Essa análise é NEUTRA e não NEGATIVA.

ANÁLISE

Primeiramente, esse é o primeiro "soulslike" que eu jogo. Já sabia que teria muitas lutas, algumas seriam "difíceis", e também teria a parte que mais me chamou atenção: mundo aberto.

No que o jogo se propõe, as lutas, não há do que reclamar, na maioria dos casos. São bem intensas e com animações bonitas, requerem bastante reação e a punição por levar um golpe é alta, a experiência agrada. Com cerca de 3 tentativas, prestando atenção nos movimentos, é possível começar a desviar com sucesso dos ataques e chegar à vitória. Isso é algo que pode ser bom ou ruim: como toda luta é igual, só a ordem dos ataques varia, depois de um tempo tu sente que não tem a ver com habilidade, mas sim com decorar os ataques e o movimento de esquiva apropriado; se torna um jogo de ritmo. Muitas lutas contam com ataques em área que exigem desvios planejados, ou seja, não tem como desviar na intuição, tem que já ter visto o ataque senão é impossível. Mesmo assim, o fluxo das lutas é bem desenvolvido, afinal é a parte principal do jogo e não falharam nisso.

O mundo aberto é bem modelado, os gráficos são encantadores. Logo na região de início já surpreende na construção de cenário, porém, alguns locais do mapa são desnecessariamente feios pela temática "obscura" do jogo. Existe também o subsolo que é excepcional, um local realmente mágico. Em todos os locais, os inimigos são dignos de serem chamados de "zumbis", por dois motivos: têm aparência putrefata e atacam qualquer coisa viva que chegar perto, e nesse caso os únicos vivos nesse mundo são alguns NPCs e os jogadores. Esses inimigos estão em todo o mapa, sempre te atacando. Para chegar nos locais onde estão os bosses da história, é necessário passar por muitos deles em campo aberto e depois desviar de armadilhas onde eles pulam em ti nas entradas de portas e de trás de paredes. Não existe um momento de pausa, em que se possa admirar a parte bonita do mapa sem ser atacado. Na maior parte da exploração, vai haver luta. Existem algumas dungeons e cavernas legais de explorar, algumas com puzzles, porém também há repetição tanto de inimigos como de projeto, sempre vai haver uma armadilha do zumbi que te espera no canto e te dá um golpe.

A história, as quests do jogo, e o progresso no geral, são o único ponto realmente negativo. O jogador começa em um local onde existe um boss fraco. Se esse boss te matar, tu teleporta para o início verdadeiro do jogo, mas se esse boss morrer, uma passagem é aberta e o que acontece depois é ridículo: ao entrar na passagem, parte do chão quebra e tu morre de qualquer jeito. Um dos inícios mais toscos que já vi. Após isso, começa de verdade a jornada. Sem nenhum marcador de local, sem um sistema de rastreamento de objetivo, nada. A maioria das "side quests", que são "opcionais", entre aspas pois algumas delas são essenciais para completar, estão tão escondidas, que antes de encontrar o guia para chegar até elas, tem que descobrir que elas existem! O youtube e a wiki do jogo vão ficar abertos sempre se for a primeira vez jogando. E quanto à totalidade da história, virtualmente ela não existe durante o jogo, tu vai matar um por um dos bosses e coisas mudam no mapa, mas as conversas e cutscenes nunca fazem uma coesão entre acontecimentos. E no final, após mais uma luta, que sendo honesto é bem artística e prazerosa, mesmo se tornando o grande "Elden Lord", nada realmente muda. É como se uma coisa acontecesse na cutscene e outra no mundo do jogo. Os "soldados" e todos os inimigos ainda vão te atacar, e o mapa vai continuar no estado do final do jogo. E ainda após o final, o jogo prontamente te oferece o início da repetição de toda a jornada, e aí mais uma vez tu segue para repetir toda a trajetória dos mesmos bosses, dessa vez mantendo os itens da jornada anterior, fazendo de novo o que é a maior parte do jogo: lutar, matar, caminhar até o próximo alvo. Testar builds, jeitos de lutar, claro que é divertido, mas não dura para sempre...

