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Yayınlanma: 3 Ağu 2019 @ 13:45
Güncellenme: 1 Kas 2020 @ 13:33

Jogo: Metro: Last Light Redux
Gênero: Ação, FPS
Desenvolvedora: 4A Games
Distribuidora: Deep Silver
Data de lançamento: 26 de agosto de 2014

ENREDO:

Metro: Last Light é um jogo com elementos baseados nos livros de Dmitry Glukhovsky, tal como o seu antecessor, Metro 2033. A história continua imediatamente após os acontecimentos anteriores, o enredo infelizmente ignora o "final bom" do primeiro game. Isso é uma pena, principalmente para os jogadores que gostam de ver suas ações influenciarem de forma marcante no enredo, mas basta avançar na gameplay para perceber que não foi possível trabalhar o enredo com essas duas possibilidades.

Apesar de não ser mais baseado integralmente no livro, como aconteceu no primeiro jogo, a 4A entregou um enredo bem condizente com o universo da franquia, e inclusive incorporou elementos presentes no romance de Glukhovsky que "passaram batido" em Metro 2033 (o jogo): a agonia de Artyon por ser incapaz de relembrar o rosto de sua própria mãe, a quem perdeu muito jovem, e a sua ida com três amigos ao Jardim Botânico, ações que abriria a passagem das sombras para as estações do metrô e levaria aos eventos do primeiro jogo. Todos esses elementos são muito interessantes e foram deixados para trás, e a sua inclusão em Last Light enriquece muito a história.

O enredo não chega a ser excepcional, ainda assim, "Metro: Last Light" consegue, como seu antecessor, nos manter interessados na trajetória de Artyom. Apesar de alguns clichês ao longo do caminho, e o ritmo de narrativa inicialmente ser mais lento do que o normal, o game consegue manter a história em um fluxo que torna avançar no game algo prazeroso, com surpresas ao longo do caminho. O grande mérito do enredo de Last Light é conseguir trazer aquela mesma sensação que o game anterior, fazendo o jogador se sentir imerso na pele do protagonista nesse triste mundo desolado.

GAMEPLAY:

Como shooter, Last Light possui uma jogabilidade sólida e que se adapta bem ao que é exigido. Existem várias opções de armas, para todos os tipos de abordagem. Podemos entrar a matar tudo o que aparece, o que se torna mais fácil em níveis de dificuldade menos elevados. Uma abordagem mais cautelosa também é possível, eliminando sorrateiramente um inimigo de cada vez. É importante ressaltar que foi corrigido um problema irritante que existia no jogo anterior. Sempre que éramos descobertos, mesmo depois de nos escondermos, o inimigo sabia sempre sabia nossa localização. Nesse segundo jogo nada disso acontece, sempre que um inimigo nos detecta, basta sair do seu campo de visão e deslocar-se por um caminho diferente. Esse é um ponto que demonstra uma grande melhoria na IA dos adversários.

Como dito anteriormente, a abordagem de cada conflito pode ser diversa. Se você optar por um confronto mais direto terá que estar com bastante munição e medicamentos. Possuir armas que inflijam alto dano no inimigo é crucial. A abordagem mais stealth requer paciência, estudo do terreno, da deslocação do inimigo, e tentar ao máximo a utilização dos espaços escuros, além de apagar todas as fontes de luz, sejam lâmpadas, geradores, lanternas. É preciso também ter cuidado aonde pisa, pois determinadas superfícies possuem armadilhas que podem alertar o inimigo.

As armas disponíveis são interessantes. Temos rifles, metralhadoras, pistolas, armas pneumáticas, facas, explosivos. A maior parte delas permite uma certa personalização, desde mais capacidade de munições, melhoria de performance, instalação de miras telescópicas. Nada de extraordinário, mas contribui para elevar a qualidade da experiência de combate.

GRÁFICOS:

A qualidade gráfica de "Metro: Last Light" está entre as experiências mais imersivas que a indústria dos games pode proporcionar, com cenários que vão dos escuros túneis do metrô, passando por estações em chamas e até a desolada superfície de Moscou. Os gráficos combinam com a narrativa para inserir de forma muito eficiente o dreama de Artyom, e sentir todos os percalços ao longo do caminho de forma bastante intensa.

