✪ Kenny
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3.4 Hours played
Ainda em fase de desenvolvimento, o jogo é uma mistura de dois gêneros, com gráficos pixelados, ele mistura roguelike com bullet hell, além possuir uma boa dose de humor e extravagancia. Esse jogo combina diversos elementos da cultura pop e de outros jogos, qualquer semelhança com Isaac, Nucler Throne ou Dark Souls não é mera coincidência.

Em um planeta distante, existia uma fortaleza sombria, até que uma força mortal rasgou os céus. As cinzas e os destroços daquele lugar abrigou um artefato de poder imensurável, uma arma que pode matar o passado. O jogador pode controlar um dos quatro personagens, que possuem seus motivos para tornar o que foi feito, desfeito. Mas, para isso, eles devem entrar na Gungeon.

Tudo em sua temática envolve armas e munições – se você tem fetiche por armas, esse é o jogo certo para você – desde nomes (Gungeon, Ammonomicon) até inimigos. É hilário atirar em balas enfurecidas, ou abater uma granada inimiga, que corre em sua direção próxima aos outros mobs, para explodi-la e limpar o mapa.

Com capricho nos mínimos detalhes, uma generosa palheta de cores, grandes impactos na tela para cada uma de suas ações – explosões que chocalham quartos, livros que se tornam inúmeras páginas quando atingidos – além de uma trilha sonora energética e ótima ambientação, Enter the Gungeon é um deleite audiovisual.

Os andares da Gungeon são compostos por diversas salas, possuindo sempre uma loja, uma sala de boss e uma ou duas salas com um bau. Conforme você vai jogando e jogando, é fácil perceber algumas semelhanças em determinados quartos, dando a possibilidade de ter estrategias para cada um deles, melhorando seu desempenho.

Navegar por entre as salas do piso em que você se encontra é muito fácil e dinâmico. Muitas vezes não exploramos por completo aquele nível, ou deixamos um ponto de vida em uma das salas por estar com a barra de HP cheia. Ao invés de voltar por salas e mais salas vazias, é possível se teleportar para determinadas salas. Além disso, as moedas – capsulas de balas – que são derrubadas por seus inimigos, são puxadas para você quando a sala é completada, mesmo se você já está perto da saída e se direcionando para a outra sala. Esses dois elementos tornam possível que a ação se mantenha em um ritmo constante.

O combate do jogo é como deveria ser, frenético. Um dos aspectos principais do combate é o rolamento que o personagem pode realizar, veja bem, durante a primeira metade da animação você não pode ser acertado por projeteis, sendo possível sair de enxurradas de balas com ele. Claro que o combate não se resume a quem rola mais com o timing perfeito, carregar, virar as mesas da sala e usar como barreira, escolher que arma usar e quando usar, dentre outras decisões, é fundamental para ser bem sucedido na gungeon.

Indiretamente relacionado ao combate, a gama de armas que o jogo possui é incrível. Alguns dos quatro personagens possui apenas uma arma, e vamos obtendo mais conforme vamos explorando a gungeon, enquanto outros começam com uma arma primaria e uma arma secundaria – particularmente, adorei a besta da caçadora, com seu tiro lento, mas poderoso – e as armas podem ir desde uma magnum poderosa, até armas bizarras (como uma que atira e diz a palavra “B U L L E T”, o que é hilario).

Além disso, a gama de inimigos também é muito rica. Capsulas de balas enfurecidas, granadas que irão correr em sua direção, damas de ferro que abrem suas portas para liberar projeteis que perseguem o jogador, até mesmo cavaleiros dourados com espadas que, quando usadas, liberam uma incrível onda de energia. A variedade de inimigos muda conforme chegamos em outros pisos, fornecendo combates que irão desafiar tanto seus reflexos, quanto sua capacidade de tomar decisões.

Os chefes de Enter the Gungeon são uns dos mais desafiadores que enfrentei, além de uns dos mais divertidos também. Cada chefe, como em diversos outros jogos, possui um moveset único – aqui significa diferentes formas de tornar a sala um inferno com enxurradas de balas – além de visuais ao mesmo tempo memorável e cômico. Graças ao sistema de combate do jogo, você pode até ter mortes extravagantes, mas jamais irá culpar o jogo por ter morrido na sala de boss, uma vez que, o jogo não é desbalanceado, se o jogador tiver reflexos rápidos o suficiente, e muita perícia, conseguirá derrotar o chefe com nada além da pistola inicial.

O jogo conta também com um modo co-op, onde seu amigo pode assumir o papel de um personagem roxo da sala segura e ir com você para a gungeon. O divertido é que quando ele morre, se torna um fantasma com o poder de destruir projeteis que estão indo na direção do jogador, lembrando que esse poder tem um tempo de recarga considerável.

Por falar em sala segura, fique sempre atento durante sua exploração na gungeon, NPCs presos e que podem ser libertados existem. Quando são resgatados eles irão para a sala segura – assim como em Dark Souls – e oferecerão opções únicas.

Uma das partes divertidas e ao mesmo tempo frustrante do jogo, é que as salas estão repletas de objetos a serem destruídos, desde caixotes, armaduras, pilhas de livros, dentre outros. A parte divertida é poder destruir tudo isso, dando uma maior sensação de caos durante o combate, ou apenas uma oportunidade de aliviar o estresse quando encontramos uma sala vazia, porém, a parte frustrante disso tudo é que existem milhares de caixas, mas nada dentro delas.

Conclusão

Se ação é o que você procura, além de um grau absurdo em fetiches por armas, Enter the Gungeon é o seu jogo. Não é apenas mais um dungeon-crawling com permanent death, esse jogo possui elementos que o torna memorável, além de sofisticado e super divertido de jogar.

Pegue um controle, chame um amigo, explore as incontáveis salas da gungeon, enfrente seus inimigos e chefes, para tentar matar o passado e tornar o que foi feito, desfeito!
Comments
yamariane 1 Mar, 2022 @ 9:19am 
Hello baby shark