Recenzii recente de Mestre Ryu

Bastante inclusivo.

Street Fighter 6 chegou bastante inclusivo. Desde a BGS, não cheguei a jogar a nenhum beta online de Street Fighter 6 anterior. Apesar de ter jogado ranked nele, pela primeira vez, a sensação é de que o jogo já nasceu envelhecido com desafiantes parecendo que tem anos de experiência no jogo. Por que será ? 🤔

A gente explica...

A pesar do grave vazamento.. o jogo tem muitas propriedades herdadas de SFV. Ter lançado o primeiro beta fechado para algumas pessoas (mesmo que por sorteio).. parece ter sido uma faca de dois gumes. 😬

Ou seja: quem já era experiente em SFV e recebeu o game antes de todo mundo, vai poder analisar os erros de SF6 com mais propriedade mas ainda vai continuar no topo. Desse jeito fica muito difícil trazer jogadores novos, apesar de ser uma política de divulgação desde SF IV.

Fora isso, gostei muito da forma inclusiva como foi tratado SF6 como aperitivo para as audiências (não só em relação ao elenco e as opções como também para sistemas pouco privilegiados nessa geração) e só ganhou pontos.

E essas são as primeiras impressões, depois das primeiras três horas e oito minutos conferindo os pontos centrais do acervo em questão.

Pontos negativos:

Primeiramente, o preço. Uma coletânea tão interessante mas com um preço tão inacessível para atrair uma audiência maior. É uma pena. Resultado: tipo de produto que se você não adquirir no lançamento vai ficar chupando dedo e ficar esperando por horas no saguão (lobby) a fim de poder jogar online jogos incríveis que marcaram a infância de muitos entre os anos 80 e 90.

Eu que estive na expectativa de testar o online de Tournament Fighters*, não consegui, simplesmente por que não obtive no lançamento. Apenas Turtles in Time e os demais jogos de Arcade dava pra encontrar alguém em lobby pra jogar. Uma pena. Resultado que, embora seja uma grande coletânea, podemos ver que muitos desses jogos foram populares apenas no seu lançamento (nesse caso, as versões caseiras).

*Valendo lembrar que só há somente 3 jogos com possibilidade de se jogar online. A STEAM não esclarece na sinopse mas somente o Tournament Fighters de SNES está disponível para se jogar online (um grande atraso, uma vez que é possível jogar online qualquer um desses jogos - até mesmo a versão Tournament Fighters de Mega Drive em diversas outras plataformas, sem o suporte oficial - mas ainda assim, muito digna e que melhora cada vez mais: FightCade e GOTVG estão entre eles).

Longe de mim querer criar uma guerra civil - entre projetos feitos pela comunidade de jogadores e as empresas que desenvolveram esses jogos - ou destilar o ódio no suporte oficial, mas é necessário dizer que o trabalho independente da comunidade acaba ficando à frente das empresas.

E é justamente por esse motivo que quem é fã de verdade vai ter que cobrar a KONAMI de criar atualizações que possam até mesmo fazer um crossplay (que é o futuro) entre todas as versões dessa coletânea - para que o online cresça e reúna ainda mais jogadores de todos os sistemas lançados (PC / STEAM, Nintendo Switch, PlayStation 5, X-Box Series S e por aí vai) além de, é claro, ter o online ativo para todos os jogos que ainda não possui ou até mesmo criar rank para jogos de apenas 1 jogador ou pro single player e além de você poder ter a opção de aguardar alguém entrar online com você enquanto você joga sozinho. Há muita coisa que precisa ser feita para que o produto fique mesmo com cara de um produto oficial de referência (pois eles pedem muito dinheiro para um produto que te oferece algo bom mas não tão bom o suficiente para o que o consumidor precisa).

Pontos positivos:

Apesar dos pesares, eu consigo ver que as softhouses tem corrido atrás do prejuízo trazendo alguns extras bem legais para esses jogos clássicos nas distribuições digitais (extras exclusivos de produção dos jogos podem ser vistos aqui o que agrada a todo grande colecionador).

Vale a pena ?

Apesar de valer, o preço não compensa para quem só quer entrar e jogar (por uma questão muito óbvia: a brincadeira pode sair caro). Mas para quem investe em conteúdo, já garantiu o seu antecipado. O lance é esperar a boa vontade de alguma promoção (se houver ou quando houver - podem ser daqui há 5 anos ou 10 anos.. ou 20 anos.. nunca se sabe o que se passa na cabeça dessas empresas).

Só espero realmente que a própria Konami ou algum representante realmente preste atenção nessas queixas para que possamos ter pelo menos uma comunidade mais fiel às iniciativas que as suas softhouses propõem para essa onda retrô.