Um dos poucos elementos que não surpreende, apesar de uma visível melhora em relação ao Metro 2033, são as expressões faciais. Apesar da evolução das faces dos personagens, deixando de lado aquele olhar de "peixe morto", ainda há um abismo entre Last Light e "L.A. Noire", por exemplo. Isso é bastante decepcionante, já que tira muito da capacidade do game de cativar o jogador, especialmente em cenas mais picantes, com direito a sexo e lap dance. A verdade é que, em todo o jogo, você ainda se sente interagindo com bonecos um pouco menos robóticos que os do primeiro game, apenas.

Além dos efeitos de luz e escuridão, o game explora bastante a neblina e o fogo, compondo cenários impressionantes em alguns trechos, como quando você enfrenta um grupo de inimigos pondo fogo em uma estação. A variação de cenários também ajuda a não entendiar o jogador, com combates nos túneis escuros do metrô, em salas esquecidas e dominadas por monstros e as tradicionais nosalises, que infernizam sua vida na superfície (e que são mais expressivos que os humanos, nesse game).

TRILHA SONORA:

Além dos gráficos, um elemento importante da imersividade do game é sua Trilha Sonora. Assim com no primeiro game, muito do tempo que jogamos Metro: Last Light, o que ouvimos são coisas como o barulho do vento dos túneis, de canos batendo, e de "sabe-se lá o que está se movendo perto de mim".

As trilhas sonoras seguem, em muitos trechos, mantendo o estilo triste simples de riffs de violão, sendo que algumas trilhas presentes no game anterior foram mantidas. A exceção são as cenas de combate, que ganharam uma música animada. Quando você é visto pelos inimigos, começa a tocar uma trilha mais frenética, para "embalar o tiroteio". No restante, a 4A Games fez um bom trabalho na dublagem, com aquele inglês engraçado falado por russos (fica ainda melhor se você jogar em russo, mesmo). Alguns, porém, não empolgam. Anna é tão sem-sal que nem sei dizer se é sua dublagem ou a própria falta de carisma do seu personagem que perturba.

OTIMIZAÇÃO:

Metro 2033 foi marcante no quesito qualidade gráfica, desbancando inclusive o imbatível Crysis, na época. Com o uso intenso de tecnologias como Tessellation e PhysX, o game levou vários sistemas ao seu limite, e a sua continuação, Last Light, também não fica atrás, exigindo muito das máquinas. Rodando em um PC equipado com um Ryzen 7 1800X 3.8Ghz e uma RX 480 8GB, não tive problemas para rodar o jogo na melhor qualidade possível a 60 FPS. Em alguns raros momentos tive quedas de FPS. Mas acreditem, valem a pena, pois é visível a mudança do game ao aumentarmos a qualidade gráfica e incluirmos efeitos de desfoque e física.

Infelizmente, problemas como a falência da publicadora, a THQ, e dificuldades no desenvolvimento, com o estúdio da 4A Games ficando até sem aquecimento (algo sério quando falamos de uma produtora que fica na Ucrânia), se refletem em um jogo que claramente precisava de "mais polimento". Assim como o primeiro game, o gameplay tem deslizes, coisas não acontecem como o esperado, há becos sem saída e bugs que te forçam a recomeçar um capítulo inteiro.

CONCLUSÃO:

Metro: Last Light não é um mau jogo, mas também não atinge o patamar de excelência. Possui um enredo bem trabalhado e envolvente. Há uma evolução em relação ao título anterior, ele consegue solidificar aquilo que foi idealizado. Mesmo com alguns problemas que mais tempo e um outro orçamento poderiam resolver. É importante levar em consideração sempre se nos divertimos com o que estamos jogando, e a verdade é que a experiência aqui é bastante agradável. Merece atenção, se você procura algo deste gênero, essa é uma ótima escolha. Resta saber como será a continuação.

Enredo: 9
Gráficos: 9
Gameplay: 9
Trilha Sonora: 10
Dificuldade: 8.5

Nota final: 9/10

RECOMENDADO!
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