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20.1 hodin celkem
Jogo: Assassin’s Creed II
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 09 de Março de 2010

ENREDO:

O enredo de Assassin’s Creed II retoma os acontecimentos que encerram o primeiro jogo. O protagonista Desmond Miles agora volta à Itália Renascentista na pele de Ezio Auditore da Firenze, um jovem nobre Italiano que acaba perdendo seu pai e irmãos, executados sob falsa acusação de traição contra a cidade de Florença. Logo ele descobre que tudo não passa de uma conspiração por parte dos templários e começa então uma jornada de vingança que acaba tomando uma dimensão muito maior do que ele imagina, levando-o a se tornar um membro da ordem dos Assassinos.

A história do jogo evolui em um ritmo perfeito e prende sua atenção do início ao fim, fazendo você mergulhar no enredo e esquecer que os fatos apresentados ali não aconteceram de verdade. Você começa conhecendo o jovem Ezio, imaturo, mulherengo e aventureiro e aos poucos vai acompanhando seu amadurecimento, sua lenta entrada na ordem, a evolução de suas habilidades e a mudança de seu propósito de vida. Ezio Auditore é um personagem lendário que é lembrado até hoje, e não é a toa, já que seu carisma é notável e sua evolução como personagem é extremamente bem construída.

Durante a jornada, vários outros personagens interessantes surgem, muitos deles figuras históricas, o mais notável sendo Leonardo Da Vinci, considerado um dos maiores gênios da história da humanidade, e autor da famosa obra Mona Lisa. Ele o auxilia construindo melhorias para sua arma, além de traduzir e decodificar as páginas do codex, deixadas por Altair. A Ubisoft o representa de forma excelente, tomando as devidas liberdades criativas, mas respeitando sua história e fazendo diversas referências a ela, sempre implementando seu legado no jogo e nos objetivos de Ezio.

JOGABILIDADE:

A jogabilidade de Assassin’s Creed II se sustenta em 3 pilares principais, os quais vale a pena comentar individualmente:

Parkour - Essa mecânica certamente é uma das primeiras que se vem à mente quando pensamos em Assassin’s Creed. Aqui ela apresenta uma evolução enorme em relação ao primeiro jogo, com novos movimentos, animações e uma maior precisão. As animações são fluídas, elegantes e variadas, dando credibilidade aos movimentos do personagem e contribuindo para a imersão que o jogo proporciona. No entanto, alguns momentos acabam sendo frustrantes, pois alguns movimentos mais simples são burocráticos de se realizar, como por exemplo, saltar de uma altura pequena, já que o personagem parece “grudar” na beirada, não te deixando cair.

Stealth - É parte fundamental do jogo, pois é o principal modo de agir dos assassinos e uma exigência para boa parte das missões. Há diversas mecânicas inteligentes, divertidas e interessantes de se usar, como se misturar na multidão, se esconder em montes de feno, sentar-se em um banco discretamente, e até contratar pr0stitutas para distrair os olhares tarados dos guardas, além disso o jogo possui diversas maneiras de se assassinar alguém desapercebido. Porém, é difícil de compreender o motivo de implantar tudo isso e esquecer de um botão que faça o personagem andar abaixado, ou até mesmo de encostar na parede. Ainda que o jogo não seja totalmente stealth, por que não buscar certos acertos de jogos até mesmo da própria empresa, como Splinter cell?

Combate - Usando o sistema de contra-ataque fatal, o combate no jogo é fluído e divertido, com diversas opções de movimentos, como provocar o adversário, esquivas, bloqueio ou até mesmo jogar areia nos olhos do inimigo. Novamente a animação usada nos movimentos é destaque, mas o sistema de combate, embora divertido, pode frustrar quem gostam de dificuldade. O jogo é extremamente permissivo com erros e a janela de reação aos golpes dos inimigos é muito grande, tornando realizar o contragolpe algo extremamente fácil e, como consequência, o número de inimigos não se torna uma ameaça. Proposital ou não, a Ubisoft perdeu a oportunidade de implementar um nível de dificuldade maior ou fazer ajustes de modo a tornar mais difícil usar o sistema de finalização.

GRÁFICOS:

É impossível falar de ACII (ou qualquer outro jogo da franquia) sem exaltar sua ambientação. A Itália renascentista representada no jogo é simplesmente magnífica, com construções que existem e/ou existiram na vida real reproduzidas em seus mínimos detalhes, fazendo bom uso do poderoso motor gráfico do jogo. Isso é algo que contribui não só para a parte visual como também para a atmosfera do jogo. Além disso, as ruas são cheias de pessoas, e francamente, a densidade populacional do jogo surpreende demais, visto que esta não provoca grandes travamentos ou slowdows.

A riqueza de detalhes nas roupas não só de Ezio, como também de todos os personagens e NPC’s impressiona e mostra um cuidado especial da Ubisoft em tentar reproduzir da maneira mais fiel possível o ambiente e os costumes da época. As expressões faciais também não fazem feio dada a época em que o jogo foi lançado, porém a falta de detalhes e cuidado em alguns dos rostos podem deixar a desejar, além disso tons monocromáticos em alguns locais podem causar estranheza, especialmente em Monteriggioni. No conjunto da obra, ACII é um jogo de encher os olhos e que resiste bem ao tempo, sendo agradável visualmente e provando que uma boa direção de arte aliada a uma ambientação cuidadosamente planejada pode fazer uma grande diferença no resultado final.

TRILHA SONORA:

Não é exagero nenhum afirmar que a trilha sonora de Assassin’s Creed II é uma das melhores a mais icônicas da história dos games. Sim, é desse nível de excelência que estamos falando. A começar pela música tema “”Ezio’s Family”, que é belíssima e uma das mais memoráveis de toda a série. O compositor se chama Jesper Kyd, um dinamarquês que já trabalhou em diversos jogos na indústria, como Soulcalibur, Hitman, Warhammer, entre outros, mas é aqui que ele entrega o seu trabalho mais conhecido, pelo qual merece todos os méritos e uma honrosa menção nessa análise. Além disso, todas as músicas, das orquestradas, até as cheias de percussão em momentos de ação, são cuidadosamente colocadas para dar o tom certo a cada momento do jogo e são fundamentais.

OTIMIZAÇÃO:

A otimização original de ACII está longe de ser ruim, tudo funcionava muito bem na época em que o jogo foi lançado. Nesse sentido, hoje, com a existência de configurações e sistemas operacionais bem mais modernos, era de se esperar que a experiência de jogo fosse tão fluida como naquela época, infelizmente esse não é o caso. O jogo enfrenta problemas sérios relacionados à compatibilidade, além de diversos travamentos (stutterings) que são perceptíveis ao longo da jogatina, além de alguns bugs e demora para carregar texturas, mesmo computadores com especificações mais robustas. São detalhes que não o impedem de finalizar o jogo, mas que incomodam pessoas mais exigentes.

CONCLUSÃO:

Considerado por muitos o melhor da série, Assassin’s Creed II apresenta uma evolução absurda em relação ao seu antecessor, mas dispensa comparações e consolida-se como um jogo memorável e a verdadeira realização do potencial que o primeiro game apresentava. Apesar de apresentar alguns defeitos em sua execução, o jogo ainda é capaz de prender sua atenção ao apresentar mecânicas divertidas e um enredo envolvente repleto de personagens carismáticos, tendo como palco uma representação da Itália renascentista capaz de encantar até mesmo o mais cético dos jogadores. Ele é o representante perfeito de uma saga que merece o seu lugar no hall da fama dos videogames, e sempre será lembrado por sua grandiosidade.

"Nada é verdade, tudo é permitido"

Enredo: 10
Gráficos: 10
Jogabilidade: 9
Trilha Sonora: 10
Otimização: 6
Diversão: 9

Nota final: 9/10
RECOMENDADO!
Odesláno 20. dubna 2022. Naposledy upraveno 20. dubna 2022.
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24.5 hodin celkem
Jogo: STAR WARS Jedi: Fallen Order™
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Respawn Entertainment
Distribuidora: Electronic Arts
Data de lançamento: 15 de Novembro de 2019

ENREDO:

O jogo é ambientado no universo de Star Wars, cinco anos após os acontecimentos do Episódio III – A Vingança dos Sith, e conta a história de Cal Kestis, um jovem Padawan que está sendo perseguido pelo Império Galático enquanto tenta completar o seu treinamento e restaurar a Ordem Jedi. O ritmo da narrativa é um pouco lento no início, mas tudo é feito para situar com calma quem está mergulhando nessa história. Seja um fã de longa data ou mesmo um leve conhecedor da trama de Star Wars. Você visita o primeiro planeta para entender melhor o que está acontecendo com tudo: seja com a Força, com Cal ou com o Império que o persegue. A história engata em um ritmo muito emocionante e envolvente com o passar do tempo.

