É compreensível que Tell Me Why tenha passado longe do impacto de Life is Strange. Ainda que ambos tenham em comum o tema da dificuldade de seguir em frente e aceitar as infelizes perdas que fazem parte da vida, Tell Me Why segue uma abordagem muito mais lenta, comedida, pé no chão. A história demora a engatar e, mesmo em seu clímax, não chega à tensão de seu predecessor mais famoso. Mas isso não significa que ele seja inferior. Pelo contrário, é apenas uma questão de proposta diferente. Tell Me Why é essencialmente um drama familiar, enquanto Life is Strange flerta com gêneros como o suspense. E, sendo honesto, ainda que TMW não tenha me prendido tanto, após finalizar, tive a impressão de que ele contava uma história bem mais madura em sua simplicidade.

Contudo, ela também tem seus problemas. Os personagens não cativam muito, o que acaba sendo um dos principais empecilhos para a história prender. A parte fantástica não conversa tanto com o resto da história. Ainda que a ambiguidade entre o fantasioso e o realista seja bem empregada até a compreensão plena do que aconteceu na infância dos gêmeos, terminei com a impressão de que tínhamos elementos muito fantasiosos inseridos em um enredo muito realista. A gameplay consegue fugir um pouco do padrão desse tipo de jogo ao ter puzzles que exigem certo esforço e fazem sentido, não soando deslocados da história. Mas, por outro lado, eles acabam interrompendo o ritmo de uma narrativa que já sofre com sua lentidão.

É compreensível que Tell Me Why tenha passado longe do impacto de Life is Strange. Ainda que ambos tenham em comum o tema da dificuldade de seguir em frente e aceitar as infelizes perdas que fazem parte da vida, Tell Me Why segue uma abordagem muito mais lenta, comedida, pé no chão. A história demora a engatar e, mesmo em seu clímax, não chega à tensão de seu predecessor mais famoso. Mas isso não significa que ele seja inferior. Pelo contrário, é apenas uma questão de proposta diferente. Tell Me Why é essencialmente um drama familiar, enquanto Life is Strange flerta com gêneros como o suspense. E, sendo honesto, ainda que TMW não tenha me prendido tanto, após finalizar, tive a impressão de que ele contava uma história bem mais madura em sua simplicidade. Contudo, ela também tem seus problemas. Os personagens não cativam muito, o que acaba sendo um dos principais empecilhos para a história prender. A parte fantástica não conversa tanto com o resto da história. Ainda que a ambiguidade entre o fantasioso e o realista seja bem empregada até a compreensão plena do que aconteceu na infância dos gêmeos, terminei com a impressão de que tínhamos elementos muito fantasiosos inseridos em um enredo muito realista. A gameplay consegue fugir um pouco do padrão desse tipo de jogo ao ter puzzles que exigem certo esforço e fazem sentido, não soando deslocados da história. Mas, por outro lado, eles acabam interrompendo o ritmo de uma narrativa que já sofre com sua lentidão.