Guilherme 最近的評論

A 5-minute VHS-style experience set in a creepy, macabre house. Short flashes of time change the perspective of the scene and give clues as to what is happening.

There are distant references to the horrific case of Ricardo López and also inspirations from the game the static speaks my name, which by the way, is incredible.

For those who are upset about the game time, understand that this is written prominently in the store, and it is a free game. Furthermore, the developer is working on their next game, called "December 2000" which will certainly be longer.

A collection of six psychological horror games with low poly graphics and creative stories.

I loved the fact that the stories addressed some kind of message or social criticism, such as sensationalist media, hyperconsumption or extreme devotion to religions.

They are short walking simulators, with gameplay lasting 10 to 15 minutes each. The game does not resort to cheap jump scares, and delivers experiences with great quality.

Aparentemente assumimos o controle de um pai de família em sua adorável e mórbida casa. Ao sair do quarto, nos deparamos com nosso animal de estimação morto. Logo em frente, passando pela sala de estar, a televisão se destaca no ambiente com seu visor cinzento e fora sintonia. Na sala de jantar, sua família o aguardar na mesa, com seus pratos vazios. Todos estão mortos.

O que acontece a seguir, é uma rotina angustiante em busca estranha por alimento, ou melhor, por ratos. Todos os dias servimos a nossa família com ratos. Esses animais que por muitas vezes se alimentam dos nossos próprios restos, agora ironicamente é unica coisa que nos resta. Os ambientes fora da casa são como sonhos oníricos, onde realizamos a caça desses ratos e sofremos algumas alucinações.

No geral, um joguinho interessante pra passar o tempo, uma estética bonita e atmosfera bizarra. A rotina parece alguma especie de parábola sobre a desesperança na vida e aceitação a morte.

O jogo, na verdade não é um jogo. Desde o seu titulo enganoso (referência ao filme do Stanley Kubrick "Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb") e a sua sinopse curiosa na loja da Steam. Ao iniciar, assumimos o controle de um usuário dentro do background de um jogo em andamento, e o Game Master nos alerta que alguém já esta jogando, o que vem a seguir, fica pela sua jogatina.

Por se tratar dos mesmos criadores de The Stanley Parable / The Beginner's Guide, e se você ainda não tenha jogado, esse jogo servirá como uma pequena demonstração do que está por vir. E se já jogou, será um pequeno bônus. Recomendo pra quem gosta de jogos que flertam com a metalinguagem.

Você viu as fotos e vídeos na loja e ficou um pouco confuso? Realmente, qualificar este jogo é complicado, então, do meu ponto de vista, tentarei resumir/explicar brevemente do que se trata.

O principal ponto para nortear Jazzpunk, é compreender a época em que ele se passa e a sua peculiar atmosfera. Estamos em uma distopia pós Segunda Guerra Mundial(1947), um período importante na historia da humanidade, que foi marcado pelo conflito EUA vs URSS, sobre um forte embate de ideologias capitalistas e comunistas, corrida armamentista, quem chega primeiro na lua e muito nacionalismo envolvido.

Após 44 anos( 1991), chega o final que todos nós sabemos, o ataque frustrado da URSS ao Afeganistão, sua má gestão e o acidente nuclear em Chernobyl, fez sua economia cair em ruínas. Após seu fim, muitos países conquistaram sua independência e finalmente o Muro de Berlim foi derrubado. E assim vivemos hoje, a passos lentos e silenciosos para toda essa mer.. acontecer de novo, enfim...

Depois dessa breve introdução, considere Jazzpunk, uma salada distópica, noir, cyberpunk sobre a Guerra Fria, onde a repressão militar está no seu auge, a tensão politica corre solta e a tecnologia perdeu completamente seu pudor. O ano é 1950, assumimos o papel do curioso agente Polyblank, um homem(?) com métodos questionáveis, alguns até ilegais e um comportamento totalmente irreverente. Trabalhamos a serviço da Nexus 6, e pouco se sabe sobre essa organização, ou sobre o nosso próprio passado. Durante as missões é possível entender um pouco do contexto desse universo maluco, mas basicamente se trata de infiltrar-se em lugares, e investigar essas organizações, realizando tarefas bizarras.
A jogabilidade se passa em 4 cenários de semi-mundo aberto, onde cumprimos objetivos primários e secundários. Outro detalhe sobre Jazzpunk, é que o jogo nunca se leva a sério, e boa parte do que acontece nesse mundo é completamente insano. Exploramos um universo onde a tecnologia avançou de uma maneira um tanto quanto estranha, pessoas usam óculos VR's para fins bizarros, robôs do sexo andam pelas ruas, máquinas que vendem pacotes de "calcinhas usadas seladas a vácuo" e até cabines de telefone com câmeras filmando nossas conversas, do jeitinho que todo comuna gosta.
Após alguns minutos, fica evidente a criatividade e o cuidado dos desenvolvedores em deixar cada cantinho do mapa atrativo, fazendo a exploração ser uma experiência satisfatória e recompensadora. O jogo brinca com a ideia de "jogo dentro de jogo" e em diversas situações, somos transportados para dentro de mini-jogos muito divertidos e recheados de eastereggs sobre os grandes clássicos. Os itens que usamos durante a jogatina, também se destacam pela criatividade de funções excêntricas e inesperadas. E apesar de bonitinho, não se engane, o jogo é carregado de violência, humor ácido e até violência contra animais. O que é ótimo, Hahaha!
Vale lembrar, que o jogo só está disponível em Inglês. É um nível bem intermediário, nada muito complexo, apenas uma gíria aqui e ali. Os npc's raramente falam frases elaboradas, então se você entende o básico, não terá problemas.
Facilmente um dos jogos mais divertidos, autênticos e criativos que já joguei. Estava um pouco resistente sobre esse humor duvidoso, mas no fim acabei me rendendo as risadas. A história é confusa, mas cheia de reviravoltas interessantes e o visual inspirado em Blade Runner é muito charmoso. Se você gostou de POSTAL 2, Sludge Life e Gravity Bone, esse jogo é obrigatório!