Cal entra para um carismático grupo de sobreviventes e recebe ajuda da mestre Jedi Cere Junda e do piloto de quatro braços Greez. Juntos, eles tentam reviver o que restou da ordem Jedi em um enredo repleto de reviravoltas, homenagens aos filmes clássicos e muitas surpresas que merecem ser descobertas durante a jogatina. Vale a pena experimentar e descobrir tudo em primeira mão. A relevância e impacto dos elementos narrativos apresentados torna Jedi: Fallen Order um dos melhores (talvez o melhor) jogo de Star Wars já lançado, conseguir passar para o videogame todos os temas narrativos que compõem a “alma” da franquia não é uma tarefa fácil.

JOGABILIDADE:

Jedi: Fallen Order busca bastante inspiração em jogos estilo Super Metroid no design de suas fases. Revisitar áreas antigas já portando novos poderes que foram habilitados posteriormente recompensa você com diversos bônus, essenciais para encarar os desafios dos níveis mais avançados. É comum encontrar salas inacessíveis até que você obtenha um novo talento, mas navegar entre diferentes fases nunca fica chato ou atrapalha o ritmo da jornada. Em grande parte, isso ocorre porque a mecânica de combate do jogo é muito bem feita, possivelmente é o melhor uso que já foi feito de um sabre de luz nos videogames até hoje. As lutas são bem técnicas e avançar rápido demais resulta em mortes certas, então vale a pena estudar o timing dos inimigos e pensar com cuidado na melhor abordagem para cada situação. Lutar não fica cansativo porque o jogo sabe alternar bem ótimos momentos de plataforma e puzzle entre cada luta.

Colecionáveis diversos estão espalhados pelos mundos que vão de novas roupas para Cal, novidades para a nave de Mantis e muitos acessórios de customização para o seu sabre de luz. As opções são muito amplas por aqui e precisam ser: afinal, ao terminar o jogo, a caçada por todas elas é único diferencial do fator replay. Ao completar um nível, você adquire um ponto de habilidade para melhorar alguns aspectos do protagonista: mais Força para executar habilidades especiais, mais combos de golpes ou mais vida para Cal. As opções de desbloqueios vão aumentando conforme você avança pela história. Como estamos falando da Força, vale notar que ela será um elemento constante tanto para você entrar em novos ambientes como para batalhar durante o jogo. Cal desperta novos poderes conforme a história avança e você poderá, entre alguns exemplos, retardar inimigos para esquivar com facilidade e se curar com os estimulantes ou mesmo jogá-los para trás.

GRÁFICOS:

Falando em gráficos, um dos aspectos mais fascinantes de Jedi: Fallen Order está na construção dos cenários. É impressionante a forma como a Respawn produziu os planetas a serem explorados por Cal, e como eles vão se revelando ao longo da aventura, em múltiplos níveis. O jogo permite que você escolha para quais planetas vai, independentemente do seu ponto na história. São áreas grandes que vão se interconectando por meio de atalhos, de modo que formam grandes circuitos. Os modelos de personagem, efeitos de iluminação e captura de movimento são ótimos e ajudam na imersão, com direito a vozes e rostos conhecidos como Forest Whitaker, o Saw Gerrera de Star Wars Rogue One.

Para os fãs de longa data de Star Wars, o jogo é um prato cheio de ambientação fiel. Com a ajuda do simpático robozinho BD-1, Cal coleta informações que são armazenadas em um banco de dados completo para a consulta posterior. Isso ajuda tanto os que são pouco familiarizados quanto aqueles que são sedentos pelos mínimos detalhes na extensa “lore” da franquia. Com mecânicas de navegação ao melhor estilo Tomb Raider, o jogo nos leva a cenários impressionantes durante a aventura, como a Árvore da Origem no planeta Kashyyk, entre muitos outros.

TRILHA SONORA:

Fallen Order é uma verdadeira carta de amor aos filmes de George Lucas, e emula perfeitamente a estética de Star Wars, com músicas, ambientes, veículos e espécies familiares para quem gosta de qualquer filme da franquia. É muito legal explorar os diferentes planetas do game ouvindo variações das melodias famosas do compositor John Williams. É uma trilha sonora que não deixa a desejar aos filmes, com todos os efeitos sonoros para despertar saudosismo e músicas encaixadas nos melhores momentos da trama. O jogo possui também uma dublagem excelente e muito bem encaixada que complementa na imersão e diversão durante a jogatina.

OTIMIZAÇÃO:

Houve uma incompetência da Desenvolvedora no quesito otimização. O jogo apresenta travamentos (stutterings) com bastante frequência, além de alguns bugs e demora para carregar texturas, mesmo computadores com especificações mais robustas enfrentam travamentos. Aparentemente isso se deve também a uma limitação do motor gráfico Unreal Engine 4 e a forma que o mesmo lida com o streaming de texturas. É uma pena que um jogo tão bonito graficamente sofra com esses problemas de forma recorrente.

CONCLUSÃO:

Star Wars Jedi Fallen Order é um prato cheio tanto para fãs da série de filmes como para os jogadores que buscam um bom game de ação single player. De modo geral, Fallen Order cumpre o que promete, o que, levando em conta o retrospecto da EA com Star Wars, é algo muito positivo. Os bons controles de combate, a excelente progressão do personagem e a história envolvente fazem, de fato, você se sentir um Jedi. A campanha é extensa o bastante para garantir dezenas de horas de diversão, e a exploração é recompensada com bons itens e referências para entusiastas da franquia. Os problemas técnicos podem atrapalhar um pouco o ritmo do jogo, mas de maneira geral, Fallen Order é um baita acerto da desenvolvedora Respawn. Vale muito a pena jogá-lo.

"Que a Força esteja com você!"

Enredo: 10
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 10
Otimização: 6
Dificuldade: 7

Nota final: 9/10
RECOMENDADO!
Odesláno 3. dubna 2022. Naposledy upraveno 3. dubna 2022.
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31 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
13 osob ohodnotilo tuto recenzi jako vtipnou
19.9 hodin celkem
Recenze předběžného přístupu
Jogo: 7 Days to Die
Gênero: Indie, Survival Horror, Acesso Antecipado
Desenvolvedora: The Fun Pimps
Publicadora: The Fun Pimps Entertainment LLC
Data de lançamento: 3 de Dezembro de 2013

SOBRE O JOGO:

No ano de 2034, o planeta Terra sucumbiu à uma guerra nuclear e constantes ataques biológicos, tendo sido os sobreviventes da guerra infectados com um vírus atualmente desconhecido, morrendo após 7 dias e sendo reanimados como mortos-vivos.

O jogo se trata de uma experiência de sobrevivência com zumbis, que emprega sistemas realistas onde você terá de se preocupar com necessidades básicas como comer, beber, procurar abrigo, equipar agasalho e encontrar armas. O jogo possui um conceito interessante, mas ainda está muito longe de atingir o seu potencial. E infelizmente é improvável que 7 Days to Die alcance seu potencial máximo, longe disso... o gráfico datado, um mar de problemas técnicos e uma tremenda falta de cuidado condenam severamente o jogo da The Fun Pimps.

JOGABILIDADE:

A mecânica de jogabilidade é baseada em Voxel (elemento quadrado que compõe uma matriz de pixel), permitindo construções simples e destruição de objeto. O foco principal é tentar sobreviver à noite, já que o jogo apresenta um ciclo de dia e noite, fazendo os zumbis ficarem lentos e fracos durante o dia, mas rápidos e extremamente agressivos durante a noite. Como explicado anteriormente, o jogo apresenta um sistema de necessidade de busca por comida e água, então é necessário explorar para encontrar recursos.

Os zumbis em 7 Days to Die podem subir, cavar, destruir paredes, portas, ou até mesmo prédios inteiros para matar você. Isso estimula a criação de armadilhas para sua defesa ou sua base. Objetos no mundo degradam-se ao longo do uso, para que você tenha que procurar ou criar novas ferramentas durante o progresso de jogo. O mundo é quase totalmente destrutível e modificável. É possível construir a sua própria casa ou destruir as já existentes, a fim de coletar materiais para a construção de uma mais elaborada.

