são os mais populares. Ainda assim, a equipe de desenvolvimento continuou o ótimo trabalho feito nos dois jogos anteriores e conseguiu retratar com fidelidade a sonorização dos propulsores para dentro do game.

Por ter carros de outras época, a produtora teve que recriar diferentes tipo de roncos de motor. São todos diferentes uns dos outros, e bem caprichados a ponto de ser possível identificar cada carro apenas pelo ronco do motor de cada época. A sensação nostálgica com aqueles roncos altos e agudos não tem preço. O rádio é interessante. Ocorre de tudo, desde interferências dentro do túnel de Mônaco até o engenheiro dizer que não entendeu o que você falou devido a estática, e até mesmo informando que a rádio ficará inutilizável por um tempo devido a problemas. As informações são pertinentes, e muitas ou você as segue ou literalmente não completará as corridas.

OTIMIZAÇÃO:

O jogo condiz com os requisitos mínimos e recomendados, roda tranquilamente à 60 quadros por segundo, e não é preciso possuir um PC poderoso para isso, a fluidez na mecânica de jogo possibilita várias horas de diversão.

CONCLUSÃO:

F1 2017 é de longe o melhor simulador da principal categoria do automobilismo mundial. Com a presença de carros históricos, inovações no Modo Carreira e a manutenção de gráficos e jogabilidade que já rendiam elogios. Para os amantes de jogos de corrida, seja você aquele jogador de final de semana sem volante e sem experiência, mas principalmente para aqueles que gostam de velocidade e são apaixonados por simuladores, esse é um jogo que não pode faltar na sua biblioteca. A diversão é garantida.

Porém, poderia ser muito melhor se a Codemasters tivesse adicionado circuitos antigos, e não tivesse colocado pilotos fictícios em carros lendários. Realmente é chato correr contra um "Esto Saari". É decepcionante nesse ponto, não há como ♥♥♥♥♥.

Diversão: 10
Gameplay: 10
Gráficos: 10
Trilha Sonora: 9
Dificuldade: 8

Nota final: 9.5/10
RECOMENDADO!
Upplagd 5 maj 2020. Senast ändrad 21 oktober 2021.
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23.2 timmar totalt (20.5 timmar när recensionen skrevs)
Jogo: Life is Strange 2
Gênero: Aventura
Desenvolvedora: DONTNOD Entertainment
Distribuidora: Square Enix
Data de lançamento: 26 de setembro de 2018

Obs: É recomendado que você jogue a demonstração grátis "The Awesome Adventures of Captain Spirit" antes de se aventurar em LiS 2!

ENREDO:

Três anos após os eventos de Life is Strange, os protagonistas agora são os irmãos Diaz, Sean e Daniel, um adolescente latino-americano de 16 anos e uma criança de 9 anos. Os dois moram em Seattle junto com o pai, Esteban. Em determinado momento quando tudo parece calmo demais, ocorre uma grande reviravolta que é difícil de acreditar, um acidente envolvendo a família Diaz causa um dilema moral e torna-se responsável pela motivação inicial da trama, a qual é surpreendente e deixa o jogador impactado logo de cara.

O capítulo 1 “Estradas” apresenta ao jogador os motivos que levaram Sean e Daniel a fugir de forma tão repentina, isto é, o incidente no início do game que ocasiona a morte de Esteban, seu pai. Nesse sentido, os dois garotos são obrigados a saírem de sua zona de conforto e enfrentar a atual situação com persistência e bravura. Ao longo do capítulo é explicado que Daniel possuí um poder misterioso, a partir daquele momento foi possível perceber que a aventura dos dois seria repleta de grandes reviravoltas.

O capítulo 2 “Regras” começa mostrando as consequências de nossas ações no primeiro episódio, além de apresentar um desenvolvimento maior entre os irmãos Diaz. O episódio mostra Sean ajudando Daniel a controlar o seu poder, além de trazer profundidade emocional aos personagens. Ao longo do capítulo o jogo apresenta outros familiares de Sean e Daniel, intensificando ainda mais a dinâmica entre os personagens.

O capítulo 3 “Terras Devastadas” mostra os irmãos Diaz mais maduros e adaptados à sua atual situação em que viviam. Além disso, o episódio apresenta personagens carismáticos como Finn e Cassidy, amigos e também possíveis interesses amorosos de Sean ao longo da trama. Ao longo do capítulo Daniel demonstra estar praticamente no auge do controle de seus poderes, no entanto, muito longe de um nível de controle emocional necessário ao seu poder. A maior reviravolta do capítulo ocorre justamente por Daniel ser apenas uma criança de 9 anos, e por sua imaturidade em diversas situações da trama.

O capítulo 4 “Fé” apresenta o auge do desenvolvimento dos irmãos Diaz, é durante os acontecimentos desse episódio em que é possível perceber claramente os laços que foram criados durante a aventura dos irmãos até aqui. Ao longo do capítulo, Sean e Daniel têm seus conflitos, e quando tudo parecia perdido, um novo personagem anteriormente citado é finalmente apresentado ao jogador. É interessante e bonito de ver a dinâmica de conflitos e reconciliações entre a família Diaz.

Por fim, O capítulo 5 “Lobos” mostra o desfecho do drama vivido por Sean e Daniel, os dois seguem na esperança de chegar ao México, onde planejam deixar tudo pra trás e viver suas vidas de forma plena. No entanto, não é uma tarefa fácil e os dois acabam enfrentando problemas sérios no caminho, vale destacar que é abordado de forma excelente e condizente à realidade, o problema de racismo e xenofobia que os norte americanos possuem com os imigrantes. Ao longo do capítulo é apresentado um importante personagem do primeiro Life is Strange, é incrível ver que a DONTNOD tem um cuidado enorme com a criação e manutenção de um universo próprio, repleto de personagens e conexões entre eles. Vale ressaltar que, o jogo possuí 7 finais, com isso, seu final é totalmente determinado por suas escolhas durante os capítulos anteriores, e a forma que você educou Daniel nas situações que apresentavam dilemas morais difíceis de lidar.

GAMEPLAY:

Nesse quesito, existem algumas mudanças em relação ao primeiro jogo, a primeira diferença marcante em Life is Strange 2 é a ausência da mecânica de tempo. Como houve uma mudança de protagonista, temos um jogo menos marcante emocionalmente e mais focado na narrativa. Contudo, a jogabilidade se mantém praticamente a mesma, incluindo os colecionáveis, que agora são desenhos de locais específicos que Sean é capaz de fazer ao logo da trama.

O que há de novidade é a dinâmica de interação com Daniel. Em diversas partes da jogatina, é possível pedir pra ele fazer o uso de seus poderes, seja para interagir com objetos do cenário, seja para interferir em pontos-chaves do enredo. É algo que funciona e garante a fluidez da narrativa, entretanto, é preciso ter cuidado, pois tais ações influenciam no comportamento de Daniel.

GRÁFICOS:

O jogo apresenta gráficos que combinam totalmente com a proposta, em relação ao primeiro jogo, existe um nível de detalhamento muito maior, além de trazer cenários já vistos pelos fãs da série, como a marcante Arcadia Bay. É importante pontuar que, o jogo aprimorou todo o visual de seu antecessor e trouxe gráficos magníficos, respeitando a proposta do jogo, além de contar com uma boa aplicação de texturas e uma iluminação belíssima. Os cenários são fiéis ao clima norte americano, com neve em alguns locais, florestas temperadas em outros, até mesmo o deserto da Califórnia é bem representado.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora do jogo é muito bem produzida, possui faixas já existentes, mas também trilhas originais criadas especialmente para o jogo, a escolha dos hits em momentos de felicidade entre Sean e Daniel, ou até mesmo em situações de drama é muito bem feita. Sem contar que a escolha das vozes foi um dos principais focos do jogo, conseguindo transmitir muita emoção nos acontecimentos da trama.

