บทวิจารณ์ล่าสุดโดย Guilherme

Sucesso é o estado ou condição de atender a uma definida faixa de expectativas. Foi isso que o algoritmo do google me disse no momento em que escrevo esta análise. Mas e se o fracasso por sua vez, fosse uma grande realização pessoal em sua mente? Permanecer no silencioso anonimato ou atender a grande demanda para uma barulhenta aceitação?

A psique humana tem dessas peças fascinantes, como o porque emoções "ruins/negativas" tem na maioria das vezes um impacto mais profundo em nossas mentes do que as "boas emoções"? O medo nos cerca a todo momento, mesmo que sutilmente, já a bravura as vez é algo repentino, imediato. A alegria de ganhar uma aposta, não é tão duradoura quanto a tristeza e amargura de se perder uma. O sentimento de ajudar alguém com problemas mentais, jamais sera maior que o fardo de omitir ajuda a alguém nesta condição. Ainda há tempo para voltar?

Em Beginner's Guide, Davey acompanha sua jogativa na boa e velha quarta parede, narrando a história de seu supostamente amigo Coda, um criador de jogos independetes que nunca chegou a de fato publicar seus jogos. A gameplay basicamente são breves passagens por criações de seu amigo, cada uma com profunda indentidade, transmitindo seus pensamento e anseios.

Por se tratar de um jogo curto não vou aprofundar muito, recomendo se você gosta de experiencias diferentes, que levantem questões pra refletir. É interessante pensar sobre até que ponto o que criamos/fazemos tem significado para nós, mesmo não sendo bem aceito ou com baixa aprovação. Até que ponto vale se esgotar para entregar algo que não é verdadeiro? Até que ponto você precisa concluir algo para dar significado a alguém, ou deixar pontas abertas em sua própria mente. Assim quando Coda questiona Davey em um diálogo "Um jogo precisa ser realmente jogável?"

Deixo aqui duas recomendações do mesmo gênero: Press Any Button e When the Darkness comes

John é um pênis não circuncidado que vive sua vida pacata e normal como a de qualquer pênis por ai, realiza tarefas banais, lava os testículos, se alimenta e trabalha em uma empresa testando dildos em seu orifício retal, nada muito fora do comum.

Dia após dia John se prepara para sua festa de ex-alunos do ensino médio, que esta prestes a chegar, faz de tudo para mudar sua vida repentinamente em busca de aprovação, numa tentativa alucinada para obter bens materiais supérflos, relações vazias, mudar sua aparência em academias e toda essa desordem é cheia de satiras sobre Tinder e Facebook.

A narrativa dublada lembra bastante The Stanley Parable, e flui naturalmente, de acordo com suas interações pelo cenário, que diga-se de passagem tem uma física absurda.

Cara, jamais pensei que um jogo sobre genitálias coloridas abordaria questões como valores superficiais, busca por aprovação, e bullying. Jogo simplesmente surpreendente, da um pau em muitos aê, me desculpem por isso...

"I wish there was a way to know you were in the good old days before you actually left them."

Andy Bernard, The Office.

meme

ainda assim é melhor que aquela abominação da EA

Do you suffer from motion sickness and epilepsy? A great way to commit suicide

Mais um para entusiastas de jogos peculiares do tipo Pony Island, Sorry, James, e Selfie : Sisters of the Amniotic Lens.

Um pouco clichê pelo foco na quarta parede, e reproduzir o monólogo do Blade Runner. Apesar de ser bem capitalista, uma experiência legal, façam todos finais. Ahhh, não recomendo para o público vegano.

Uma experiência satisfatória e viciante! A sensação é estar jogando DOOM com elementos Hack and slash e aquela progressão deliciosa que todo Rogue Like tem.

A princípio a ideia é simples, são 3 Dungeons com 1-5 níveis, sendo o último um boss que pode alternar. Mas não se engane, a simplicidade acaba ai, esta mistureba de gêneros feita pela Duoyi, deu muito certo! Vou listar alguns fatores:

✔️A gama de armas disponíveis é sensacional, 65 até o momento, cada uma com características únicas, e não tem arma ruim ou boa, todas se encaixam de acordo com a build que esta sendo criada no personagem, modos de disparos diferentes, uma enxurrada de atributos aleatórios, sendo que você pode roletar esses atributos e até refinar o dano base. Ahh, quase esquecendo, o visual delas é lindo demais, com muitas animações e efeitos.