E por fim, a parte cooperativa/competitiva, apesar de pouco trabalhada, é interessante. Tem como pedir ajuda para jogadores próximos à sala do boss, ou oferecer ajuda. Achei uma atividade bem divertida usar nome, armadura e arma de um boss do jogo e oferecer ajuda com a luta. Tem como também invadir o mundo de outros jogadores e lutar contra eles, uma pena isso não ter muito desenvolvimento, já que após um lado vencer, nada acontece, ninguém ganha itens ou runas, só acaba. Há também a opção de jogar totalmente offline.

Concluindo, o jogo está longe de ser ruim. É muito bom, mas possui também muitas inconveniências e bugs (pesquise no youtube speedrun dele...), além de falhas técnicas como travar em 60fps no PC e a falta de compatibilidade nativa e natural com teclado (pois é, ninguém deve usar teclado no PC segundo essa desenvolvedora, mas apesar disso há como remapear as teclas). As 50h que joguei foram suficientes para coletar todas as conquistas, então acho que explorei no mínimo uns 70% do mapa, além de ter ido em algumas dungeons e lutado com alguns bosses encontrados pelo caminho. Por isso, se a Steam tivesse uma classificação "Neutra", seria o ideal. Fica a critério de cada um se vale a pena.

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PONTOS POSITIVOS

- Gráficos impressionantes;
- Mapa, na maior parte, extremamente bem construído;
- Sistema de lutas único;
- Quantidade grande de conteúdo, entre bosses, armas e armaduras, e partes escondidas do mapa;
- Apresentação artística de alto nível, em cutscenes e movimentos de bosses

PONTOS NEGATIVOS

- História virtualmente inexistente, sendo essa essencial para um RPG;
- Sem nenhum tipo de guia ou explicação dentro do jogo, e isso seria bom pois partes do mapa são inacessíveis antes de algumas lutas;
- Repetição de inimigos e de ataques surpresa, principalmente em espaços confinados

