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VA-11 Hall-A: Cyberpunk Bartender Action ou para deixar de ser um trava língua; Va11hallA, é uma visual novel que se passa em mundo cyberpunk distópico, mas mais precisamente em um bar. Possuindo um pixel art incrível e personagens muito bem escritos, o jogo te envolve de maneiras sutis mas extremamente efetivas que te pegam de surpresa, sem saber exatamente quando você ficou tão apegado aos personagens que nossa protagonista encontra diariamente.

Jogabilidade

Como dito anteriormente, Va11hallA é uma visual novel ou Romance Visual, gênero de jogo que tem foco total na história e quase nenhuma jogabilidade, onde praticamente todo seu enredo é contado por texto via interações entre os personagens da trama, tendo momentos chave em que suas decisões afetam acontecimentos futuros e até o próprio final do jogo.

Diferente da maioria dos jogos do gênero, Va11hallA não possuí rotas focadas em personagens nem a possibilidade de ter romances com eles. O jogo dá tempo de cena pra que todos possam desenvolver de maneira fluída, protagonista inclusa. Isso evita que alguém seja excluído da história ao custo de se focar outro.

Se tratando de um bar, Va11halla possui um sistema de servir bebidas aos seus clientes. Você possuí 5 ingredientes para colocar em um drink, com espaço para 20 deles em um único pedido. Diferentes quantidades alteram o produto final da mistura, e também há duas maneiras de servir a bebida no final. Desde o começo do jogo você possui acesso à um livro de receitas para os drinks, com várias abas para localizar bebidas de maneiras diferentes, alternando por coisas como tipo, sabor e etc. Nem sempre o cliente será direto sobre seu pedido, então preparar algo que se enquadre ao seu desejo é parte importante dessa mecânica.

Diferentes bebidas causam diferentes reações nos personagens, sejam elas positivas ou negativas, e as vezes até alterando formas de como os personagens interagem entre si, ali no bar. Um sistema interessante e bem sutil, as vezes sendo difícil perceber as mudanças que acontecem ao seu redor ao longo que a trama desenvolve.

História e enredo

Como sugere o título, você está em um universo futurista distópico cyberpunk, em Glitch City.
Um universo em que uma nanotecnologia infecta os cidadãos do mundo, com a intenção de oprimir e vigiar todos.

Estamos acompanhado a vida de Jill; bartender do VA-11 Hall-A, que vive em um apartamento pequeno com seu gato e tem a preocupação de ter dinheiro suficiente para pagar o aluguel no fim do mês.
Logo no início recebemos a notícia que o bar está para ser fechado, então o jogador vê de perto os últimos dias de funcionamento do estabelecimento.

Visuais

Logo de cara um pixel art mesclado com anime, uma ótima combinação. Va11hallA também abusa bastante de cores de tom de mais escuro, que realmente realça a atmosfera melancólica do dia a dia do povo de Glitch City.

Se tratando de uma visual novel, você não terá muitas animações além do simples piscar de olhos ou uma súbita mudança de expressão dos personagens ao longo que seus diálogos desenvolvem. Aos já familiarizados com o gênero, tal "problema" passará despercebido.

Como praticamente toda a história se passa no bar em que Jill trabalha, mudanças de cenário de fundo também são pouco frequentes. Ao menos aproveita-se o fato que o local parece ser bem confortável e dá uma sensação mais leve às interações que se passam por ali.

Trilha sonora

Provavelmente minha mais recente obsessão. Cada faixa melhor que a outra fez com que a experiência de estar conversando o tempo todo com pessoas fictícias ficasse ainda mais deliciosa.
Em Va11hallA você tem a possibilidade de colocar até 12 faixas para tocar por dia na caixa de música, sendo assim você a pessoa que controla o clima no bar, mesmo que não afete a história de nenhuma maneira.

A liberdade de escolher a trilha sonora é um recurso inesperado, mas que dificilmente encaixaria tão bem se o jogo não se passasse constantemente em um único lugar, o que dá ainda um charme ainda mais único pra toda a experiência.

Não consigo me cansar de ouvir Your Love is a Drug.


Conclusão

Um jogo que eu adoraria esquecer, simplesmente para jogar de novo como se fosse a primeira vez. Capaz de deixar um vazio existencial semelhante aos criados pelo fim de um bom slice-of-life.

Extremamente recomendado para fãs de VNs ou pessoas com interesses em uma história e personagens muito bem escritos. Uma experiência relaxante do começo ao fim.

O desenvolvedor fala no site do jogo algo sobre waifus também, caso isso seja seu interesse maior!
Posted 2 December, 2020. Last edited 2 December, 2020.
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13.3 hrs on record
Momodora: Reverie Under the Moonlight é um jogo indie de ação e aventura em side scrolling, mas mais identificável pelo sub-gênero Metroidvania, que gira em torno de explorar um grande mapa totalmente conectado e retornar a áreas com novas habilidades ou itens para desbravar seções inicialmente inalcançáveis pelo jogador.

Jogabilidade

Momodora busca bastante influência em Dark Souls, onde fortes elementos da série aparecem no jogo, como "fogueiras" para salvar seu progresso, recarregar HP e seus itens usáveis. E por último mas não menos importante: rolar com frames de invencibilidade, usado para desviar de qualquer ataque inimigo, essa sendo sua principal habilidade defensiva.