GRÁFICOS:

A complexidade da jogabilidade não se traduz nos elementos visuais. Não se engane: 7 Days to Die é um jogo ultrapassado graficamente, com modelagens poligonais e detalhes que lembram os jogos da safra inicial da sétima geração (Xbox 360 e PS3). Com ambientes monótonos, repetidos à exaustão e com poucos elementos na tela, o que resulta em uma constante sensação de vazio.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora é bacana porém não muito presente. O som dos zumbis, das armas e efeitos é razoável, mas não deixa de ser divertido.

OTIMIZAÇÃO:

Esse é de longe o maior problema do jogo. Além da falta de cuidado em alguns elementos gráficos, o título sofre com problemas técnicos a todo momento. Os travamentos e quedas de frames acontecem com tanta frequência que muitas vezes chegam a atrapalhar ações mais simples, como coletar madeira, pedra e plantas. É uma otimização realmente LAMENTÁVEL, sem condições.

CONCLUSÃO:

Interessante em seu conceito de sobrevivência, 7 Days to Die é um jogo que tinha um grande potencial e que, infelizmente, devido as falhas técnicas inaceitáveis, é improvável que se torne tudo aquilo que foi prometido. Há quase 10 anos em Acesso Antecipado (desde 2013), é lamentável que o jogo não tenha conseguido alçar voos mais altos. Mesmo sendo uma grande decepção técnica, o título garante alguns momentos reais de tensão e mecânicas de crafting legais. Jogue-o por sua conta e risco.

Diversão: 6
Jogabilidade: 6
Gráficos: 6
Trilha Sonora: 6
Otimização: 5
Dificuldade: 7

Nota final: 6/10
NÃO RECOMENDADO!
Odesláno 2. dubna 2022.
Byla tato recenze užitečná? Ano Ne Vtipná Ocenit
2 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
10.2 hodin celkem
Jogo: FlatOut
Gênero: Corrida
Desenvolvedora: Bugbear Entertainment
Publicadora: Empire Interactive
Data de lançamento: 12 de Julho de 2005

SOBRE O JOGO:

FlatOut é o primeiro jogo da série clássica de jogos de corrida/derby de demolição criada pela desenvolvedora independente Bugbear Entertainment. O jogo conta com corridas padrões e competições de derby de destruição contra 7 oponentes controlados por computador em ambientes abertos ou com voltas definidas. A premissa do jogo é bastante objetiva, você deve vencer corridas e desafios sem se importar em destruir o que encontrar pelo caminho.

JOGABILIDADE:

Os comandos são simples e fáceis de dominar, além dos habituais botões de aceleração e freio, seu carro conta com nitro e um freio de mão que permite realizar eventuais derrapagens. A mecânica de jogabilidade criada em FlatOut permaneceu consistente ao longo dos anos, com destaque ao sistema de colisões (ragdolls) apresentado aqui, o mesmo é muito bem feito para a época e continua sendo referência até os dias atuais. Não é atoa que os primeiros jogos da franquia sempre foram lembrados por possuir uma das melhores físicas entre os jogos de corrida da época.

GRÁFICOS:

Mesmo com as limitações da época em que foi lançado, o jogo apresenta gráficos que combinam totalmente com sua proposta, trazendo cenários bem trabalhados e uma boa aplicação de texturas. São diversas pistas para correr, sendo que cada uma delas traz características próprias de ambientação e clima, podendo ser realizadas durante um belo pôr do sol na floresta, à noite em meio à cidade ou até mesmo no gelo. Os carros contam com designs simples, mas que definitivamente atendem a proposta das corridas de destruição.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora é muito boa (embora o melhor ainda esteja por vir em FlaOut 2), ela conta com algumas bandas independentes e outras já consagradas do gênero Rock que entregam músicas com um ritmo frenético. O som dos motores é legal e os efeitos sonoros de colisão são divertidos.

OTIMIZAÇÃO:

Por ser antigo, o jogo pode ser considerado bem leve e o quesito otimização não tende a ser um problema, haja vista que, até as máquinas atuais mais modestas atendem os requisitos recomendados. Não há do que reclamar neste aspecto.

CONCLUSÃO:

FlatOut é um jogo lançado há mais de 15 anos com uma proposta diferente do que se tinha nos jogos de corrida da época, aliando velocidade com destruição, o game acerta no mais importante: a diversão! Embora a superioridade de FlatOut 2 faça este aqui parecer simples demais, ele não é um jogo ruim. A competência da Bugbear em criar uma boa "fórmula" e aprimorá-la em seus futuros jogos tornam este um clássico de uma das franquias mais nostálgicas e divertidas do mundo dos games. Este jogo representa muita coisa.

Diversão: 8
Jogabilidade: 7
Gráficos: 7
Trilha Sonora: 7
Otimização: 10
Dificuldade: 6

Nota final: 7.5/10
RECOMENDADO!
Odesláno 20. října 2021. Naposledy upraveno 2. dubna 2022.
Byla tato recenze užitečná? Ano Ne Vtipná Ocenit
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14.9 hodin celkem (12.2 hodin v době psaní recenze)
Jogo: Mortal Kombat 11
Gênero: Ação, Luta
Desenvolvedora: NetherRealm Studios, QLOC, Shiver
Distribuidora: Warner Bros Interactive Entertainment
Data de lançamento: 23 de Abril de 2019

Na última década, os games de luta têm ganhado cada vez mais capricho em torno do seu enredo. No caso de Mortal Kombat, que teve um reboot em 2011, o salto de qualidade e complexidade das tramas foi notório. Este recomeço também serviu para que a boa e velha mecânica de combos e combates laterais retornasse, deixando o jogo muito mais atrativo para os novos jogadores e satisfatório para os da velha guarda, que se reapaixonaram pela franquia depois de anos de lançamentos tenebrosos. Com o lançamento de MK11 em 2019, surge o mais completo e sanguinário Mortal Kombat de todos os tempos. Com uma mecânica de luta refinada, personalização de personagens como nunca antes vista, história cheia de reviravoltas e fatalities viscerais, MK11 apresenta-se como um jogo pronto para agradar a todos e que deve encerrar mais um ciclo dentro dessa série de jogos de luta que é uma das mais apaixonantes e viciantes.

ENREDO:

Após os acontecimentos de Mortal Kombat X, vimos que alguns dos principais personagens da trama que cercam o game estavam com um futuro bem nebuloso pela frente. Caso, especialmente, de Raiden, que se corrompeu para, segundo ele próprio, salvar o Plano Terreno. E, na esteira dessas incertezas, é que seguimos na história de MK11. Com uma Cassie Cage mais madura e assumindo uma postura de liderança dentro das Forças Especiais, e tendo Jacqui Briggs como grande aliada, logo a ação começa em ritmo frenético, com uma primeira missão que pauta todo o restante do enredo e que, de cara, traz várias surpresas.

A NetherRealm Studios tinha um grande desafio em Mortal Kombat 11: criar o primeiro antagonista original na história da série desde o decepcionante Onaga, de Mortal Kombat: Deception (Blaze, de Armageddon, já havia sido apresentado antes). Assim nasceu Kronika, a guardiã do tempo, uma titã tão poderosa quanto os próprios Deuses Ancestrais, que, até então, eram as entidades máximas deste universo. O grande objetivo de Kronika é desfazer a cronologia que surgiu por conta das ações de Raiden em Mortal Kombat 9, ou seja, a vilã, assim como os fãs mais conservadores, quer apagar tudo o que aconteceu em Mortal Kombat X. Diz ela que este não era o destino que havia sido planejado para os reinos. O Deus do Trovão teria perturbado para sempre o equilíbrio entre luz e trevas ao mudar completamente o rumo da história e isso precisaria ser corrigido.

Mesmo com todo o poder que possui, Kronika precisa de ajuda para conseguir reverter as ações de Raiden e recomeçar a linha do tempo sem ser perturbada. Ela convoca, então, heróis e vilões do passado para o presente, com o objetivo de fazê-los lutarem entre si e contra versões mais jovens deles mesmos. Conceitualmente, o enredo funciona muito bem. Durante a história, também conhecemos os novos personagens do game, como a própria Kronika, além de Kollector, um dos capangas de Shao Kahn; Cetrion, filha de Kronika e uma das Deusas Ancestrais, e Geras, fiel escudeiro da Deusa do Tempo.