Outro ponto que merece destaque é a localização das legendas para o português. Um dos elementos que marcam a série é a linguagem coloquial e as gírias. A localização foi tão bem feita que adaptou gírias adolescentes e até mesmo xingamentos de maneira exemplar.

OTIMIZAÇÃO:

Sem muita coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, os jogadores podem desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com algumas configurações bem modestas. Bem, no quesito otimização, o jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados.

CONCLUSÃO:

Life is Strange 2 é um jogo de forte enredo, muito envolvente, cativante, dramático e divertido, capaz de prender o jogador até o fim. Pode não ser tão emocionante quanto seu antecessor, mas retrata a realidade do racismo e xenofobia vivenciada por muitas pessoas atualmente. A DONTNOD Entertainment conseguiu manter o nível dos jogos anteriores e garantiu mais um sucesso do gênero.

Enredo: 10
Gráficos: 10
Gameplay: 10
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 7

Nota final: 10/10
RECOMENDADO!
Upplagd 12 december 2019. Senast ändrad 21 oktober 2021.
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13.2 timmar totalt
Jogo: Assassin's Creed
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 09 de abril de 2008

ENREDO:

Assassin’s Creed põe o jogador na pele de Desmond Miles, um barman que foi sequestrado e aprisionado por cientistas interessados em sua memória ancestral, utilizando a máquina Animus, que acessa as recordações contidas no DNA do paciente. Desmond então passa a recordar a vida de um de seus antepassados, pertencente à Ordem dos Assassinos, Altaïr Ibn-La'Ahad. Al-Taa-Ïr significa "águia voando", em árabe. O nome não poderia ser mais apropriado para o herói, um assassino de elite que, no ano de 1191 d.C., defende o islamismo matando os líderes cristãos.

O grupo do qual Altaïr pertence, denominado Assassinos, vive sob três leis absolutas; Nunca matar uma pessoa considerada inocente, ser sempre discreto, nunca comprometer a Irmandade. Entretanto, por causa de sua arrogância e descuido, Altaïr acaba quebrando essas leis, desonrando-se e comprometendo a Irmandade. Para recuperar seu antigo status, ele deve procurar e matar nove alvos a mando de seu mestre, Al Mualim. Altaïr relutantemente aceita a tarefa e, um a um, assassina oito dos nove homens. Cada um de seus alvos, minutos antes da morte, fala sobre um membro que Altaïr nem imagina que faz parte da caçada do reino dos perdidos aos Pedaços do Éden. Por fim, sua nona vítima é Robert de Sablé, o líder dos Cavaleiros Templários e principal alvo de Altaïr. Há também a presença de uma figura histórica, o rei Ricardo Coração de Leão, líder do exército cruzado, tido como uma lenda por sua grande reputação como guerreiro e líder militar.

O enredo do jogo segue passos lentos, com cutscenes longas e vários diálogos. Vale ressaltar que, a trama vai se desenvolvendo com calma e pés no chão, é possível que você sinta-se entediado com o passar da jogatina devido a linearidade da narrativa e a falta de elementos inesperados. No entanto, o enredo atinge outro patamar em sua reta final, em uma trama filosófica e cheia de reviravoltas, capaz de intrigar o jogador e fazê-lo refletir sobre o que foi dito. A forma como a trama foi construída. assim como seu desfecho, garantem tranquilamente a Assassin's Creed o posto de um dos melhores enredos de toda a saga.

GAMEPLAY:

Ao chegar a uma cidade, Altaïr tem uma missão a cumprir, assassinar o seu alvo, mas para isso ele precisa recolher informações. Sendo o assassinato a missão principal, é necessário cumprir algumas missões secundárias para seja possível executar a principal. As missões secundárias, variam entre interrogar um cidadão para obter informação, roubar documentos, espiar conversas ou salvar cidadãos. São simples e fáceis, podendo até tornarem-se repetitivas, mas criam uma coerência conforme conhecermos a cidade. Para que as missões apareçam no mapa, você precisa escalar os pontos de observação (viewpoints), locais altos que servem para Altaïr fazer o reconhecimento da área, descobrindo assim, a localização das missões secundárias.

O sistema do jogo, que utiliza quatro botões para controlar todo o corpo de Altaïr de maneira incrivelmente simples foi um dos grandes sucessos do game. Enquanto um botão controla a cabeça, outro controla as pernas e os dois restantes controlam, respectivamente, a mão armada e a mão livre do personagem. Conhecendo esses quatro botões, bem como o botão que alterna entre os perfis high e low, é possível executar qualquer operação no jogo com grande facilidade. Pode-se dizer que você ataca instintivamente, agindo da maneira que mais se adequa a um assassino de elite. Não é preciso pensar para executar as ações de Altaïr, o personagem e o jogador fundem-se em uma só mente no momento de realizar um assassinato.

A grande inovação e um dos grandes trunfos deste jogo, é a implementação do free-running, que confere um grande dinamismo à jogabilidade. Altaír, é dotado de altas capacidades atléticas e recorrendo ao free-running, consegue escalar paredes, muros, janelas, ou seja, praticamente todos os edifícios no jogo, são escaláveis. Essa tecnologia, permite ainda que Altaír percorra e salte pelos telhados das cidades, sendo também esse o melhor meio para escapar dos inimigos.

GRÁFICOS:

Assassin's Creed busca grande parte de sua inspiração na própria realidade. As cidades foram construídas baseando-se nos registros da época, vários nomes e pessoas foram recriados, tendo como modelo, figuras que existiram, e mesmo a irmandade dos assassinos, ao qual Altaír pertence, existiu, tendo como nome original, Hashashins. Isso confere ao jogo uma atmosfera e carisma verdadeiramente surpreendente e consegue, de forma genial, nos transportar até aquela época. Esse é, sem dúvidas, um dos grandes trunfos do jogo.

O mapa do jogo é composto por Masyaf, uma aldeia onde está sediado a irmandade dos assassinos, e 3 cidades, Damasco, Acre e Jerusalém. As 3 cidades são muito diferentes entre si, cada uma com o seu próprio espírito, cores e ambientação, mas todas elas carregadas de vida. Construídas de forma brilhante, elas conseguem criar um mundo quase palpável, como raramente visto. Para ligar essas 3 cidades, existe um espaço denominado como Reino (Kingdom), e por essas terras é possível cavalgar na direção das missões.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora é muito bem produzida com ritmos que fazem o jogador imergir no clima medieval do jogo, ela permanece sutil em grande parte do gameplay, ganhando intensidade a medida que surgem situações de perigo ou tensão.

O jogo está totalmente em inglês, nem mesmo é possível habilitar legendas. Nesse sentido, é muito difícil compreender o enredo por completo se você não domina o idioma. Esse quesito faz com que o jogo perca muitos jogadores, justamente por não compreenderem o que está sendo dito. Devido não possuir suporte a mods, não é possível nem apelar para traduções não oficiais, o que é uma pena. Esse é, talvez, o maior problema do jogo.

OTIMIZAÇÃO:

Sem muita coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, os jogadores podem desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com algumas configurações bem modestas. Bem, no quesito otimização, o jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados.

CONCLUSÃO:

Assassin's Creed mostra que a franquia envelheceu bem: voltar às origens pode ser uma tarefa inicialmente complicada e entediante, haja vista que a superioridade de seu sucessor (Assassin's Creed 2) é indiscutível comparado a esse. No entanto, AC é uma obra genial, com um enredo muito bem desenvolvido, que vem para mostrar como um projeto com ideias inovadoras podem conquistar a indústria dos games. A história de Altaïr é lendária, e um marco na franquia. Por mais que seja antigo, esse é um jogo indispensável para quem se considera fã da saga.