Dead or Alive 2 foi a minha primeira experiência com a série e Dead or Alive 6 tem valores muito interessantes como sempre teve para o cenário competitivo. Um diamante bruto a ser explorado e melhor valorizado.

Mais do que apenas um rosto bonito, jogadores mais exigentes encontrarão dificuldades em se adaptar à mecânica. Não parece tão inclusivo assim como jogos recentes (até mesmo Tekken 7). É necessário um tempo a mais de dedicação.

Com tempo, terei uma melhor opinião formada sobre como é este jogo na prática, mas desde já recomendo o game como primeira experiência (sendo ele Free to Play com alguns personagens liberados e opções para experimentar).

O Modo Online me pareceu justo em comparação aos problemas de outros jogos.

NÃO FUNCIONA MAIS NO WINDOWS 10.

Primeiro Episódio de The King of Fighters Destiny aprovadíssimo. Uma adaptação animada que o jogo aguardava por décadas. Só faltou a luta principal ser mais longa.

O MAIS DEMOCRÁTICO

Considerado por muitos o título mais democrático no mundo competitivo, Street Fighter V é um belo e notável progresso no campo da jogabilidade (no sentido: controle resposta). Movimentos especiais e combinações são facilmente executados por todas as classes de jogadores. Esse golpe de mestre da Capcom é um visionário e feliz trabalho de marketing (junto ao ótimo e atento suporte que resolve tudo de imediato na melhor forma possível).

Todo esse nível de suporte elevado para o conforto doméstico já é notável desde as conversões de Street Fighter II nos videogames 16 Bits. O próprio Mega Drive, que apesar de suas limitações, ganhou a melhor revisão possível deste título (alternando entre o Street Fighter II Turbo e o Champion Edition) depois de devidos adiamentos para manter o jogo bem redondo para o natal de 1993. O controle resposta é tão bom quanto as versões de Arcade.
Já nos fliperamas, seu campo de origem, o icônico Street II ganhou muitas revisões (buscando corrigir o equilíbrio do jogo). Já era notado o quanto a Capcom buscava se preocupar em se tornar líder no mercado, com qualidade e não apenas com quantidade.

Para o jogador casual, é importante se atentar que esta é a maior e mais cuidadosa campanha já feita para a série. Se em 1991 vimos Street Fighter II ganhar os fliperamas ainda sem a fama esperada, apesar de mais expressiva que o primeiro, o vimos explodir no Super Nintendo em 92.

É notável que, para cada título, a Capcom programa um trabalho organizado entre focar em competições no primeiro ano (como algo experimental) e focar no comercial no ano seguinte ao lançamento do título. A diferença é que Street Fighter V teve 1 ano anterior para testes realizados por jogadores ao redor do mundo em duas plataformas diferentes e 1 ano posterior para lançamento e realização de eventos. E, pode se dizer, que com Street Fighter II tudo começou a ganhar sentido depois do seu explosivo sucesso. E em 1993, já começamos a ver quadrinhos e bonecos sendo vendidos ao redor do mundo.

Engordar mais elementos para o off-line pode até não aumentar as vendas de imediato (ou trazer de volta o interesse dos velhos ou novos jogadores perdidos) mas pode ser um título que acabaria ineditamente reconhecida como uma obra prima perdida, mesmo que seja daqui há muitos anos, ao invés de apenas mais um bom título de temporada.

Apesar do frisson da concorrência, sem dúvida alguma, Street Fighter V se mantém como o melhor jogo de luta do ano.

Nunca pude imaginar que algum dia surgiria um jogo adaptado do filme animado Ghost in The Shell: O Fantasma do Futuro estilo multiplayer em primeira pessoa. O estilo 'mata-mata' se parece muito com Counter Strike, até mesmo na mecânica simples do controle. Porém, é difícil de acertar o alvo.

Um presente inesperado para o Steam. E que venham as atualizações e evoluções.

O sistema online está mais estável (dá pra jogar com a maioria acima de 200 ms de ping). Uma gama de lutadores à disposição + personagens melhorados (como o K', causando aí uma série de 'apelações') mas não menos equilibrado, aparentemente. Destaque também para a trilha sonora caprichada (fazendo a versão original parecer um mero mid) e a arte das animações que ganharam aí uma evolução invocada.

Num conjunto, são tantas diferenças em relação a versão original que The King 2002 UM chega a parecer uma transgressão de The King 98 UM (há uma certa semelhança em ambos quanto aos elementos artísticos e elenco ultra dimensional de lutadores - incluindo os que ficaram de fora dos primeiros"slugfests"). Sem dúvida alguma, um dos melhores jogos da série (isso contando também as edições originais e as atualizadas para outros sistemas).