As interações entre as duas versões de Johnny Cage, a relação entre Cassie Cage e a Sonya Blade do passado, o retorno do egocêntrico e brutal Shao Kahn, Liu Kang e Kung Lao jovens lutando lado a lado... estes e outros elementos proporcionam a qualquer jogador, do mais saudosista ao novato, uma constante sensação de que houve muito cuidado e sensibilidade no desenvolvimento desta nova história. Desta vez, a NetherRealm soube como aproveitar a nostalgia e o inédito, encontrando o tom perfeito para este novo capítulo de MK.

JOGABILIDADE:

Após uma excelente entrada, nada melhor do que o prato principal. E é aqui que Mortal Kombat 11 definitivamente brilha: nas lutas. A jogabilidade em um game de luta é sem dúvidas o seu alicerce e o que encontramos aqui é um bem sólido. Depois de Mortal Kombat e Mortal Kombat X seguirem mais ou menos a mesma linha de combate, MK11 vem para aprimorar e deixar tudo no seu auge, fazendo com que este jogo seja o definitivo em termos de mecânicas e técnicas de luta. É a maior evolução da franquia, sem dúvidas, tudo é muito mais fácil de visualizar e compreender.

Diferentemente do seu antecessor, o game é menos amigável com iniciantes devido à sua complexidade consideravelmente maior. Há muitos sistemas em ação em cada batalha. Falando sobre as novidades, temos o Fatal Blow e o Crushing Blow (ou Golpe Esmagador, em português). Os golpes de Raio-X foram desmembrados em duas mecânicas: o Crushing Blow, que traz a homenagem ao golpe antigo e só pode ser usado como contra-ataque por vezes limitadas, e o Fatal Blow, que é o “novo” Raio-X, mas que só pode ser usado uma vez por partida quando sua vida está abaixo de 30%.

As barras de especiais foram divididas em duas: uma para ataque e outra para defesa. Isso permite que cada recurso possa ser utilizado para funções distintas, aumentando a ofensiva e a defesa durante toda a luta. Todas essas combinações e novidades deixaram a jogabilidade de luta ainda melhor. Ainda há questões pessoais nos gostos, como os combos feitos pela desenvolvedora, negative edge e a realização de combos com o pressionar prévio dos botões, tudo isso é o que torna Mortal Kombat diferente dos concorrentes.

GRÁFICOS:

Mortal Kombat sempre foi uma franquia que procurou impressionar na sua parte visual. Desde a geração anterior, seu títulos andam um passo a frente de outros concorrentes do gênero no que diz respeito ao seu visual. A NetherRealm fez um trabalho de tirar o chapéu em MK11. Os lutadores nunca foram tão realistas, com movimentos extremamente naturais e fluidos. É impressionante o nível de detalhamento anatômico, com a reprodução do corpo humano tendo uma fidelidade assustadora.

Os cenários também estão bastante detalhados e belos, incorporando os diferentes mundos que conhecemos em MK. As apresentações e encerramentos das lutas também são outro destaque positivo. O capricho da NetherRealm é visto em praticamente todos os momentos, seja nas animações do jogo, nas batalhas, e até mesmo revirando estômagos com seus Fatalities mais violentos do que nunca.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora, que sempre foi um ponto forte da franquia, está melhor do que nunca, mesclando bastante o estilo oriental com as músicas eletrônicas e pesadas de outros tempos do jogo. E em relação à Dublagem, a Warner optou de uma forma muito assertiva em utilizar apenas profissionais do ramo. O resultado agrada bastante, principalmente no modo História, onde há muitos diálogos entre os personagens, todos bem convincentes e com a presença de vozes conhecidas do público brasileiro.

OTIMIZAÇÃO:

Houve total competência da NetherRealm no quesito otimização. O jogo condiz com os requisitos mínimos e recomendados, roda de forma consistente (60 fps) mesmo em configurações mais modestas e a fluidez durante a gameplay possibilita várias horas de diversão.

CONCLUSÃO:

Mortal Kombat 11 é a consolidação da franquia como uma das grande referências no gênero. O novo título da série soube balancear as novidades com uma jogabilidade que agrada tanto os novatos como os que cresceram com a saga, ao mesmo tempo em que apresentou gráficos que impressionam tanto pelo realismo como pela violência explícita que é uma marca da série. Sua mecânica de combate aprimorada, a enorme gama de personalizações e os gráficos matadores fazem dele um game obrigatório para os entusiastas do gênero luta. A história, por sua vez, acerta em cheio e pavimenta o caminho para novos arcos no futuro, ou no passado, quem sabe.

Se cada mortal é responsável pelo seu próprio destino, faça um favor a si mesmo e jogue MK11.

Enredo: 9.5
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 10
Otimização: 10
Dificuldade: 8

Nota final: 9.5/10
RECOMENDADO!
Odesláno 28. února 2021. Naposledy upraveno 28. února 2021.
Byla tato recenze užitečná? Ano Ne Vtipná Ocenit
6 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
32.6 hodin celkem (16.7 hodin v době psaní recenze)
Jogo: Detroit: Become Human
Gênero: Ação, Drama Interativo
Desenvolvedora: Quantic Dream
Distribuidora: Quantic Dream
Data de lançamento: 18 de Junho de 2020

ENREDO:

Detroit, 2038. A CyberLife, fundada pelo cientista Elijah Kamski, criou androides equipados com inteligência artificial capazes de falar e se comportar como seres humanos, além de serem fisicamente muito semelhantes. A ideia era criar máquinas que pudessem realizar tarefas rotineiras e servir os humanos de acordo com suas necessidades, mas logo de início é perceptível o dilema moral que cada androide carrega dentro de si, continuar servindo os humanos, ou ser livre para tomar as próprias decisões. Bem, não é de hoje que o tema "Inteligência Artificial" vem sendo abordado pela indústria de entretenimento. "Blade Runner", "O Exterminador do Futuro", "Eu, Robô" e inúmeras outras obras audiovisuais e literárias exibiram suas versões de um futuro compartilhado com máquinas. Ao contrário da maioria delas, o jogo da Quantic Dream assume um tom menos apocalíptico, nos levando a refletir sobre nossas ações, crenças e, acima de tudo, a condição humana. Mas afinal, como seria um mundo onde nós, humanos, tivéssemos de conviver lado a lado com androides inteligentes? É inevitável, a tão temida IA está sendo aprimorada a cada dia, ao ponto de influenciar em decisões importantes no nosso cotidiano (Google que o diga). Detroit: Become Human, segue essa linha de raciocínio e traz um enredo repleto de reflexões sobre o assunto, além de uma trama envolvente.

A trama envolve debates de temas polêmicos como a substituição de trabalhos manuais por um serviço automatizado, governos em conflito e até mesmo a violência doméstica. A forma com que isso é abordado usa sempre os androides Connor, Kara e Markus no meio dessas questões. Cada um deles possui sua própria história:

Connor é um modelo RK800, recém-lançado pela CyberLife para auxiliar a força policial na busca e apreensão de divergentes (nome dado às máquinas que, por um suposto mau funcionamento de software, começaram a agir por conta própria, sem obedecer aos humanos). O que mais chama atenção em seu arco é justamente as questões morais relacionadas a investigar, perseguir e prender robôs que, como ele, são alvos de preconceito e agressões.

Kara é uma androide do modelo AX400, mais tradicional, especialista em lidar com as tarefas de casa e cuidar de crianças. É o que a dócil e solitária menininha Alice tem de mais próximo de uma mãe; por isso, Kara faz de tudo para protegê-la dos abusos de Todd, um pai viciado e impulsivo que vive no fundo do poço e alega ter sucumbido em sua carreira profissional por conta do desenvolvimento dos androides.

Por fim, Markus é um RK200 feito sob medida por Kamski para cuidar de Carl Manfred, um pintor renomado e amigo íntimo do fundador da CyberLife. Nesse arco, homem e máquina têm um relacionamento de muito respeito, a ponto de Carl dizer a Markus para que ele "nunca deixe ninguém dizer o que você deve ser". Com um intelecto mais desenvolvido, por assim dizer, é Markus o responsável por liderar a insurgência de robôs rebeldes e insatisfeitos que cria a tensão do enredo de Detroit.