Enredo: 10
Gráficos: 10
Gameplay: 9
Trilha Sonora: 9
Dificuldade: 7

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 5 december 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
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25.9 timmar totalt (25.9 timmar när recensionen skrevs)
Jogo: Resident Evil™ 6 / Biohazard 6®
Gênero: Ação, TPS
Desenvolvedora: Capcom
Distribuidora: Capcom
Data de lançamento: 22 de março de 2013

ENREDO:

Assim como em Resident Evil 2, o jogador conta com campanhas diferentes, que em determinado momento se encontram no jogo. Só que, dessa vez, elas não se diferenciam apenas pelo caminho alternativo, mas por elementos que mexem com a jogabilidade e com o próprio sentido do enredo.

A campanha de Leon S. Kennedy e Helena Harper remetem um sentimento de nostalgia. Com um cenário escuro e repleto de zumbis, a campanha lembra os primeiros títulos da franquia, principalmente por apresentar a devastada cidade de Tall Oaks, de uma forma semelhante a Raccon City de RE2. As balas são mais escassas do que o normal, e os zumbis surgem em diversos momentos história, isso sem falar dos sustos e a volta dos dos puzzles.

Com Chris Redfield e Piers Nivans, o jogo deixa todos os elementos survival horror de lado e parte para um frenético game de ação. Ao invés de zumbis limitados, você enfrenta criaturas inteligentes o suficiente para utilizar armas e um combate corpo a corpo mais efetivo. Essa é sem dúvida a campanha que causa mais reclamação por parte dos antigos fãs da franquia, mas que agrada aos adeptos dos jogos de ação e tiro em terceira pessoa. Já o enredo foca o lado emocional dos personagens e apresenta uma série de reviravoltas inesperadas.

A história de Jake Muller e Sherry Birkin tem o intuito de aumentar a adrenalina do jogador. Nada de puzzles ou combates táticos, a melhor estratégia de sobreviência é fugir e evitar ao máximo os combates, seja contra o monstro perseguidor, Ustanak, ou contra os inimigos que surgem de todas as partes. Uma mera semelhança com Resident Evil 3 pode ser notada nos momentos de perseguição contra Ustanak, uma vez que a criatura lembra muito o lendário vilão Nemesis.

Por fim, a campanha de Ada Wong, que é desbloqueada após completar as anteriores, consiste em preencher algumas lacunas da trama e apresentar ao jogador puzzles um pouco mais complexos que a campanha de Leon, mas nada perto dos complicados quebra-cabeças dos primeiros games da franquia. Esse conteúdo é fundamental para entender o enredo do jogo por completo. Apresentando uma personagem mais fria e calculista do que nunca, o arco de Ada é concluído com maestria.

GAMEPLAY:

A jogabilidade de RE6 é praticamente a mesma do seu antecessor, com algumas melhorias. A impossibilidade de mirar e andar, que tanto incomodava, finalmente foi corrigida, dando lugar a uma mobilidade eficiente e um sistema de mira que varia. Isso porque algumas armas simplesmente não cooperam, principalmente rifles com miras mais precisas. Não há como estabilizar perfeitamente a mira no alvo, independente da arma utilizada. Mesmo que uma habilidade referente a isso seja adquirida.

Ainda sobre as habilidades, elas caíram como uma luva aqui. Se antes evoluir determinadas armas era uma obrigação, agora escolher melhor as suas habilidades é o diferencial para encarar as campanhas nas dificuldades mais elevadas. E graças a uma pontuação baixa, os interessados em evoluir cada uma delas precisam jogar em níveis cada vez mais altos em busca de recordes a serem batidos.

O cooperativo também está mais eficiente. Os aliados controlados pelo computador funcionam muito bem, seja ajudando seu personagem abatido, ou dando a cobertura necessária. E não estranhe se eles chegarem ao ponto de eliminar determinado chefe de fase. Sim, eles fazem isso de uma forma surpreendente. Ruim para os heróis de plantão e muito bom para os menos pacientes.

Só que nada chega perto da evolução do sistema de combate corpo a corpo. Na campanha de Leon, onde os zumbis são mais lentos e as balas mais escassas, a solução é apelar para golpear os pobres mortos-vivos. E o que deveria ser uma opção desesperadora, acaba sendo a solução para sobreviver e guardar sua munição para momentos mais tensos contra criaturas mais fortes. Dependendo da forma com que você entra em contato com o inimigo, você pode eliminá-lo com um único golpe, ou derrubá-lo para uma execução quando ele estiver deitado. Neste momento, o que vale é a cratividade e a habilidade do personagem.

GRÁFICOS:

Se em gerações passadas a Capcom sempre prezou pela qualidade visual, em seu novo jogo, ela não teve esse mesmo cuidado. Os personagens principais tentam disfarçar isso, com expressões faciais bem detalhadas, cabelos ao vento e um tom de pele quase similar ao natural, eles dividem a cena com cenários que deixam a desejar.

A campanha de Leon peca por uma escuridão mal encaixada, que atrapalha em alguns momentos em que deveria criar um aspecto de tensão nos jogadores. Mas não há como deixar de elogiar a variedade de zumbis que surgem pelo caminho. É possível contar mais de 40 tipos diferentes de monstros.

Com Chris e Piers o descuido é mais evidente. Em meio à metrópole chinesa, os personagens são postos em uma espécie de feira em que os caminhos se confundem por apresentar elementos quase idênticos. Em outras palavras, as tendas são praticamente iguais, por sorte temos o sistema de GPS que auxilia nessa questão. Mudando de cidade, o descaso continua. Casas destruídas e ruas devastadas sem muitos detalhes e com um visual desleixado. E dessa vez não há uma variedade tão ampla de inimigos.

TRILHA SONORA:

Novamente a Capcom dá um show no quesito Áudio. Alias, é uma das marcas registradas dessa produtora japonesa, que sempre preza pela qualidade sonora de seus games. Nesse sentido, o som de RE6 é impecável, responsável por boa parte da criação da atmosfera do game. Isso sem contar o som gerado pelos "zumbis", com uma variação considerável.

Esse é o primeiro título da franquia a contar oficialmente com legendas em português. Esse quesito já faz com que o game ganhe muitos pontos entre os brasileiros já que, dessa vez, será possível entender plenamente toda a trama intrincada do game e desvendar os principais segredos da saga sem apelar para tradutores.

OTIMIZAÇÃO:

Há pouca coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, os jogadores podem desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com algumas configurações bem modestas. Bem, no quesito otimização, o jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados.

CONCLUSÃO:

Resident Evil 6 mostra que a franquia encontra-se em um dilema: voltar às origens ou levar cada vez mais os jogos para o lado da ação, criando um ambiente frenético onde a fuga e as trocas de tiros dão lugar a tensão, sustos e puzzles. O tempo todo é possível notar o esforço da Capcom em criar uma experiência única e inovadora para os jogadores. É bem claro o fato de que o jogo foi comandado por muitas pessoas diferentes. O resultado é cheio de altos e baixos, porém agradável no geral. Os diferentes modos de jogo, principalmente os cooperativos, ainda podem segurar você por algumas horas após zerar o game.

Enredo: 9
Gráficos: 9
Gameplay: 9.5
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 8

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 17 november 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
Var denna recension hjälpsam? Ja Nej Rolig Utmärkelse
8 personer tyckte att denna recension var hjälpsam
23.9 timmar totalt
Jogo: Resident Evil™ 5/ Biohazard 5®
Gênero: Ação, TPS
Desenvolvedora: Capcom
Distribuidora: Capcom
Data de lançamento: 05 de março de 2009

ENREDO:

Alguns anos após Leon S. Kennedy ter extinguido os problemas que o parasita Las Plagas causou na Europa criando os Ganados, Chris Redfield é enviado à África para investigar acontecimentos parecidos na região de Kijuju. Percebe-se de cara que o povo local não gosta muito de um estranho no meio deles e Chris ao lado da local Sheva Alomar vão investigar o que está acontecendo por lá. Ambos fazem parte da BSAA, Aliança Investigadora de Segurança Bioterrorista (Bioterrorism Security Assessment Alliance) e juntos descobrem que uma vertente superior ao Las Plagas está sendo usado na população local e é ai que a história começa a se desenrolar.