✔️ Existem 12 personagens, com habilidade primária/secundária e atributos base diferentes. Ao decorrer das dungeons, upgrades de habilidade são adquiridos através de baús espalhados pelo mapa, esses upgrades são distintos, cada habilidade possui vários seguimentos. Relíquias também são encrontradas, 191 no total, e alteram muito a maneira de se jogar, sem deixar a gameplay na mesmice.

✔️As dungeons são geradas de maneira procedural, com 3 níveis de dificuldade. Cada nível com suas recompensas e elementos novos.

❗️ O único ponto negativo é o sistema de reconexão, que numa eventual queda, não permite que o jogador volte para a partida, espero que melhorem isso imediatamente.

Todos esses elementos misturados entregam um leque infinito de opções, é incrivelmente divertido jogar estudando tantas possibilidades de build, armas, habilidades e maneiras de prosseguir na sua run. Além disso é uma excelente opção para jogar com amigos, muito desafiador já que a quantidade de jogadores reformula o nível de dificuldade, sem perder a graça.

Recomendo fortemente, 24$ chega a ser um valor simbólico para um jogo de acesso antecipado que esta praticamente pronto, polido e com muito conteúdo. A empresa acabou de anunciar uma nova atualização com personagem novo, arma nova, uma cacetada de coisas, e totalmente de graça! Gunfire tem personalidade, executa com perfeição a sua proposta, e está com um preço honesto, exemplo pra essas empresinhas full CTRL+V lootbox.

Apenas capture imagens/momentos, observando o impacto que eles causam nos bonequinhos, alterando seus comportamentos e opiniões.

Um jogo que apesar de ser lançado em 2016, representa perfeitamente todo o poder de influência midiático da atualidade, cultura do imediatismo, sensacionalismo, padrão de beleza, "ódio do bem" e a formação de opinião precoce das pessoas. Tudo isso por meio de sátiras, e elementos da quarta parede que se comunicam com o jogador.

Sem militância alguma, mas parei de usar o Facebook pouco antes do Bolsonaro vencer a eleição, devido a enxurrada de informações de cunho violento e extremista que explodiam na minha tela, mesmo restringindo boa parte das minhas "coisas" nesta plataforma. Particularmente foi uma das melhores coisas que eu fiz, era apenas uma válvula de escape para memes(que perdeu a graça depois que a sua família entra na onda) e até hoje eu não uso mais. Mesmo não absorvendo esse tipo de conteúdo, o simples fato de estar no meio dele, fazia mal pra minha saúde mental.

Apenas pra finalizar, sou a favor da liberdade de expressão, mas a partir do momento que ela invade a integridade moral, se torna um problema, ninguém tem o direito de apontar, oprimir ou agredir outra pessoa apenas por pensar diferente, mesmo que esse pensamento seja uma bost4.

Tomem cuidado, não se deixe levar pelo pensamento coletivo, mesmo que seja "bonitinho". Até a igualdade pode te manter prisioneiro, seja você.

Confesso que quando vi este jogo pela primeira vez, joguei por poucos minutos, tachei como mais um joguinho retrô, arcade sobre SCORE, que não renderia mais que duas horas. Hoje jogando com mais atenção, percebo que se trata de um rogue-like de personalidade, desafiador e com mais conteúdo do que eu imaginava.

Logo no menu percebe-se a grande variedade de modos de jogo, dungeons, desafios, triais, e até um incrível jogo de cartas, inspirado em Triple Triad do Final Fantasy. Esse conteúdo é desbloquado a medida que você supera esses desafios, bem variados por sinal, desde fugir duma dungeon sem arma ou jogar na completa escuridão. E o melhor, tudo de maneira procedural.

A sua habilidade é um fator determinante para a progressão do jogo, e claro, sorte no que você coleta aleatóriamente nas runs. Não existe atributos fixos para upar, facilitando as próximas tentativas, e isso torna tudo mais desafiador e satisfatório. Existem 9 personagens, com pequenas diferenças de gameplay, mas que alteram muito a maneira de se jogar.