JOGABILIDADE:

A jogabilidade de Detroit: Become Human segue a linha adotada pela Quantic Dream em outros títulos da produtora. Basicamente ela funciona como em jogos do gênero "point and click", onde basicamente você precisa locomover seus personagem e procurar pistas pelo cenário. Um elemento que se agrega a jogabilidade é a combinação de comandos em determinadas cenas (Quick Time Events), onde basicamente você precisa apertar os botões que surgem na tela no momento exato. Outro ponto positivo do jogo é a sua área de exploração, que lhe permite encontrar mais elementos para complementar suas ações. Por exemplo, ao examinar a cena de um crime, Connor pode vasculhar cômodos e outras áreas do cenário para entender melhor o que aconteceu. O mesmo vale para Kara, que pode optar por se esconder em diversas áreas, não sendo obrigada a optar por um local predeterminado.

Você constrói o seu roteiro. O jogo traz um diagrama que mostra a linha escolhida por você para alcançar o objetivo principal, essa mesma linha traz uma série de ramificações que influenciam diretamente no objetivo principal daquele capítulo. Por exemplo, você pode optar por moldar a personalidade de um androide de uma maneira que ele seja bastante hostil. Essa linha de hostilidade vai afetar seu relacionamento com outros personagens e até mesmo a maneira com que seu caminho irá cruzar com o dos outros protagonistas. Além disso, esse diagrama mostra todos os caminhos opcionais que, por conta das decisões tomadas, não foram seguidos naquele momento. Isso instiga o jogador a iniciar um novo jogo procurando caminhos alternativos aos que foram traçados na primeira vez, criando um fator replay interessante.

GRÁFICOS:

Detroit utiliza a captação de atores reais para produzir seus personagens. Com isso, não é preciso dizer o quanto cada um dos androides ficou bem reproduzido dentro do jogo. Com sua nova engine, a Quantic Dream fez um trabalho impecável, registrando à perfeição as expressões de Jesse Williams, Valorie Curry e Bryan Dechart, que dão vida a Markus, Kara e Connor, respectivamente. É possível ver que eles estão determinados, frustrados, indecisos, pensativos, chateados e felizes apenas observando seus rostos. As expressões faciais, olhares, sincronização de diálogos, tudo é muito bem encaixado e passa ao jogador a sensação de estar participando de um filme. Já no menu inicial dá para levar um susto, no bom sentido, com a naturalidade da androide que nos é apresentada (Chloe).

Todo esse cuidado também foi aplicado na construção dos cenários e da ambientação. Efeitos de iluminação global e de profundidade somados a shaders de chuva e neve tornam tudo mais real. Com uma incrível mescla de elementos futuristas, carros voadores, telas transparentes e engenhocas coloridas, junto a construções dos dias atuais, o game consegue convencer o jogador de que o futuro não tão distante finalmente chegou.

TRILHA SONORA:

O game apresenta uma trilha sonora feita por três compositores, única para cada um dos protagonistas, que combina com os personagens e dá o clima ideal para a narrativa, seja em momentos dramáticos, seja em perseguições frenéticas. A dublagem está sensacional e conta com vozes bem selecionadas, além de interpretações bastante convincentes. A Quantic Dream fez bonito, o jogo se mostra bem trabalhado não somente na parte gráfica, mas na sonora também.

OTIMIZAÇÃO:

Esse é um ponto em que a produtora não foi competente. O jogo possui problemas de otimização e sofre de "crashes" e "stutterings" desde a sua data de lançamento inicial. O fato é que, até o momento, ainda é difícil não se deparar com os problemas citados, mesmo que ocasionalmente. É frustrante não conseguir jogar com fluidez em certos momentos, mesmo em PC's com configurações mais robustas. Se tratando de otimização, pode-se afirmar que esse é um péssimo port.

CONCLUSÃO:

Detroit: Become Human possui uma trama envolvente e repleta de críticas sociais, esse com certeza é o melhor roteiro já escrito por David Cage. A temática é extremamente atual e expõe um futuro que bate à porta, além de encobrir questões mais complexas sobre como reagimos ao que é diferente em relação a condição humana. Você se sentirá motivado a jogar não apenas uma vez, já que as suas decisões mudam (e muito) o desenrolar da história. A sensação de que cada escolha nos leva a uma consequência aliada a um dos melhores gráficos dessa geração nos faz imergir na narrativa e sair dela pensativos, chocados, felizes, tristes... Tudo depende de como você escreverá a sua história.

Enredo: 10
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 10
Otimização: 6
Dificuldade: 8

Nota final: 9/10
RECOMENDADO!
Odesláno 9. listopadu 2020. Naposledy upraveno 26. listopadu 2020.
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12 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
26.2 hodin celkem (26.2 hodin v době psaní recenze)
Jogo: Watch_Dogs® 2
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 29 de novembro de 2016

ENREDO:

Watch Dogs 2 se passa no mesmo universo fictício de seu antecessor, mas agora explorando o personagem Marcus Holloway como protagonista e sendo ambientado na região da Baía de São Francisco e do Vale do Silício, lar de empresas como Invite (Facebook) e Nudle (Google), continuando assim a contar sua história sobre a vida digital, o excesso de compartilhamento de dados pessoais e espionagem estabelecida no primeiro jogo da franquia. Logo no início, o protagonista Marcus é recrutado pelo "DedSec", cujo objetivo principal é desestruturar a versão 2.0 do ctOS, instalado pela "Corporação Blume". O plano dos hackers para derrubar a rede de dados que controla a cidade é executar ataques virtuais em alvos pontuais. Para isso, Marcus deve cumprir favores a pessoas influentes e participar de desafios, a fim de elevar a popularidade do nome "DedSec" e, consequentemente, ampliar o número de seguidores.

Há muitas referências a celebridades, figuras e organizações do mundo real, seja do mundo tecnológico ou não, como Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, o rapper Kanye West e o grupo Anonymous, associado ao "hacktivismo". A versão satirizada da nossa realidade, complementada com diálogos bem construídos e toques de humor, é o que dita o ritmo da história. O novo protagonista, Marcus Holloway, esbanja carisma e deixa Aiden Pierce no chinelo se tratando de habilidades hackers. Holloway é um hacker que tenta ser descolado, seu negócio é invadir sistemas por um bem maior, ele é um personagem divertido e foi bem desenvolvido ao longo da trama. No entanto, o mesmo não pode ser dito sobre o antagonista, Dušan Nemec, o chefe de tecnologia da Blume. Ele é um hipster que usa coque samurai e faz ioga, sua motivação não é convincente e o desenvolvimento desse personagem passa longe de ser bom, ele é quase uma paródia dos executivos jovens e modernos empregados atualmente pelas gigantes da indústria, de maneira mais informal, pode-se dizer que ele é um "jovem dinâmico".

JOGABILIDADE:

É possível hackear e controlar quase tudo que se conecte com a internet, desde celulares até satélites. O jogo busca proporcionar liberdade total para avançar pelo game da maneira que você preferir, seja de forma furtiva, seja usando todos os tipos de armas letais contra aqueles que se colocarem em seu caminho. É possível correr sobre telhados, invadir sistemas, controlar satélites, interferir em perseguições de carro, espionar dispositivos móveis e realizar diversas outras ações. Toda atividade realizada conta para o progresso do jogo e adiciona pontos de experiência, os quais podem ser utilizados para melhorar habilidades específicas do personagem.

Marcus tem à sua disposição dois periféricos tecnológicos projetados por meio de uma impressora 3D: um carrinho de controle remoto, oferecido logo no começo da jogatina, e um drone que facilita a exploração aérea, disponível para compra após as missões iniciais. Com o auxílio desses acessórios, ele não precisa estar fisicamente presente no local da missão para que a invasão aconteça, visto que os drones são controlados remotamente. Isso possibilita novas táticas e garante uma camada extra de complexidade na jogatina. Por conta do número maior de oportunidades, a inteligência artificial dos oponentes está mais refinada. Nesse sentido, é preciso pensar duas vezes antes de derrubar o inimigo em áreas restritas.

A Ubisoft redesenhou praticamente todas as mecânicas de jogo existentes no antecessor, melhorando o controle dos carros, o combate físico e armado (não está uma maravilha, mas a evolução foi clara), além de aumentar a variedade de missões e opções de hack em relação ao primeiro jogo. Ainda que boa parte das missões da história se resumam a entrar furtivamente em um local protegido, há muito a se fazer pela cidade. São Francisco está recheada de corridas de kart, drones, carros e motos, enigmas e desafios de fotografia. São tantas atividades a cumprir que é comum ficar perdido em meio a tantos ícones sinalizados no minimapa.