Ao longo do enredo muita coisa vai sendo descoberta, Chris começa a se lembrar do seu passado e sentir falta de sua antiga parceira Jill Valentine, que participava junto com ele da STARS. Os dois investigaram uma série de assassinatos brutais ocorridos em uma pequena cidade do meio-oeste norte americano chamada de Raccoon City (essa é a história do primeiro Resident Evil). Apesar de ter se passado 10 anos dos acontecimentos em Raccoon City e também anos após o fim da Umbrella Corp, RE5 tem muitos assuntos entrelaçados com o primeiro jogo da série.

Resident Evil 5 é uma experiência voltada para a ação onde os momentos de horror são quase inexistentes. Por mais que existam locais completamente abandonados e afastados de tudo, com um ambiente hostil, o jogo pouco consegue transmitir desconforto e a maior parte do tempo a emoção da ação sobrepõe-se ao medo que nem sequer em ambientes mais fechados e escuros conseguem surgir. A Capcom colocou-se num meio termo bastante perigoso para qualquer jogador que procure ou um ou outro tipo de jogo. Enquanto alguns elementos transitam completamente para o género de ação e não deixam qualquer espaço para o survival horror, outros parecem querer quase de forma teimosa manter o espírito desse gênero.

GAMEPLAY:

Diferente dos títulos anteriores da série, RE5 trouxe como grande novidade, a possibilidade de jogar a campanha completa acompanhado de um amigo, controlando a personagem Sheva. Agora o game inteiro é jogado com Chris e sua parceira, ou vice-versa, mesmo em single player. E isso é bem interessante, pois, em muitos momentos, você precisa da ajuda de alguém para completar determinada ação. E esse auxílio é muito útil em situações em que é preciso, por exemplo, subir em algum lugar ou defender algo enquanto você faz outra coisa, além de ajudá-lo nos insanos tiroteios que ocorrem durante a jogatina. Óbvio que isso vai gerar uma preocupação a mais durante o jogo, que é manter sua parceira salva. Caso contrário, o jogo acaba.

Com a câmera mais perto do que o habitual e na direita do personagem, agora sim um game da franquia Resident Evil pode ser considerado realmente em terceira pessoa, Resident Evil 4 era "quase" terceira pessoa. Mas um pequeno e irritante detalhe ainda continua intacto desde os primórdios da série: a impossibilidade de se andar com a arma em punho, na mira e/ou atirando. Muitos dizem que a Capcom esqueceu de colocar essa função, outros alegam ser uma limitação da engine. Mas o fato é que parece proposital, principalmente para manter uma característica da jogabilidade desde o primeiro game. Realmente é uma marca registrada da série, que pode atrapalhar bastante em um jogo de terceira pessoa no início, mas que, com o tempo, acaba acostumando e dando um certo ar de nostalgia.

Ao apostar mais nos elementos de ação e com a inclusão de uma parceira, imaginava-se que a Capcom ficasse atenta ao funcionamento desse aspecto na prática, mas não é o que acontece. Enquanto você estiver jogando de forma cooperativa com um amigo, tudo bem, mas se resolver jogar sozinho, a situação muda. A inteligência artificial de Sheva é um dos elementos que causam maior frustração no jogo. Por várias vezes você ficará em apuros por causa dela. Seja porque a IA revela uma total falta de capacidade para escolher as melhores armas para usar em determinadas situações, seja pelo simples fato de ter as armas e não usá-las, ou mesmo por se meter na sua frente, impedindo você de ver o que está acontecendo ou até mesmo fugir do inimigo. É frustante quando você está tentando fugir de um local e não consegue pois tem que esperar por ela.

GRÁFICOS:

Texturas em alta definição, ambientação realista, efeitos visuais de cair o queixo, suporte nativo à tecnologia 3D, animação das mais incríveis já vistas em um game da época, efeito Motion Blur na medida certa. Definitivamente, RE5 está entre os games mais lindos de sua época. No entanto, vale destacar um aspecto gráfico que pode gerar polêmica, estou me referindo ao uso de tons "amarelados" em todos os cenários presentes no game. Para alguns, isso cria uma atmosfera realista, dando a nítida sensação de que o jogador está realmente na África. Aliás, com o uso desse tom e dos efeitos de "tempestade de areia," nem precisaria dizer que o game se passa no continente Africano. Basta olhar para saber. Para outros, tal efeito não é nenhum pouco agrável, chegando até a causar desconforto. O fato é que, percebe-se que essa tecnologia envelheceu mal.

É bom destacar que por ter ótimas texturas e efeitos, algumas partes do game chegam realmente a dar nojo no jogador. Principalmente em alguns zumbis que estouram a cabeça, barriga, e até mesmo os que têm feridas profundas na pele. Com toda certeza é preciso ter estômago forte! No entanto, talvez a pior coisa no visual do game seja a água. Ela realmente ficou bem distante da qualidade geral do game, dando a sensação de ter sido criada às pressas. Ficou feio e não condiz com o restante dos elementos visuais. Uma pena.

TRILHA SONORA:

Novamente a Capcom dá um banho na concorrência no quesito Áudio. Alias, é uma das marcas registradas dessa produtora japonesa, que sempre prima pela qualidade sonora de seus games, sejam eles quais forem. Resident Evil 5 não poderia ser diferente. No geral, o Áudio do game é impecável, responsável por boa parte da criação da atmosfera africana no game. Os personagens usam um dialeto local, o que gera ainda mais realismo. Isso sem contar o som gerado pelos "zumbis", com uma variação estrondosa.

Os efeitos sonoros são de uma diversidade incrível e vale destacar a fidelidade de cada som, desde o barulho gerado por moscas e outros insetos, passando pelo vento misturado com areia, até o ranger do chão que muda em relação ao tipo de piso, o barulho de terra e pedras ao caminhar por entre as vielas! O interessante é que tudo combina perfeitamente no jogo: desde as músicas incidentais, que são aquelas que surgem para gerar algum clima especial, os efeitos sonoros e a ação propriamente dita.

OTIMIZAÇÃO:

Há pouca coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, os jogadores podem desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com algumas configurações bem modestas, justamente por ser um jogo antigo. Bem, no quesito otimização, o jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados.

CONCLUSÃO:

Resident Evil 5 pode ser considerado um marco na série, com a introdução de ações frenéticas, gráficos realistas de tirar o fôlego, efeitos visuais de ótimos para a época, jogabilidade prazerosa, modos multiplayer online cooperativos que dão outro ar ao jogo e inimigos extremamente realistas tanto no visual quanto na movimentação. Com tantas qualidades, há quem considere Resident Evil 5 o melhor game da franquia até aqui. Imperdível.

Enredo: 9
Gráficos: 9
Gameplay: 9
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 8.5

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 17 september 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
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12.5 timmar totalt
Jogo: Metro: Last Light Redux
Gênero: Ação, FPS
Desenvolvedora: 4A Games
Distribuidora: Deep Silver
Data de lançamento: 26 de agosto de 2014

ENREDO:

Metro: Last Light é um jogo com elementos baseados nos livros de Dmitry Glukhovsky, tal como o seu antecessor, Metro 2033. A história continua imediatamente após os acontecimentos anteriores, o enredo infelizmente ignora o "final bom" do primeiro game. Isso é uma pena, principalmente para os jogadores que gostam de ver suas ações influenciarem de forma marcante no enredo, mas basta avançar na gameplay para perceber que não foi possível trabalhar o enredo com essas duas possibilidades.

