Sim, tenho local. Tenho moradia. Tenho nome. Tenho história. Eu tenho IDENTIDADE, tenho amor próprio e jamais aceitarei ser tratado como um pedaço de carne ou um simples buraco de prazer. Eu tenho local, mas acima de tudo tenho honra e dignidade. Meu local é o mundo, nele me aprofundo até o fundo insatisfeito com o tamanho de tudo. Em meu local não há mal, não há espaço para o seu pau. Eu não estou aqui para sexo, estou para compartilhar experiências e compreender que nossa ciência de sentença nos ligou. Ativo, passivo, afim? Não, não para mim. Eu tenho sim um local, gay de aplicativo. Meu local é a periferia, é a favela, meu local é as manas, os manos, as minas, xs xxxxx e a esse local eu dei o nome de refúgio. Meu local é pequeno, cabe mais e cabe menos, cabe o Paul McCartney e cabe o John Lenon, cabe a vida toda e cabe só um momento. Meu local, não existe o mau e não permite a entrada de seu pau. Meu local é aqui, mas mil vezes fostes aí e eu me localizei por assim. Esse é o seu mal, gay desesperado por sexo, irracional... nele você não pisa. Não pisa no meu local.