MULTIJOGADOR:

O modo online, por sua vez, é integrado ao modo campanha e traz opções competitivas e cooperativas. É possível concluir objetivos multiplayer a partir do mapa da campanha single player, que destaca as missões online em roxo. Sem essa distinção entre os modos, você vai se deparar com outros jogadores invadindo a sua partida sem mais nem menos enquanto você caminha pelo mapa. E, como estamos falando de hackers, eles vão tentar roubar informações suas e você terá de impedir que isso aconteça eliminando os malditos invasores.

GRÁFICOS:

Diferentemente da metrópole acinzentada de Chicago, palco do primeiro Watch Dogs, São Francisco está muito bem representada com pontos turísticos fiéis à realidade. Cores vibrantes e detalhes minuciosos nos ambientes tornam o mundo aberto desse game um dos mais bonitos entre todos os jogos da Ubisoft. O resultado final é um mundo crível, com personagens e gráficos de cair o queixo. Tecnicamente, porém, o jogo sofre com alguns problemas de bugs aqui e ali (padrão Ubisoft), mas nada que seja capaz de comprometer a experiência.

Todos os pontos famosos da cidade e sua arquitetura única estão retratados de forma fiel e são bem integrados nas missões do game. Isso vale tanto para as missões principais do jogo, que levam a pontos como o campus do Nudle (Google) e outros prédios famosos de empresas de tecnologia que são bem fáceis de reconhecer, apesar dos nomes trocados por motivos óbvios. Além disso, o jogo possui missões alternativas que envolvem tirar selfies em pontos turísticos conhecidos da cidade, algo que incrementa ainda mais à imersão que o game proporciona.

TRILHA SONORA:

Do design sonoro único aos diálogos naturais, junto com uma dublagem sensacional, o jogo causa uma ótima primeira impressão no aspecto sonoro e continua assim até o fim. Houve uma melhora significativa na qualidade da dublagem em relação ao jogo anterior, com vozes muito bem selecionadas e interpretações convincentes, o que torna a experiência bastante imersiva. As boas músicas de fundo em jogos são marca registrada da Ubisoft, e por aqui não é diferente. Watch Dogs 2 faz bonito, o jogo se mostra bem trabalhado não somente na parte gráfica, mas na sonora também. As músicas presentes nas rádios e nos momentos de ação parecem ter sido escolhidas minuciosamente.

OTIMIZAÇÃO:

A Ubisoft não foi nenhum pouco competente na otimização do jogo desde a sua época de lançamento inicial. O fato é que hoje, anos após o lançamento de Watch Dogs 2, ainda é difícil não se deparar com diversas quedas nas taxas de quadros, seja em ambientes abertos ou fechados. É frustrante não conseguir jogar com fluidez, mesmo em configurações mais robustas. Se tratando de otimização, WD2 consegue ser pior do que seu antecessor.

CONCLUSÃO:

Watch Dogs 2 é um exemplo primoroso da cultura no século 21. Sua interface é colorida e estilizada, seus personagens são variados, sua cidade está sempre em movimento. O mundo virtual está totalmente entrelaçado com o real. O jogo acerta na jogabilidade e erra no enredo. No geral, a Ubisoft entregou um pouco do que havia prometido desde o anúncio do primeiro game: uma experiência robusta em que o jogador pode ter pleno domínio do mundo ao qual pertence, mas ainda há o que melhorar em versões futuras.

Enredo: 7
Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Multijogador: 8
Trilha Sonora: 9
Dificuldade: 7

Nota final: 8/10
RECOMENDADO!
Odesláno 1. listopadu 2020. Naposledy upraveno 1. listopadu 2020.
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388.7 hodin celkem (183.4 hodin v době psaní recenze)
Jogo: F1® 2020
Gênero: Corrida, Simulação, Esportes
Desenvolvedora: Codemasters
Distribuidora: Codemasters
Data de lançamento: 9 de julho de 2020

SOBRE O JOGO:

Quando se fala em jogos lançados anualmente a pergunta sempre é a mesma: o que mudou para justificar a compra? Com F1 2020 não seria diferente, uma vez que a Codemasters lança um jogo anual sobre a Fórmula 1 há uma década. Todavia, os últimos cinco anos seguiram um cronograma que tem funcionado de forma exemplar: depois da adoção de uma nova engine em 2015 e da introdução de um modo carreira que revolucionou o gênero de corrida um ano depois, a cada ano a desenvolvedora traz uma novidade que mantém a relevância de seus lançamentos.

Apesar de alguns tropeços no início dessa geração, a Codemasters se reergueu e marcou seu nome como uma produtora celebrada no mundo dos jogos de corrida. A nova versão chega em clima de fim de geração, já que um novo salto de hardware está prestes a acontecer, mas mostra ainda ter o que oferecer. O grande destaque está no conteúdo inédito, que consiste em um pacote de DLCs celebrando veículos clássicos da carreira do heptacampeão Michael Schumacher. Isso mesmo, se em F1 2019 tivemos a oportunidade de relembrar um pouco da rivalidade entre Senna e Prost, além de apreciar um dos modos carreira mais completos do gênero de corrida e a introdução da Fórmula 2 como categoria jogável, por aqui não é diferente, dessa vez o alemão é a figura homenageada.

GAMEPLAY:

Existe um estigma que paira os jogos de simulação de corrida que é a dificuldade em se adaptar. F1 2020 apresenta um sistema de personalização de controles amigável para todos os tipos de jogadores. Desde o nível casual, para aqueles que não tem muito contato com jogos de corrida, até o mais exigente, para quem gosta de ajustar o controle visando uma experiência mais próxima da realidade, e chegando até mesmo ao nível profissional.

Para comemorar os 70 anos da categoria, a Codemasters vai além e permite que você alinhe o seu próprio carro no grid, tendo a sua equipe como a décima primeira força da Fórmula 1. Isso é feito através do modo “My Team”, que acaba sendo bem atrativo em um ano bastante peculiar como 2020. Na pista, o My Team é praticamente igual ao modo carreira tradicional. Fora dela, a experiência é mais complexa. A diferença já é percebida logo de cara: você dá um nome a sua equipe e, a partir daí, deve escolher o seu patrocinador. Isso é fundamental para definir o orçamento inicial do seu time, o que afeta a escolha do seu fornecedor de motores. Honda, Renault, Mercedes e Ferrari se alternam em preços e estatísticas como potência e durabilidade.

A partir daí, você deve escolher quem será o seu companheiro de equipe. Aqui entra um aspecto que também existe no modo carreira, mas ganha destaque no My Team: cada piloto tem uma nota baseada em estatísticas como experiência, pilotagem, atenção e ritmo, que vão evoluindo de acordo com a progressão do piloto e da sua carreira. Uma das novidades que o modo trouxe também para o game foi uma customização mais ampla: agora, além do design do carro, do macacão, das luvas e do capacete, é possível definir também as cores e o escudo da sua equipe. Ao longo da progressão, é possível contratar outros pilotos para serem seus companheiros de equipe, então sim: é possível ter grandes nomes da Fórmula 1 dirigindo o seu carro, eventualmente.

Tal como em 2019, temos a possibilidade de conduzir alguns carros clássicos. É uma experiência interessante e atrativa visualmente, temos vários carros lendários disponíveis, entre eles estão a Ferrari F2004, de Michael Schumacher, a McLaren MP4/4 de Ayrton Senna e a Williams FW18 de Damon Hill. Existem inclusive modos de jogo que utilizam apenas esses carros clássicos, o que torna a experiência mais atrativa para aqueles que cresceram com o esporte, mas que perderam o contato conforme o Brasil foi deixando de ter destaque nas pistas.

ONLINE:

O que mais chama a atenção no menu multijogador é a possibilidade de escolher entre partidas rankeadas e não rankeadas, assim como uma aba especial para eventos. O matchmaking é baseado nos seus pontos acumulados no fim das provas, além da sua habilidade. Existem também os eventos focados no F1 Esports, o que mostra uma atenção maior da Codemasters no aspecto competitivo do game. A grande novidade aqui, no entanto, é o retorno do modo tela dividida. Os desenvolvedores se esforçaram para contornar as dificuldades técnicas e conseguiram entregar uma experiência digna da Fórmula 1 para dois jogadores localmente.

GRÁFICOS:

Um dos fundamentos da Codemasters para seus jogos é manter o que está funcionando sem muitas alterações. Salvo por mudanças sutis na parte gráfica (como melhoria em alguns shaders e efeitos de oclusão), o que se vê aqui é um jogo muito semelhante ao seu antecessor. Isso significa que ele continua sublime e, em alguns casos, a qualidade visual faz até você pensar que a corrida é real. No entanto, vale ressaltar que nessa versão os bugs de texturas são mais frequentes, seja nas pinturas dos carros, seja nos elementos de ambiente, seja nas pinturas de capacetes.