Apesar de não ser mais baseado integralmente no livro, como aconteceu no primeiro jogo, a 4A entregou um enredo bem condizente com o universo da franquia, e inclusive incorporou elementos presentes no romance de Glukhovsky que "passaram batido" em Metro 2033 (o jogo): a agonia de Artyon por ser incapaz de relembrar o rosto de sua própria mãe, a quem perdeu muito jovem, e a sua ida com três amigos ao Jardim Botânico, ações que abriria a passagem das sombras para as estações do metrô e levaria aos eventos do primeiro jogo. Todos esses elementos são muito interessantes e foram deixados para trás, e a sua inclusão em Last Light enriquece muito a história.

O enredo não chega a ser excepcional, ainda assim, "Metro: Last Light" consegue, como seu antecessor, nos manter interessados na trajetória de Artyom. Apesar de alguns clichês ao longo do caminho, e o ritmo de narrativa inicialmente ser mais lento do que o normal, o game consegue manter a história em um fluxo que torna avançar no game algo prazeroso, com surpresas ao longo do caminho. O grande mérito do enredo de Last Light é conseguir trazer aquela mesma sensação que o game anterior, fazendo o jogador se sentir imerso na pele do protagonista nesse triste mundo desolado.

GAMEPLAY:

Como shooter, Last Light possui uma jogabilidade sólida e que se adapta bem ao que é exigido. Existem várias opções de armas, para todos os tipos de abordagem. Podemos entrar a matar tudo o que aparece, o que se torna mais fácil em níveis de dificuldade menos elevados. Uma abordagem mais cautelosa também é possível, eliminando sorrateiramente um inimigo de cada vez. É importante ressaltar que foi corrigido um problema irritante que existia no jogo anterior. Sempre que éramos descobertos, mesmo depois de nos escondermos, o inimigo sabia sempre sabia nossa localização. Nesse segundo jogo nada disso acontece, sempre que um inimigo nos detecta, basta sair do seu campo de visão e deslocar-se por um caminho diferente. Esse é um ponto que demonstra uma grande melhoria na IA dos adversários.

Como dito anteriormente, a abordagem de cada conflito pode ser diversa. Se você optar por um confronto mais direto terá que estar com bastante munição e medicamentos. Possuir armas que inflijam alto dano no inimigo é crucial. A abordagem mais stealth requer paciência, estudo do terreno, da deslocação do inimigo, e tentar ao máximo a utilização dos espaços escuros, além de apagar todas as fontes de luz, sejam lâmpadas, geradores, lanternas. É preciso também ter cuidado aonde pisa, pois determinadas superfícies possuem armadilhas que podem alertar o inimigo.

As armas disponíveis são interessantes. Temos rifles, metralhadoras, pistolas, armas pneumáticas, facas, explosivos. A maior parte delas permite uma certa personalização, desde mais capacidade de munições, melhoria de performance, instalação de miras telescópicas. Nada de extraordinário, mas contribui para elevar a qualidade da experiência de combate.

GRÁFICOS:

A qualidade gráfica de "Metro: Last Light" está entre as experiências mais imersivas que a indústria dos games pode proporcionar, com cenários que vão dos escuros túneis do metrô, passando por estações em chamas e até a desolada superfície de Moscou. Os gráficos combinam com a narrativa para inserir de forma muito eficiente o dreama de Artyom, e sentir todos os percalços ao longo do caminho de forma bastante intensa.

Um dos poucos elementos que não surpreende, apesar de uma visível melhora em relação ao Metro 2033, são as expressões faciais. Apesar da evolução das faces dos personagens, deixando de lado aquele olhar de "peixe morto", ainda há um abismo entre Last Light e "L.A. Noire", por exemplo. Isso é bastante decepcionante, já que tira muito da capacidade do game de cativar o jogador, especialmente em cenas mais picantes, com direito a sexo e lap dance. A verdade é que, em todo o jogo, você ainda se sente interagindo com bonecos um pouco menos robóticos que os do primeiro game, apenas.

Além dos efeitos de luz e escuridão, o game explora bastante a neblina e o fogo, compondo cenários impressionantes em alguns trechos, como quando você enfrenta um grupo de inimigos pondo fogo em uma estação. A variação de cenários também ajuda a não entendiar o jogador, com combates nos túneis escuros do metrô, em salas esquecidas e dominadas por monstros e as tradicionais nosalises, que infernizam sua vida na superfície (e que são mais expressivos que os humanos, nesse game).

TRILHA SONORA:

Além dos gráficos, um elemento importante da imersividade do game é sua Trilha Sonora. Assim com no primeiro game, muito do tempo que jogamos Metro: Last Light, o que ouvimos são coisas como o barulho do vento dos túneis, de canos batendo, e de "sabe-se lá o que está se movendo perto de mim".

As trilhas sonoras seguem, em muitos trechos, mantendo o estilo triste simples de riffs de violão, sendo que algumas trilhas presentes no game anterior foram mantidas. A exceção são as cenas de combate, que ganharam uma música animada. Quando você é visto pelos inimigos, começa a tocar uma trilha mais frenética, para "embalar o tiroteio". No restante, a 4A Games fez um bom trabalho na dublagem, com aquele inglês engraçado falado por russos (fica ainda melhor se você jogar em russo, mesmo). Alguns, porém, não empolgam. Anna é tão sem-sal que nem sei dizer se é sua dublagem ou a própria falta de carisma do seu personagem que perturba.

OTIMIZAÇÃO:

Metro 2033 foi marcante no quesito qualidade gráfica, desbancando inclusive o imbatível Crysis, na época. Com o uso intenso de tecnologias como Tessellation e PhysX, o game levou vários sistemas ao seu limite, e a sua continuação, Last Light, também não fica atrás, exigindo muito das máquinas. Rodando em um PC equipado com um Ryzen 7 1800X 3.8Ghz e uma RX 480 8GB, não tive problemas para rodar o jogo na melhor qualidade possível a 60 FPS. Em alguns raros momentos tive quedas de FPS. Mas acreditem, valem a pena, pois é visível a mudança do game ao aumentarmos a qualidade gráfica e incluirmos efeitos de desfoque e física.

Infelizmente, problemas como a falência da publicadora, a THQ, e dificuldades no desenvolvimento, com o estúdio da 4A Games ficando até sem aquecimento (algo sério quando falamos de uma produtora que fica na Ucrânia), se refletem em um jogo que claramente precisava de "mais polimento". Assim como o primeiro game, o gameplay tem deslizes, coisas não acontecem como o esperado, há becos sem saída e bugs que te forçam a recomeçar um capítulo inteiro.

CONCLUSÃO:

Metro: Last Light não é um mau jogo, mas também não atinge o patamar de excelência. Possui um enredo bem trabalhado e envolvente. Há uma evolução em relação ao título anterior, ele consegue solidificar aquilo que foi idealizado. Mesmo com alguns problemas que mais tempo e um outro orçamento poderiam resolver. É importante levar em consideração sempre se nos divertimos com o que estamos jogando, e a verdade é que a experiência aqui é bastante agradável. Merece atenção, se você procura algo deste gênero, essa é uma ótima escolha. Resta saber como será a continuação.

Enredo: 9
Gráficos: 9
Gameplay: 9
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 8.5

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 3 augusti 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
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35.9 timmar totalt (27.8 timmar när recensionen skrevs)
Jogo: Dying Light
Gênero: Ação, Survivor Horror, RPG
Desenvolvedora: Techland
Distribuidora: Warner Bros. Interactive Entertainment
Data de lançamento: 26 de janeiro de 2015

ENREDO:

O mercado já demonstrou que a temática de zumbis faz sucesso. O fato é que, com tantos títulos de sobrevivência, como DayZ, Dead Rising, H1Z1, Resident Evil e State of Decay, será que ainda há espaço para mais uma franquia com seres infectados? Em Dying Light, o jogador assume o papel de Kyle Crane, vulgo 31. Ele é agente especial da GRE, uma organização responsável por cuidar dos sobreviventes em uma zona de quarentena. As pessoas que vivem na Torre, uma das principais localidades, não são conhecidas pelos nomes reais.