Um ótimo jogo, pixel art nostálgica, trilha sonora com pegada bem clássicos da SEGA, e com um carinhoso easter egg do Super Mario. Não conhecia o trabalho do Caiysware, é um dev muito autêntico, extremamente atencioso com sua comunidade, e atualiza seus jogos com frequência.

Acompanho desde early access em fevereiro de 2018, periodicamente jogo 3/4 partidas pra ver como esta, houve um grande avanço em termos de otimização, porém no geral poucas novidades e mesmo passados 3 anos ainda sofre dos mesmos problemas...

✔️ Os gráficos são impressionantes, o nível de detalhes dos cenários é absurdo, você percebe que cada local recebeu muita atenção, e isso vale para personagens, monstros e itens. Cada ambiente, tanto interno como externo, possuem traços muito característicos. Existe um "glossário" interessante com a lore das armas, criaturas e locais.

✔️ A ambientação é muito acima da média para um jogo competitivo, Crytek fez um trabalho surreal neste aspecto, a imersão é insana, melhor que muito AAA. Ao movimentar-se, cada partícula do mapa emite efeitos sonoros responsivos e interagem com cada movimento. É impressionante observar o personagem esgueirando em meio a vegetação, esbarrando em uma garrafa ou o rangir da madeira ao caminhar. A sistemática mesclando PVP/PVE também é um dos seus destaques.

Mesmo entregando esses fatores com excelência, na minha opinião não sustentam um jogo focado em PVP. Hunt: Showdown se tornou caro, com uma comunidade pequena, principalmente na América do Sul.

❌ A maior parte das partidas sofri com ping alto. O sistema de busca desloca quem joga da América do Sul para a região secundária. Ao selecionar apenas SA como região de busca, o resultado é muita demora. Formar grupo com amigos pode ser mais rápido, porém com o grande risco de cair em partidas vazias. Falando nisso, não tem como saber quando se esta sozinho. Você pode estar jogando da forma mais tática possível, numa partida apenas com NPC's. Talvez seja o tal "hardcore" que dizem.

❌ O desbalanceamento é evidente, jogadores novatos/experientes nas mesmas partidas, e não estou falando de free for all ou casual, é Matchmaking mesmo. A falta de divisão de rank, talvez seja pela carência de jogadores. Como era de se esperar o novo sistema de pareamento de partidas por nível de habilidade da Att 16/04/21, apenas deixou ainda mais demorado encontrar partidas, e mesmo ativado eventualmente acaba não funcionando.

❌ Vejo um potencial gigantesco disperdiçado em relação a PVE/COOP, o mapa permite muitas possibilidades, ainda mais com essa lore grande por trás dos personagens, itens etc. Deviam investir em modos desafiadores, como defender hordas de monstros, buscar abrigos em casas, capturar itens etc. Isso consequentemente fortaleceria a comunidade, conquistando novos jogadores.

❌ Ainda que rode melhor que no beta, falta ajustes, como ao iniciar ou sair de uma partida, a tela de loading simplesmente congela todo seu computador por um longo tempo, e nem ALT+TAB salva. Falta sistema de notificação ao encontrar partidas, você é obrigado a vegetar na tela de busca, ou corre o risco de perder o grupo.

❌ O estopim para escrever esta análise, foi o que aconteceu recentemente. Tive a infelicidade de ser expulso de partidas pelo anti-cheat três vezes seguidas! Foi somente nesse dia, mas em tempos de banimentos gratuitos, isso é preocupante. O mais engraçado é que o hack come solto.

Infelizmente não posso recomendar esse jogo, principalmente pra quem joga SA. Pode ser divertido jogar esporadicamente com amigos, mas a longo prazo, fica visível que esses problemas vão atrapalhar sua jogatina. Um jogo inconsistente, desbalanceado e relativamente caro até o momento. Crytek foi ambiciosa em basicamente duplicar o preço após o lançamento, acredito que isso espantou grande parte de jogadores. Uma pena, esta engatinhando a 3 anos com um jogo que poderia facilmente estar em outro patamar. Espero que melhore e futuramente eu possa refazer essa análise positivamente.