O game mantém o alto nível da série e convence com cenários e gráficos atraentes, onde a sensação de velocidade é emocionante, seja no cockpit, ou na câmera de TV. Os circuitos estão belíssimos e muito bem trabalhados, destaque para as duas novidades no calendário da F1 esse ano, os circuitos de Hanói e Zandvoort. As animações dos fiscais, dos mecânicos e equipes de TV, foram mantidas. A modelagem dos carros, tanto os novos quanto os clássicos, continua de primeira. Os efeitos de destruição durante os acidentes ainda envolvem rodas voando, peças de suspensão se fragmentando e tudo aquilo que é necessário para fazer a batida parecer impressionante.

TRILHA SONORA:

Tanto no visual quanto no áudio, F1 2020 continua apresentando uma experiência bem imersiva, mas são os detalhes que ainda o impedem de ser considerado impecável. Apesar de novos efeitos de reverberação espacial (perceptível quando você passa perto de paredes) e o som da torcida nas áreas mais densas de arquibancadas, boa parte dos diálogos continua reciclada dos jogos anteriores e apresenta os mesmos problemas de dessincronização e artificialidade. Pois bem, motivo de controvérsia na Fórmula 1, o som dos motores V6 turbo não estão entre os mais populares. Ainda assim, a Codemasters continuou com o trabalho feito nos jogos anteriores e conseguiu retratar com fidelidade a sonorização dos propulsores para dentro do game.

OTIMIZAÇÃO:

É inegável o fato de que F1 2020 é um game que entrega o que há de melhor em termos de realismo na simulação das corridas da temporada atual da F1. Sua apresentação gráfica, as respostas precisas do controle e a sensação de pilotar um fórmula 1 a mais de 300 km/h, estão em um nível de realismo jamais alcançado antes. No aspecto otimização, o jogo condiz com os requisitos mínimos e recomendados, roda de forma consistente mesmo em configurações mais modestas e a fluidez durante a gameplay possibilita várias horas de diversão.

CONCLUSÃO:

F1 2020 manteve a excelência da edição do ano passado, ele é em dúvidas o melhor jogo disponível da categoria! As novidades no modo My Team adicionaram ainda mais realismo e profundidade nesse jogo que garante uma imersão completa no mundo da Fórmula 1. Com a presença de carros históricos, inovações no Modo Carreira e melhorias nos gráficos, som e na jogabilidade que já rendiam elogios, é difícil não gostar do game da Codemasters. Para os amantes de jogos de corrida, seja você aquele jogador casual sem muita experiência, ou alguém apaixonado por simuladores, esse é um jogo que não pode faltar na sua biblioteca. A diversão é garantida.

Diversão: 10
Gráficos: 10
Gameplay: 10
Online: 9
Trilha Sonora: 9.5
Dificuldade: 8

Nota final: 9.5/10
RECOMENDADO!
Odesláno 9. října 2020. Naposledy upraveno 1. listopadu 2020.
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18 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
1 osoba ohodnotila tuto recenzi jako vtipnou
222.0 hodin celkem (84.8 hodin v době psaní recenze)
Jogo: Dead by Daylight
Gênero: Terror, Sobrevivência
Desenvolvedora: Behaviour Interactive Inc.
Publicadora: Behaviour Interactive Inc.
Data de lançamento: 14 de Junho de 2016

SOBRE O JOGO:

Dead by Daylight não traz um enredo pronto, na verdade, há apenas uma breve explicação para unir quatro personagens em um mesmo ambiente. Resumidamente, trata-se de um jogo de terror e sobrevivência multiplayer (ao estilo um jogador contra quatro) em que um dos jogadores assume o papel de assassino enquanto os outros quatro jogam como sobreviventes, tentando escapar do assassino e evitando a todo custo serem capturados, enganchados e sacrificados. O objetivo do jogo é bem simples, como sobrevivente, basta reparar os cinco geradores espalhados pelo mapa e abrir um dos portões de saída. Enquanto isso, a missão do assassino é impedir esse processo, custe o que custar.

Se você é fã do universo de filmes clássicos de terror, vale a pena conferir Dead by Daylight. A Behaviour Interactive buscou muita inspiração na receita consagrada do gênero, mas sem deixar seu próprio jogo perder a identidade. O resultado é um misto de homenagem a filmes de terror, com uma experiência que consegue ser arrepiante por si só. Poucos jogos são capazes de gerar tamanha adrenalina durante a jogatina, imagine só fugir freneticamente de um psicopata com uma moto-serra, enquanto você salta por janelas e derruba objetos para impedir o progresso do assassino. É uma experiência arrepiante.

GAMEPLAY:

Os sobreviventes podem andar, correr ou andar agachados. O jogo utiliza um sistema de habilidades (perks), cada personagem dentro do game (seja ele sobrevivente ou assassino) possui perks únicas, que podem ser ensináveis a outros personagens da mesma classe, deixando a jogatina mais variada. Além disso, a diferença de jogabilidade entre os dois tipos de personagem (assassino ou sobrevivente) dita o ritmo do jogo. Jogar em primeira pessoa, como o assassino, é bem diferente e único. Apesar das habilidades limitadas, a criatura possui poderes que ajudam a eliminar os sobreviventes e, apesar de ser ligeiramente mais lenta, é mais forte e literalmente invencível. É assombroso acompanhar as execuções de cada vítima capturada.

DbD é um jogo fácil de aprender, o importante aqui é saber se movimentar, correr e interagir com os cenários, no caso dos sobreviventes. Vale ressaltar que o game é extremamente tenso, a todo o momento você vai se sentir perseguido pelo assassino, ainda mais por conta da visão em terceira pessoa dos sobreviventes, o que não ajuda a acalmar. Na verdade, um de seus maiores trunfos está nesse clima, é isso que faz com que ele prenda a sua atenção. Trabalhar em equipe é fundamental caso queira ter sucesso na fuga e garantir muitos pontos ao final da partida. O jogo traz mecânicas que permitem que os jogadores possam trocar itens e até mesmo curar um ao outro. Se todos trabalharem em conjunto, acredite, quem estiver controlando o assassino passará muita raiva. Como a jogatina depende muito da cooperatividade entre os personagens, jogar ao estilo “cada um por si” não vale a pena. A experiência tende a se tornar chata e repetitiva caso você não tenha amigos para aproveitar junto.

GRÁFICOS:

O destaque vai para o cuidado que os desenvolvedores tiveram com a direção de arte dos assassinos. Todos sempre com aspectos, mecânicas e gameplay diferenciado dos demais. Existem DLCs que lhe permitem jogar com personagens adicionais, entre eles estão grandes ícones dos filmes trash de terror como Michael Myers (Halloween), Leatherface (Massacre da Serra Elétrica) e Freddy Krueger (Hora do Pesadelo). Tudo isso com direito a detalhes chaves de cada assassino, como por exemplo, jogar com Freddy ao som da arrepiante música tema do assassino.

O visual é bom, mas não surpreende. Os cenários são razoáveis em termos de design, oferecem pouca variação de texturas, e a névoa noturna só ajuda a ter a sensação de não haver muito o que olhar com calma. Por outro lado, os sobreviventes e assassinos estão bem animados e representados (as texturas e a movimentação de Michael Myers e Freddy Krueger, por exemplo, estão idênticas ao que é retratado nos cinemas, contribuindo ainda mais para a imersão ao clima de terror proposto). O problema visual maior persiste em pequenos bugs de animação, travadas dos personagens e, claro, as falhas que existem nas cenas de execução. Seria cômico, se não fosse trágico. Ainda assim, no aspecto visual, está tudo na média.

TRILHA SONORA:

O design de som é bastante inspirado. O efeito de poder ouvir os batimentos do coração do personagem como um modo de sentir a aproximação do assassino é muito bem resolvido e as músicas, como já dito anteriormente, remetem aos temas clássicos do cinema, ainda que só apareçam em momentos específicos, para aumentar a tensão das perseguições. Os efeitos sonoros, no geral, cumprem seu papel, sem necessariamente se destacar. O que faz sentido, pois parece que tudo foi trabalhado para garantir que você possa se concentrar ao máximo durante a partida.