A região é Harran, uma cidade da Turquia, conhecida por ser o único local do mundo afetado por um misterioso vírus. O objetivo do destemido protagonista é aparentemente simples: localizar e recuperar um documento sigiloso que acabou caindo em mãos erradas. Se as informações forem divulgadas, uma catástrofe poderá acontecer.

Assim como os outros sobreviventes que foram infectados, Crane precisa da vacina Antizina, capaz de inibir a propagação dos efeitos do vírus. Aliás, diversas missões principais e secundárias giram em torno da incessante busca pela valiosa cura temporária. Em consequência, há atividades bastante repetitivas, cuja dinâmica consiste em ir do ponto A até o ponto B para buscar ou levar algo.

No decorrer da aventura, Crane precisa cumprir certos favores para conseguir se aproximar de Suleiman (conhecido em Harran como “Rais”), o déspota que supostamente está com o arquivo em mãos. Durante a primeira cena protagonizada pelo agente infiltrado, ele acaba sendo atingido por um dos mortos-vivos. Assim como os outros sobreviventes que foram infectados, Crane precisa da vacina Antizina, capaz de inibir a propagação dos efeitos do vírus. Aliás, diversas missões principais e secundárias giram em torno da incessante busca pela valiosa cura temporária. Em consequência, há atividades bastante repetitivas, cuja dinâmica consiste em ir do ponto A até o ponto B para buscar ou levar algo.

GAMEPLAY:

Parkour com zumbis. É assim que a Techland resume Dying Light. A maior diversão do game é a sensação de correr, pular e deslizar pelos telhados da cidade fictícia de Haram enquanto dezenas de criaturas esfomeadas vagueiam sem rumo abaixo de você. Diferentemente de Assassin’s Creed, cujo parkour é executado através de um único botão, em Dying Light, você precisará mirar com precisão para não despencar de um prédio, por exemplo. Isso significa que cada movimento, por mais simples que seja, precisa ser estudado com cautela antes de ser executado. A punição para quem erra os pulos ou perde o fôlego em uma posição desfavorável é bastante clara: ter que cair na porrada com uma horda de monstros querendo te comer.

O combate de Dying Light lembra muito o de Dead Island, outro jogo da Techland. Isso quer dizer que armas de fogo são raras e você vai precisar entrar no mano-a-mano com os monstrengos sempre que a treta for inevitável. Há dezenas de armas diferentes para acabar com a não-vida de seus inimigos, e a sensação de quebrar o crânio de zumbi com um pedaço de cano que você achou no chão é deliciosa. Além disso, o game faz questão de te recompensar quando você acerta aquele golpe fatal usando câmeras lentas ou explosões de sangue, cérebros e tripas.

Entre todos os experimentos que Dying Light faz ao longo de suas quase 40 horas de aventura, a mais interessante é o sistema de transição orgânico entre noite e dia, que afeta pesadamente nossa maneira de jogar e nossa relação como cenário. Apesar dos mortos-vivos que infestam suas ruas, Haram não é um lugar muito perigoso enquanto o sol está brilhando no céu. Quando a noite cai, no entanto, a brincadeira acaba. Haram deixa de ser seu parque de diversões particular para se tornar um arriscado jogo de pique-esconde. Zumbis poderosíssimos e praticamente imortais conhecidos como Pesadelos tomam conta das ruas e você precisa evitar a todo custo ser detectado. Isso faz com que a jogatina noturna seja muito mais cautelosa e tensa... pelo menos até um dos monstros te encontrar e você ter que correr como se não houvesse amanhã.

GRÁFICOS:

Dying Light surpreende pela qualidade visual e pela quantidade de detalhes que preenchem Harran. Cada região da cidade turca possui uma identidade visual única, o que poucos games conseguem proporcionar. Você pode explorar favelas, pontes destruídas, belíssimas praias, vilarejos, túneis e complexas áreas industriais. A diversidade é de cair o queixo, assim como os impressionantes efeitos de iluminação, que conseguem dar muito mais vida ao vasto mundo aberto. Embora a visão ao longe seja normalmente bastante boa, tal como a iluminação daí resultante, nota-se que os modelos de alguns personagens são fracos e as expressões faciais também poderiam ser melhores.

Vale ressaltar que o jogo não é recomendado para quem tem medo de altura, a união entre gráficos excelentes e as boas mecânicas de parkour criam uma situação de imersão total, além de momentos de tirar o fôlego enquanto você escala torres e prédios.

Acima de tudo, é um jogo brutal. Sangue, cadáveres e vísceras fazem parte da decoração. A luta contra os zumbis é bastante gráfica, cheia de crânios explodindo e desmembramentos. Se você tem problemas com violência, esse é um jogo que pode lhe causar alguma agonia.

TRILHA SONORA:

A sonoplastia tem portanto um papel importante aqui, destacando-se os efeitos sonoros de grande qualidade, principalmente nas seções noturnas, transmitindo uma maior sensação de tensão, muito devido ao som dos zumbis que são ampliados e, claro, ao maior perigo que os mesmos representam. A atmosfera é intensificada por grunhidos, respirações e barulhos vindos do além, especialmente no período noturno. A trilha sonora também apresenta faixas bem compostas, conduzidas por densas melodias de sintetizadores.

O jogo foi totalmente dublado em Português do Brasil, embora seja importante pontuar que, a WB Games Brasil, que distribui Dying Light por aqui, fez excelentes escolhas na contratação das dublagens brasileiras de Shadow of Mordor, LEGO The Hobbit, Batman: Arkham Origins e tantos outros. Infelizmente, aqui foi diferente. Não está ruim como em Mortal Kombat X, longe disso. No entanto, algumas atuações na dublagem de Dying Light ficaram forçadas, carregadas de sotaque paulista e em alguns momentos até cômicas. Com poucas exceções, como o ator responsável pela voz do personagem Rahim, que fez um excelente trabalho, o elenco destoa no tom e o dublador do protagonista Crane poderia ser melhor.

OTIMIZAÇÃO:

Há pouca coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, os jogadores podem desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com algumas configurações bem modestas. O jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados.

CONCLUSÃO:

Com um visual que transcende os limites dos jogos de mundo aberto da atualidade, Dying Light consegue proporcionar momentos inesquecíveis, mesmo explorando uma temática onipresente. Embora apresente vacilos pontuais, como missões repetitivas e personagens absolutamente desprezíveis, a experiência como um todo é gratificante. Não é um jogo propriamente inovador e tem os seus erros, uns mais graves do que outros, no entanto, não deixa de ser uma boa opção para quem quer um bom jogo de survival horror. Juntando uma campanha e jogabilidade que satisfará qualquer fã do género, além do multiplayer competitivo e cooperativo capaz de entreter os jogadores por muito tempo devido à diversão que proporciona.

Enredo: 8
Gráficos: 9
Gameplay: 10
Trilha Sonora: 9
Dificuldade: 8

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 17 juli 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
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2,532.2 timmar totalt (439.1 timmar när recensionen skrevs)
Jogo: Tom Clancy's Rainbow Six® Siege
Gênero: FPS
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 1 de dezembro de 2015

SOBRE O JOGO:

Rainbow Six Siege é um jogo de tiro da franquia de games baseada nos livros de Tom Clancy. O título tem um estilo de jogo mais cadenciado do que seus concorrentes, Call of Duty e Battlefield, não conta com modo história e é focado muito mais na experiência multiplayer. Essa aposta ousada tem seus lados positivos e negativos.

No Siege, o jogador não pode se comportar da mesma forma que faria em um FPS como Call of Duty, que conta com um ritmo mais acelerado, veículos e a opção de reviver após ser abatido. O que ocorre aqui é o inverso: cada passo deve ser muito bem pensado, e isso ajuda a construir um clima de adrenalina e tensão que é um dos grandes destaques do jogo.