Recentemente revisitei após 10 anos, a cidade onde passei boa parte da minha infância. Fui na minha antiga escola, reencontrei amigos e aquela coisa toda. É curioso como o tempo tem um efeito amargo e doce em nossas vidas, temos o costume de guardar memórias em um cantinho seguro em nossas mentes, mas só estão seguras em nossas cabeças. Muitos dos lugares que fui, não existiam mais, muitos amigos já não eram mais as mesmas pessoas, e alguns simplesmente partiram dessa vida.

Ah, sim... o jogo. Ele é um pouco sobre isso. Trata-se de um rapaz que retorna a sua cidade natal, devido ao divórcio de seus pais. Você trabalha como motorista de ônibus, e seu passageiro é uma amiga de infância. Durante a viagem, se estabelecem diálogos onde você reflete sobre o passado, presente e futuro, de maneira introspectiva e muito interessante. É um jogo muito bonito, gostosinho de jogar, com mecânicas de troca de marchas, rádio, e ambientação muito bem construída. Dura cerca de 30min e é facilmente platinável.

É uma breve experiência sobre a finitude da vida e seus karmas. Ótimo pedida, se você gosta de simuladores de caminhada reflexivos. Não tenta ser comovente, não tenta ser impactante, simplesmente é o que é.

Um filho fora do relacionamento, entre Jalopy e Paratopic.

Em um mundo "semi-apocalíptico" ou seja lá o que isso signifique, aceitamos a tarefa de entregar uma mercadoria sigilosa até a próxima cidade, e para isso devemos cruzar uma rodovia misteriosa.

A gameplay consegue ser interessante, gerimos as dependências básicas do carro, e usamos uma carabina de manuseio rudimentar em algumas situações de perigo. São 5-10 minutos cada run, e existem 4 finais diferentes. Espero que os devs trabalhem em projetos maiores no futuro.

A short experience about a man who goes to visit his sister in an old house.

One of the highlights is its beautiful pixelated visuals, with vibrant colors. The sound effects are also impeccable. I hope the developers work on bigger projects in the future. It is easy to achieve its only achievement, and the duration is about 15-20 minutes.

Nos últimos dias de vida do meu vô, ex policial da Brigada Militar, já debilitado e acamado, ele me pedia pra ir no bolicho comprar cigarros. Então eu inocentemente o ajudava, com suas pequenas doses diárias e mortíferas de tabaco. Ao retornar para casa, ele dizia "trás aqui guri" já com a voz embargada e rouca. Ao me aproximar, entregava a carteira de Derby Azul, então ele bagunçava meu cabelo, talvez numa das suas raras demonstrações de afeto, estendia as mãos calejadas e me dava o dinheiro do troco.

Seis reais e vinte cinco centavos, eu contava animado as moedas... equivalentes a 4 horas de jogatina e uma rapadura de amendoim. Chegando na locadora, entregava as moedas de maneira desajeitada, para a dona Marines, que me recebia atrás do balcão, sempre com um largo sorriso no rosto. Eu apontava timidamente para a capa do Vice City, colada na parede, quase como um ato de audácia, por querer jogar tal coisa. Então ela caminhava até a TV Sony 20 polegadas, aquelas de tubo, apontava o controle remoto, ligava temporizador, 240 minutos, em grandes números verdes. Em seguida entregava uma folha encardida com os códigos, então tanques caim dos céus e aquela coisa toda...

Esse texto não é sobre o jogo em si, mas o grande carinho que ele representa pra mim. A minha primeira experiencia em mundo aberto, onde por alguns minutos eu sonhava, imaginava uma vida, me sentia livre, escapava dos anseios, medos e problemas. Finalmente, no canto superior direito, o temporizador piscava indicando meus últimos minutos... E assim é a vida, o temporizador não para, não existe códigos. Meu avô se foi, mas as memórias ainda permanecem vivas, ele se foi, mas GTA Vice City ironicamente ainda continua aqui, igualzinho...

Esse jogo tem um significado imenso pra mim, me aproxima das melhores lembranças da minha infância, mesmo após tanto tempo. Talvez seja insano falar isso, mas ao andar pelas ruas desse jogo, me sinto perto do meu vô, um sentimento agradável e triste ao mesmo tempo. Acho que é uma boa definição do que entendo por nostalgia...

Esse jogo é representação perfeita sobre morar com alguém. A casa é enorme, mas parece que a pessoa ta em todos os lugares ao mesmo tempo, não existe privacidade, sua namorada pede coisas o tempo todo, coloque a janta na mesa, vá dormir, fica o tempo todo no tiktok e ainda te mantém encarcerado.

Mesmo se retirasse as nuances de terror, ainda assim seria um terror. Dez de Outubro. Recomendo!