OTIMIZAÇÃO:

Bem, nesse ponto não há como ser breve, é impossível esconder minha indignação no que diz respeito a péssima otimização e aos bugs desse jogo. Primeiramente, que otimização? Dead by Daylight é vergonhoso nesse aspecto, tanto placas AMD quanto NVIDIA sofrem para segurar 60 quadros constantes, sem contar as quedas de frames que ocorrem frequentemente, o que deixa a jogatina comprometida, já que boa parte dela é baseada em Quick Time Events, a falta de fluidez durante o jogo e os frequentes bugs acabam gerando uma frustração constante.

Como se isso não fosse o suficiente, há algum tempo atrás a desenvolvedora iniciou o processo de "rework" de alguns mapas, a ideia em si é ótima, pois em tese isso possibilita um maior número de estratégias para vencer a partida, além de melhorar visualmente os cenários já existentes. No entanto, o que é possível perceber na prática, é que esses "reworks" geram ainda mais quedas de frames e instabilidade na jogatina, é difícil garantir que você consiga jogar DbD por mais de 1 hora sem frustrar-se com algo, você vai se deparar com os mais diversos erros, sejam eles de conexão ou relacionados ao driver de vídeo, é realmente lamentável.

CONCLUSÃO:

Dead by Daylight consegue transformar seus medos e pesadelos em diversão é o game ideal para se jogar com amigos naquela madrugada de final de semana, e que garante a tensão dos filmes clássicos de terror com assassinos, sem se levar a sério demais. Rende partidas divertidas, boas reviravoltas, e apesar de não ser extremamente belo, certamente está alinhado com sua proposta direta e sem firulas. No entanto, a diversão só pode ser completamente garantida se jogar com os amigos, ao jogar sozinho você vai acabar se frustrando devido a necessidade da comunicação e do trabalho em equipe durante a jogatina como sobrevivente. Jogando como assassino, esses problemas são minimizados. A experiência do game se limita também a quantidade de DLCs que você possuir, já que o jogo não possui muitos personagens no elenco base.

O que está presente por aqui é bem feito, mas muito mal gerenciado. É preciso ter foco na correção dos problemas existentes, a quantidade de bugs e instabilidades no desempenho geram uma frustração imensurável na pele de quem investe em um PC Gamer capaz de rodar tantos outros jogos de forma consistente, mas sofre para reproduzir cenários relativamente simples como os de DbD. A ideia de Dead by Daylight é sólida, baseada num conceito simples, mas funcional. Agora só precisa se manter firme na solução dos problemas citados anteriormente. Se a Behaviour Interactive fizer isso, pode estar aqui um verdadeiro clássico para os fãs de terror.

Diversão: 7
Gráficos: 8
Gameplay: 7
Trilha Sonora: 9
Dificuldade: 7

Nota final: 7.5/10

RECOMENDADO!
Odesláno 8. října 2020. Naposledy upraveno 21. října 2021.
Byla tato recenze užitečná? Ano Ne Vtipná Ocenit
34 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
1 osoba ohodnotila tuto recenzi jako vtipnou
50.9 hodin celkem (49.7 hodin v době psaní recenze)
Jogo: The Forest
Gênero: Indie, Sobrevivência, Terror
Desenvolvedora: Endnight Games Ltd
Distribuidora: Endnight Games Ltd
Data de lançamento: 30 de Abril de 2018

ENREDO:

O início da história se dá com a queda de um avião em uma ilha misteriosa. Após o acidente, você se encontra completamente perdido naquela ilha desconhecida. Na sequência da cena inicial, é possível ver um dos canibais da ilha levarem o seu filho indefeso após o acidente, deixando você completamente sozinho. Ao acordar, você vê a necessidade de coletar mantimentos e construir abrigo para sobreviver a todos os perigos que o aguardam naquele misterioso lugar.

Existem diversos objetivos a serem cumpridos no jogo, mas o principal é achar e recuperar o filho do protagonista. Embora demonstre um ambiente paradisíaco por fora, há diversas cavernas espalhadas pela ilha que escondem um segredo maior daquele local. O desenvolvimento da narrativa avança mais dentro desses interiores, sendo o lugar ideal para se explorar após adquirir um pouco de experiência nas mecânicas do jogo. Ainda que tribos canibais representem a maior parte da população nativa da ilha, existem também monstros de formas grotescas e extremamente ameaçadores.

O clima de suspense que The Forest transmite é fantástico. No entanto, muitos elementos da narrativa são extraídos da observação de ambientes e objetos, há poucos documentos ou registros escritos que contam o que houve no local. Mesmo que pareça uma ilha abandonada, existem rastros da intervenção de outras civilizações nela. É necessário ter atenção aos detalhes para não se perder na história.

GAMEPLAY:

The Forest pega emprestado diversos elementos de Don’t Starve, principalmente o da morte permanente. O jogo apresenta um nível de dificuldade considerável e exige do jogador um pensamento rápido e decisões pensadas estrategicamente. É necessário coletar recursos para construir, como cortar árvores, plantas e pegar minerais na floresta. Inicialmente, o jogador conta apenas com um machado para realizar o trabalho, mas se conseguir sobreviver por alguns dias na ilha, é possível ter acesso a outras mecânicas de construção para criar ferramentas, abrigos e deixar a jogabilidade ainda mais interessante.

Um aspecto fundamental da gameplay é a construção de objetos/itens. Há dois sistemas que envolvem isso: a primeira fonte de criação é por meio do livro de sobrevivência e a segunda opção é por meio do inventário da personagem. Ambos são bastante intuitivos, descomplicados e rápidos, uma implementação brilhante. Além disso, a sobrevivência não está restrita a uma proposta narrativa e reflete também no gameplay. O jogo exige determinados cuidados básicos como alimentação, hidratação e descanso. No caso do descumprimento dessas “tarefas” essenciais, há penalidades que comprometem as capacidades físicas do seu personagem.

O clímax da experiência em The Forest está na campanha coop. Jogar com mais três amigos facilita muito a busca por matéria prima e permite que o grupo dê asas à imaginação. Construir fortalezas colossais ou acampamentos sofisticados é monótono e quase impossível jogando sozinho. A exploração das cavernas também é mais satisfatória na companhia de outros jogadores, quando há fontes de luz extras e mais recursos disponíveis.

GRÁFICOS:

A misteriosa ilha de The Forest pode estar infestada de canibais, mas ela também não deixa a desejar no quesito beleza. Os gráficos do jogo são impressionantes e seus ambientes muito completos. Cada elemento da ilha é interativo e pode ser visto de perto. Além disso, o mundo presente no jogo é muito grande e apresenta uma série de paisagens belíssimas e cenas realmente grotescas, uma combinação digna de um bom jogo de terror e suspense.

O game da Endnight traz um ótimo sistema de iluminação com uma transição convincente de dia e noite. Durante o dia, detalhes como a incidência e impacto da luz nas vegetações, além da presença de lens flare, embelezam as vastas florestas da ilha. À noite, a escuridão é bastante acentuada, exigindo que o jogador crie fontes de luz para iluminar os ambientes. Ainda que não tenha muitas variações de inimigos, o que existe é bem feito.

TRILHA SONORA:

O jogo possui poucas músicas, mas os sons emitidos nos ambientes e pelas criaturas do jogo são bons. Os berros de monstros e canibais causam um certo desconforto necessário a temática sombria do jogo, contrastando bem com o silêncio presente na ilha.

OTIMIZAÇÃO:

Durante o seu tempo de acesso antecipado no PC (fases alpha e beta), o jogo apresentava notórios problemas em sua otimização, com constantes quedas na taxa de quadros. É importante destacar que, mesmo em sua fase final, o jogo possui uma otimização razoável/aceitável, nada mais do que isso. É possível perceber ocasionais quedas de FPS em zonas com a presença de muitas construções.

CONCLUSÃO:

Um híbrido de terror e sobrevivência, com ampla liberdade no gameplay, The Forest é uma formidável adição à sua biblioteca. Poderia ser mais refinado em alguns detalhes e atencioso na correção de bugs, mas é um jogo singular por conta de seu sistema de criação. A campanha cooperativa é muito divertida e representa a melhor forma de usufruir o jogo, portanto, capriche no discurso persuasivo e convença alguns amigos a viajarem também para essa ilha misteriosa.

Enredo: 8
Gameplay: 8.5
Gráficos: 9
Trilha Sonora: 8
Dificuldade: 9


Nota final: 8.5/10
RECOMENDADO!
Odesláno 29. června 2020. Naposledy upraveno 2. dubna 2022.
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