Infelizmente não existe nenhum tipo de campanha ou modo história, o único modo single-player é o "Cenários", que não passa de um grande tutorial para lhe ensinar a jogar com os vários operadores disponíveis inicialmente, e a dominar as mecânicas de jogo e apresentá-lo aos mapas antes de partir para o multiplayer, que é a verdadeira razão para comprar Rainbow Six Siege. Embora alguns ainda torçam o nariz a um jogo que é praticamente apenas online, é uma realidade dos dias de hoje e não faltam exemplos de jogos que fazem o mesmo. Overwatch, Fortnite: Battle Royale e PlayerUnknown's Battlegrounds são jogos populares que não possuem uma campanha ou modo história. Call of Duty continua a ter uma campanha, mas todos sabemos que na maioria das vezes é ignorada em prol do multiplayer.

GAMEPLAY:

A cada partida, você ganha pontos de reputação no game. Com isso, é possível desbloquear novos “operadores”, que são tipos diferentes de agentes de cada organização especial retratada no game de tiro (SWAT, GIGN, SAS, Spetsnaz e GSG9). Cada um possui diferentes características de equipamento, armas e movimentos. Ao desbloquear os agentes o jogador também pode personalizar as suas propriedades. Há diversos add-ons para armas, tanto de funcionalidades como também de aparência, que dão a cada gamer uma lista variada de agentes ao seu dispor para que ele escolha qual é o mais adequado para cada situação de jogo.

Esse é mais um ponto bastante positivo da experiência de Rainbow Six Siege para seus jogadores. O gameplay pode mudar muito de acordo com cada operador usado. Existe uma variação de objetivo a cada round, que torna o jogo mais imprevisível possível. A cada round, seu time “ataca” ou “defende”. Quem defende protege um dispositivo ou um refém, enquanto quem ataca deve recuperar os itens. Os defensores têm um tempo para se preparar, colocar barricadas, arames farpados e outros recursos para impedir a invasão dos inimigos, que tentam achar os seus objetivos com drones. Há inúmeras formas de invadir o mesmo local, seja entrando de rapel pela janela, avançando aos poucos pela porta da frente ou simplesmente explodindo o teto e pegando todo mundo de surpresa.

Atualmente em seu Ano 4, o jogo possui uma enorme variedade de agentes, são um total de 48 operadores disponíveis (24 atacantes/defensores), cada uma das classes conta com uma ferramenta especial, como um escudo balístico, cargas de demolições, marretas, sensores cardíacos, pistolas médicas, bloqueadores de eletrônicos, etc. Essa variedade é a cereja do bolo do game e é o que prolonga a diversão durante muito tempo. Nesse quesito, não há o que dizer: Rainbow Six Siege oferece uma variedade enorme de formas de jogar e, incrivelmente, o resultado é balanceado.

Um ponto importante a se ressaltar é: como em qualquer jogo de natureza competitiva, jogar com conhecidos representa uma melhor experiência do que jogar com estranhos. Há jogadores que utilizam a conversa por voz para comunicar, mas são poucos. Quando uma equipe joga bem, ótimo. Mas existem as ovelhas negras, jogadores insuportáveis que parecem decididos a arruinar a diversão dos outros. Diferente da maioria dos outros jogos de tiros, Siege tem fogo amigo, o que significa que pode disparar e matar seus companheiros. Pode acontecer por acidente, mas na maioria das vezes é intencional. Há jogadores que se divertem a matar companheiros no spawn. Recentemente foi implementado o sistema de fogo amigo reverso, ou seja, quando um companheiro de time atingir você, é possível definir se o dano foi intencional ou não, em caso afirmativo, é ele quem vai morrer na próxima vez que tentar algo do tipo.

GRÁFICOS:

Os gráficos são bem trabalhados, principalmente quando levamos em conta o excelente sistema de partículas e a destruição intensa do cenário. Mas não espere nada absurdo, extraordinário. O Siege possui mapas bonitos, bem trabalhados e muito ricos em detalhes, mas nada muito grande, como pode ser visto em outros jogos de tiro em primeira pessoa. A proposta do jogo não é essa. As cutscenes também impressionam, como quando os operadores são desbloqueados ou no vídeo de introdução do jogo.

No modo multiplayer, por exemplo, são 5 contra 5 agindo contra atividade terrorista. Não faz sentido ter um campo enorme e cheio de possibilidades. A beleza dos gráficos do jogo reside na destruição. É lindo ver a poeira subir depois das explosões, desmoronamento de paredes, marcas de tiro pelos móveis, o estrago causado pelas bombas, tiros que atravessam paredes, portas, poltronas de avião e pisos.

Um ponto positivo dos gráficos é a modificação dos cenários para situações diurnas ou noturnas. As variações de luzes e sombras são bem feitas, e as operações se tornam bem diferentes para quem presta atenção nestes detalhes, que podem fazer a diferença na hora de uma infiltração sem alarde, por exemplo.

TRILHA SONORA:

Rainbow Six Siege é um jogo que depende muito do som, não só da comunicação dos usuários, como do ambiente. Os barulhos de tiro, passos barricadas quebradas e outros são fundamentais na experiência. Tudo está bem definido, e a qualidade do áudio é excelente no game. Os ambientes fechados concedem efeitos de ecos aos barulhos, e todo tipo de som é ampliado. Além disso, quando tudo está quieto, é necessário prestar atenção no que é reproduzido, pois alguns detalhes podem dar pistas do paradeiro dos seus inimigos. Se o gameplay tático nos presenteia com uma alta dose de imersão, a sonoplastia é o toque final para a experiência.

A Ubisoft fez realmente um belo trabalho de regionalização em Rainbow Six: Siege que é um excelente aliado para nos inserir no mundo criado para o jogo. Os dubladores, de forma geral, cumprem muito bem o seu papel. As exceções ficam por conta de alguns (realmente poucos) vídeos de apresentação dos agentes.

OTIMIZAÇÃO:

Não há do que reclamar, o game roda a lisos 60 frames por segundo, e não é preciso possuir um PC poderoso para isso, configurações mais modestas dão conta do recado.

CONCLUSÃO:

No fim das contas, Rainbow Six Siege tem uma proposta bastante ambiciosa, mas que depende muito de fatores externos para oferecer uma boa experiência. Se você tiver amigos para acompanhá-lo na jogatina, vai fundo, pois a tensão proporcionada em cada partida é extremamente imersiva e divertida. Caso você queira jogar sozinho, talvez seja melhor pensar um pouco no quanto você gosta de shooters táticos, já que, nesse aqui, nem campanha existe. Além do fato da comunidade ser tóxica em diversos momentos, o que atrapalha a diversão.

Por fim, é bom repensar o quanto você se interessa por experiências realistas, pois, em certos casos, elas podem tirar a diversão de quem aprecia um bom mata-mata. Se você curte bastante um shooter tático, o jogo vai cair como uma luva, mas, se não, se prepare para passar momentos frustrantes.

Diversão: 8
Gráficos: 9
Gameplay: 10
Trilha Sonora: 9
Dificuldade: 9

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 16 juli 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
Var denna recension hjälpsam? Ja Nej Rolig Utmärkelse
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36.6 timmar totalt (3.6 timmar när recensionen skrevs)
Jogo: Tom Clancy’s The Division™
Gênero: Ação, TPS, RPG
Desenvolvedora: Massive Entertainment
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 26 de maio de 2014

ENREDO:

The Division, uma das maiores apostas da Ubisoft dos últimos anos e um dos jogos mais aguardados já desde a E3 2013, foi lançado. Trata-se de um jogo de tiro em terceira pessoa com alguns elementos de MMORPGs. Outra forma de o descrever é dizer que se trata do Destiny da Ubisoft, o principal objetivo é repetir as mesmas missões inúmeras vezes e no final esperar ganhar melhores armas e armaduras do que aquelas que já temos, o que nem sempre acontece, apesar do nosso esforço.