Para uma plataforma com tão pouco apelo - e marcado por gêneros "cult" de estratégia/ quebra-cabeça no passado - é importante louvar tal lançamento, que vem ganhando uma certa força no cenário desde Street Fighter IV e graças ao crescimento das redes sociais, favorecendo as partidas em massa e popularizando as competitividades (os "multiplayers"). Ainda não se trata de uma total incompetência por parte dos realizadores e do suporte, mas de uma falta de atenção diante das dificuldades em apoiar o trabalho alternativo - testemunhada pela pequena comunidade dos jogos de luta na internet.

Se a Valve deveria ser mais rígida com os seus títulos na loja STEAM - adicionando uma versão demonstrativa antes - é importante descrever aqui a falta de necessidade desse tipo de ato protegida por alguns "idealistas", já que hoje em dia existem as atualizações digitais para a melhoria dos jogos. E é o que a fabricante vem tentando - ainda que ignorando a boa qualidade dos trabalhos realizados por outros programadores para jogos de emulador.

Desta vez, os independente saíram na frente no quesito suporte online (GGPO, Kailera, Supercade, Arclive e outros). A qualidade de conexão do sistema para partidas pela rede via STEAM infelizmente sofre dos seus problemas. Contra jogadores acima dos 200 ms é praticamente impossível de jogar e fora a estranha dessincronização ("desyncs") repentinos (ainda que quase raros) o que faz o jogador perder a sincronia com o outro - ainda que ambos estejam "aparentemente" conectados - caso que costumava acontecer no antigo servidor Kailera - porém, o serviço parece se recuperar melhor na partida seguinte, diferente do sistema comparado.

A Code Mystics - responsável pela conversão - adicionou uma atualização para tentar concertar o estragos e trazer melhorias no código de acesso (os "netcodes") - ainda que os "desyncs" e os problemas com ping de conexão tenham continuado. A esperança é de que a fabricante não nos abandone nesse momento tão solene e que os jogadores apoiem denunciando todos os problemas para a página da comunidade na STEAM.

A trilha sonora precede as ideias originais da edição "SLUGFEST" com "novas" músicas reproduzida de outras edições e de outros jogos do gênero da SNK, com base nas versões normais e alternativas dos lutadores presentes ("ou não") na partida. É notável também algumas diferenças e acréscimos como: a dublagem (o grito de derrota de Iori Yagami); os efeitos de animação, os sons dos golpes e as vozes que remetem a uma edição anterior (Kyo Kusanagi escolhido em sua versão alternativa: Kyo 95) ou então outra mais atual; e os efeitos sonoros (com carros passando no Japan Stage) enquanto a música rola no meio da partida; golpes novos e versões alternativas para alguns personagens (veteranos antigos ou atuais); e o fortalecimento de um competidor e enfraquecimento de outro.


O jogo traz opções básicas de menu, como o Arcade e Single Play (1 ou 2 jogadores). E os especiais: Endless (lutas rápidas no estilo um contra um de apenas 1 Round, sem introdução de cenários e contagem de vitória - como nas partidas entre 2 jogadores); Practice (indispensável em qualquer jogo de luta); Challenge (desafios são propostos para se aplicar uma determinada lista de combinações ou ativação de sistema); Neo Geo Mode (para jogar o original); Online (para jogar partidas pela rede - entre várias opções - o sistema tem um recurso bem fácil para desafiar os amigos); Leaderboards (para verificar o seu Ranking e o de outros jogadores); Achievements (informações sobre troféus/ prêmios a conquistar); Help & Options (opções de configuração e ajuda) e Idioma (Japonês ou Inglês). Infelizmente ficou devendo algumas opções, como resetar, jogar a versão de 98 online e o de gravar reprises de partidas ("Replays") ainda que seja possível ver a taxa de velocidade/ pacote de conexão do outro jogador ("ping").


Com 20 anos completados, a SNK Playmore deixa o seu belo presente aos jogadores e fãs de The King of Fighters usuários do PC fazendo o que tem de melhor. Ainda que se tenha falta de alguns elementos, esta iniciativa é um esforço que deveria ser mais valorizado diante de uma plataforma em crescimento no gênero de uma geração cujo risco de ser condenada a extinção é grande.


Minha "Análise Ex" Completa (escrita após a aquisição do jogo): http://www.santuariodomestreryu.com.br/2014/12/o-que-voce-jogou-em-2014-king-of.html#more