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[h1]Fantástico, porém partes foram deixadas de lado e isso impede Elden Ring de ser perfeito[/h1] [b]Essa análise é NEUTRA e não NEGATIVA.[/b] [b]ANÁLISE[/b] Primeiramente, esse é o primeiro "soulslike" que eu jogo. Já sabia que teria muitas lutas, algumas seriam "difíceis", e também teria a parte que mais me chamou atenção: mundo aberto. No que o jogo se propõe, as lutas, não há do que reclamar, na maioria dos casos. São bem intensas e com animações bonitas, requerem bastante reação e a punição por levar um golpe é alta, a experiência agrada. Com cerca de 3 tentativas, prestando atenção nos movimentos, é possível começar a desviar com sucesso dos ataques e chegar à vitória. Isso é algo que pode ser bom ou ruim: como toda luta é igual, só a ordem dos ataques varia, depois de um tempo tu sente que não tem a ver com habilidade, mas sim com decorar os ataques e o movimento de esquiva apropriado; se torna um jogo de ritmo. Muitas lutas contam com ataques em área que exigem desvios planejados, ou seja, não tem como desviar na intuição, tem que já ter visto o ataque senão é impossível. Mesmo assim, o fluxo das lutas é bem desenvolvido, afinal é a parte principal do jogo e não falharam nisso. O mundo aberto é bem modelado, os gráficos são encantadores. Logo na região de início já surpreende na construção de cenário, porém, alguns locais do mapa são desnecessariamente feios pela temática "obscura" do jogo. Existe também o subsolo que é excepcional, um local realmente mágico. Em todos os locais, os inimigos são dignos de serem chamados de "zumbis", por dois motivos: têm aparência putrefata e atacam qualquer coisa viva que chegar perto, e nesse caso os únicos vivos nesse mundo são alguns NPCs e os jogadores. Esses inimigos estão em todo o mapa, sempre te atacando. Para chegar nos locais onde estão os bosses da história, é necessário passar por muitos deles em campo aberto e depois desviar de armadilhas onde eles pulam em ti nas entradas de portas e de trás de paredes. Não existe um momento de pausa, em que se possa admirar a parte bonita do mapa sem ser atacado. Na maior parte da exploração, vai haver luta. Existem algumas dungeons e cavernas legais de explorar, algumas com puzzles, porém também há repetição tanto de inimigos como de projeto, sempre vai haver uma armadilha do zumbi que te espera no canto e te dá um golpe. A história, as quests do jogo, e o progresso no geral, são o único ponto realmente negativo. O jogador começa em um local onde existe um boss fraco. Se esse boss te matar, tu teleporta para o início verdadeiro do jogo, mas se esse boss morrer, uma passagem é aberta e o que acontece depois é ridículo: ao entrar na passagem, parte do chão quebra e tu morre de qualquer jeito. Um dos inícios mais toscos que já vi. Após isso, começa de verdade a jornada. Sem nenhum marcador de local, sem um sistema de rastreamento de objetivo, nada. A maioria das "side quests", que são "opcionais", entre aspas pois algumas delas são essenciais para completar, estão tão escondidas, que antes de encontrar o guia para chegar até elas, tem que descobrir que elas existem! O youtube e a wiki do jogo vão ficar abertos sempre se for a primeira vez jogando. E quanto à totalidade da história, virtualmente ela não existe durante o jogo, tu vai matar um por um dos bosses e coisas mudam no mapa, mas as conversas e cutscenes nunca fazem uma coesão entre acontecimentos. E no final, após mais uma luta, que sendo honesto é bem artística e prazerosa, mesmo se tornando o grande "Elden Lord", nada realmente muda. É como se uma coisa acontecesse na cutscene e outra no mundo do jogo. Os "soldados" e todos os inimigos ainda vão te atacar, e o mapa vai continuar no estado do final do jogo. E ainda após o final, o jogo prontamente te oferece o início da repetição de toda a jornada, e aí mais uma vez tu segue para repetir toda a trajetória dos mesmos bosses, dessa vez mantendo os itens da jornada anterior, fazendo de novo o que é a maior parte do jogo: lutar, matar, caminhar até o próximo alvo. Testar builds, jeitos de lutar, claro que é divertido, mas não dura para sempre... E por fim, a parte cooperativa/competitiva, apesar de pouco trabalhada, é interessante. Tem como pedir ajuda para jogadores próximos à sala do boss, ou oferecer ajuda. Achei uma atividade bem divertida usar nome, armadura e arma de um boss do jogo e oferecer ajuda com a luta. Tem como também invadir o mundo de outros jogadores e lutar contra eles, uma pena isso não ter muito desenvolvimento, já que após um lado vencer, nada acontece, ninguém ganha itens ou runas, só acaba. Há também a opção de jogar totalmente offline. Concluindo, o jogo está longe de ser ruim. É muito bom, mas possui também muitas inconveniências e bugs (pesquise no youtube speedrun dele...), além de falhas técnicas como travar em 60fps no PC e a falta de compatibilidade nativa e natural com teclado (pois é, ninguém deve usar teclado no PC segundo essa desenvolvedora, mas apesar disso há como remapear as teclas). As 50h que joguei foram suficientes para coletar todas as conquistas, então acho que explorei no mínimo uns 70% do mapa, além de ter ido em algumas dungeons e lutado com alguns bosses encontrados pelo caminho. Por isso, se a Steam tivesse uma classificação "Neutra", seria o ideal. Fica a critério de cada um se vale a pena. --- [b]PONTOS POSITIVOS[/b] - Gráficos impressionantes; - Mapa, na maior parte, extremamente bem construído; - Sistema de lutas único; - Quantidade grande de conteúdo, entre bosses, armas e armaduras, e partes escondidas do mapa; - Apresentação artística de alto nível, em cutscenes e movimentos de bosses [b]PONTOS NEGATIVOS[/b] - História virtualmente inexistente, sendo essa essencial para um RPG; - Sem nenhum tipo de guia ou explicação dentro do jogo, e isso seria bom pois partes do mapa são inacessíveis antes de algumas lutas; - Repetição de inimigos e de ataques surpresa, principalmente em espaços confinados ---