A história se passa em um futuro próximo, onde uma misteriosa doença começa a se espalhar durante a Black Friday, popular data norte-americana, com promoções em todas as lojas. O problema é que, com o frenesi de compras, o vírus desconhecido se espalhou pelas notas de dólar. A introdução logo apresenta o jogador aos membros da Division, organização secreta, aparentemente do governo, que é convocada quando os problemas estão em níveis impossíveis. São homens e mulheres com papéis variados na sociedade, de todas as classes. Quando são chamados, precisam largar tudo para cumprir a missão.

E qual seria essa missão? Manter a paz e conter o caos. O personagem do jogador é membro da Division, que precisa retomar o controle de Nova York, sitiada e tombada após o enorme contágio da doença. Agora, apenas alguns poucos sobreviventes vagam pelas ruas, além das gangues que saquearam e estão no poder, sequestram pessoas e cometem crimes ainda mais graves.

Não há como terceirizar a culpa: os verdadeiros monstros são os próprios seres humanos e suas ações extremas enquanto tentam sobreviver ou se aproveitar da situação instável. Tudo fica ainda mais evidente com a vasta coleção de materiais extras que podem ser descobertos no mapa e que dão uma ideia precisa de como tudo se desenrolou e como as coisas ainda acontecem: são ligações, relatórios oficiais, imagens de drones, câmeras de segurança e diversos outros documentos que contam a história de como tudo estava antes de você chegar. É justamente o flerte com a realidade, o apocalipse possível, com lugares, reações e situações reais, que torna a história de The Division tão imersiva.

GAMEPLAY:

The Division é e não é um MMORPG, ele possui alguns elementos do gênero, mas poucos. Pense nele como a versão urbana e em terceira pessoa de Destiny. O jogador controla o personagem sozinho pelos cenários, mas é possível jogar de forma cooperativa com amigos ou até mesmo participar das missões sem ajuda de ninguém, apenas com os NPCs ou personagens controlados pelo computador.

Outros jogadores sempre aparecem em locais como a base de operações, onde todos se reúnem para revisar equipamentos, falar com personagens para avançar a história, coletar recompensas ou se informar de mais missões. Os elementos de MMORPG também vão além, com possibilidades configuráveis na evolução do personagem e modificações nos equipamentos.

A jogabilidade padrão é de tiro em terceira pessoa, lembra games como Uncharted e Gears of War. Não há sistema de assistência de mira, ao menos, não no início. Portanto, quem está acostumado com "ajuda" em jogos de tiro, pode demorar até se acostumar, o que dificulta a progressão. Porém, nem de longe esta ausência é ruim. Um pouquinho de realismo não faz mal, não é?

O foco do game, porém, está nas missões. E aqui voltamos ao esquema de MMO: há as principais, que fazem o enredo andar e também contam mais segredos da história, mas também existem as secundárias, que expandem o universo de The Division e podem render ao jogador mais armas, equipamentos e pontos de experiência.

MULTIPLAYER:

O multiplayer é um dos pontos altos do título. Você pode jogar as missões com amigos ou se aventurar na Dark Zone, o modo PVP. É recomendável encarar o Dark Zone apenas após o nível 10, pois é provável que seja uma experiência frustrante e poderá afastá-lo dessa modalidade.

Também há personagens NPC's como inimigos no Dark Zone, portanto, todo o cuidado é pouco. É preciso estar sempre com máximo atenção durante o modo, já que qualquer um pode te atacar e se tornar um agente rebelde a qualquer momento.

GRÁFICOS:

Sobre os gráficos... É perfeitamente compreensível que você tenha ficado chateado com o downgrade significativo que The Division recebeu desde a sua apresentação na E3 2013. Sim, ele aconteceu, não há como ♥♥♥♥♥, mas, acredite: o jogo ainda está belíssimo e isso não é um exagero, principalmente no PC, que conta com algumas melhorias leves em relação aos consoles.

O que acaba sendo mais evidente é a questão dos reflexos: The Division sofre com o mesmo problema que Watch Dogs, com janelas que não têm reflexos reais e imagens texturizadas que não condizem com a realidade.

TRILHA SONORA:

É preciso elogiar o trabalho de dublagem, melhorado a cada novo game lançado pela Ubisoft no Brasil. Aqui, ela está ainda melhor. A escalação do elenco foi perfeita, com todas as vozes bem dubladas. Por fim, a trilha sonora mantém o nível e dita o tom de cada cena, seja mais agitada ou calma.

OTIMIZAÇÃO:

O game sofre com ocasionais quedas leves de frames quando muitos elementos estão presentes na tela, como uma grande quantidade de partículas e efeitos de iluminação ao mesmo tempo. Além disso, ocasionalmente algumas texturas demoram segundos para carregar, mas nada que tenha impacto significante na jogatina. O aspecto geral e a atenção aos detalhes, compensam nesse aspecto.

CONCLUSÃO:

The Division é uma das melhores cartadas da Ubisoft nos últimos anos. Uma nova IP, diferente do que estamos acostumados, com uma jogabilidade em terceira pessoa a lá Gears of War e um sistema de evolução viciante. No futuro, tudo pode ficar ainda melhor com mais Raids, missões, expansões e conteúdos extra. Fora a repetição, que talvez nem chegue a te irritar, tudo funciona muito bem e faz deste um dos principais jogos da geração, principalmente pensando no custo benefício, já que conteúdo e missões não faltam, além de tudo que ele traz jogando online. A Dark Zone é a cereja do bolo, uma ótima ideia para gerar duas formas de se jogar o mesmo game. Sem dúvida alguma, vale o seu investimento.

Enredo: 9
Gráficos: 9
Gameplay: 9
Multiplayer: 9
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 8.5

Nota final: 9.0/10

RECOMENDADO!
Upplagd 10 maj 2019. Senast ändrad 1 november 2020.
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Jogo: Watch_Dogs™ Bad Blood
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 30 de setembro de 2014

ENREDO:

A DLC intitulada Bad Blood conta a história de Raymond "T-Bone" Kenney, que agora é um personagem jogável com uma campanha própria de 10 missões inéditas em Chicago. O enredo se inicia exatamente a partir do momento final da jornada de Aiden Pierce, com uma estranha pista fornecida pelo seu colega Tobias Frewe, que irá levá-lo a lugares inesperados e a emboscadas no mundo da infiltração digital.

A expansão traz também o novo modo Street Sweep, oferecendo contratos onde você tem que limpar as ruas de criminosos. O grande diferencial é que ele tem elementos cooperativos, permitindo que um amigo, ou algum jogador aleatório, entre na sua aventura para ajudar.

GAMEPLAY:

A mecânica de jogo é semelhante ao jogo base, no entanto, é indiscutível que T-Bone tem um lado engenheiro mais desenvolvido do que Aiden, nesse sentido, temos uma novidade que é o controle de um pequeno carro de controle remoto (drone terrestre) chamado Eugene, coisa que Aiden não era capaz de fazer.

É possível utilizar o carro para atordoar inimigos e ter caminho livre entre os objetivos. Desse modo, percebe-se que a jogatina ganha uma nova dinâmica e também facilidade na resolução dos problemas devido a esse drone. Com T-Bone também é possível controlar câmeras armadas, sendo possível disparar usando o modo metralhadora ou lança-granada.

CONCLUSÃO:

Watch Dogs Bad Blood traz um conteúdo melhorado no quesito gameplay e, apesar do enredo ser curto, é bastante envolvente. O jogo busca acabar com as "pontas soltas" deixadas ao final da jornada de Aiden Pierce, colocando o jogador na perspectiva do personagem mais carismático de todo o jogo, T-Bone. Aliando diversão com boa história, Bad Blood é um conteúdo indispensável pra quem jogou Watch Dogs.

Enredo: 10
Gameplay: 10
Dificuldade: 7.5

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
Upplagd 9 maj 2019. Senast ändrad 17 juli 2019.
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