Desde o início, o jogo te dá suas principais habilidades de combate, sendo elas: Ataque básico, ataque à distância e o desviar. Ao longo que você progride pela história, é possível encontrar itens equipáveis ou consumíveis que melhoram seus danos ou adicionam efeitos diversos, o que afeta fortemente na maneira com que o jogador lida com os inimigos e chefes.

História e enredo

Você está no papel de Kaho, uma sacerdotisa da terra de Lun que veio até o reino de Karst em busca de uma audição com a corte real, querendo ajuda para acabar com a maldição que vem afetando sua terra natal.

Não muito o foco do jogo, a história parece ser apenas um pretexto para que os eventos aconteçam. Não é muito desenvolvida, mas também não chega a ser algo ruim que tire sua atenção, ou deixe a aventura menos interessante.

Trilha sonora

A fantástica trilha sonora tem em sua maior parte, uma temática melancólica que está de acordo com a situação do universo em que a protagonista se encontra. Um mundo (quase) sem esperança, afetado por uma força que aparentemente não tem explicação e forma de combater.

Embora cada faixa tenha o tema central em comum, elas se distanciam muito uma das outras, dando uma atmosfera mais convincente aos lugares que aparecem, inclusive os temas dos chefões, que além de serem bem característico à eles, também deixam as lutas ainda mais intensas e cheias de adrenalina. Uma obra de arte à parte, desse pequeno e incrível jogo.

Visuais

Provavelmente o que mais chama atenção. O belíssimo pixel art é fortemente elogiado, sendo as vezes o principal motivo para que o jogo seja comprado. As animações fluídas e cenários detalhados, mesmo com a contagem de pixels limitadas, dão toda uma identidade visual única para Momodora, indistinguível de outros jogos do gênero.

Seus cenários sombrios pixelados acompanhados da pesada e envolvente trilha sonora, eleva os valores de Momodora absurdamente, sendo de tirar o ar tamanha sinergia entre eles. Como em um jogo AAA de mundo aberto, as vezes encontrando paisagens longínquas e maravilhosas, fazendo o jogador parar para apreciar a vista, Momodora proporciona a mesma sensação com apenas uma tela de cenário, e em pixels. Uma forte surpresa, mas muito bem vinda.

Conclusão

Momodora: Reverie Under the Moonlight é um joguinho curto, mas incrível do início ao fim. A fluidez de seu combate e o design das áreas são maravilhosos, uma experiência que vale o valor baixo pago por ele. Aos fãs de Metroidvania e da série Souls, esse é de fato um título que deve ser experimentado antes de você morrer. Também recomendado para aqueles que buscam um desafio, e adorariam sofrer ao jogar nas dificuldades mais elevadas.
Posted 7 January, 2020. Last edited 8 January, 2020.
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49.4 hrs on record (48.0 hrs at review time)
Bloodstained: Ritual of the Night, um universo alternativo do já lançado Bloodstained: Curse of the Moon, é nada mais e nada menos que o que você esperaria de um jogo do criador de Castlevania: Symphony of the Night. Pai de um todo novo gênero, a experiência é concentrada apenas nas melhores partes dos títulos criados por ele, Koji Igarashi.

Metroidvania

Aos não familiarizados com o termo, "Metroidvania" é um sub-gênero de jogos de ação em side-scroller, que consiste em ter um grande mapa para ser explorado, mas sem uma direção inicialmente apontada para o jogador. Navegando livremente, você encontrará diversos bloqueios de progresso que precisarão de certo equipamento e/ou habilidade para proceder.

Esse tipo de design de nível é o que define o gênero, forçando o personagem agora com novas habilidades/equipamentos a reexplorar áreas que já havia passado, para assim continuar avançando na trama. Seu nome é a junção dos nomes das séries Metroid e Castlevania.

Jogabilidade

Sabendo como funciona o estilo Metroidvania, vem a jogabilidade na parte de ação, que envolve elementos familiares aos fãs da franquia Castlevania.

Sendo um side scroller, o jogador tem a capacidade de ir para esquerda ou direita, mas usando plataformas ou escadas, o jogador consegue atingir lugares mais altos, assim explorando andares acima do castelo.

O ataque básico, que em um apertar de botão será usado para derrotar os inimigos, onde o seu alcance, velocidade e dano vão depender da arma que está equipada. Possuindo vários tipos de armamentos, desde chicotes à armas de fogo, a experiência dificilmente fica estagnada, deixando o jogador sempre equipado com algo mais poderoso mas com outro estilo de combate, incentivando a adaptação da situação para enfrentar inimigos constantemente mais fortes ao longo que avança pelo jogo.

Shards ou Fragmentos, um sistema conhecido na franquia Castlevania, principalmente os títulos Aria e Dawn of Sorrow, consiste em cada inimigo ter a chance de derrubar seu fragmento quando derrotado, dando a capacidade para o jogador de usar seus talentos ao seu favor.
São ao total 6 tipos de fragmentos que podem ser usados ao mesmo tempo, e são eles os de cor:

Vermelho: Normalmente projéteis, ataques simples de dano único e mediano.
Azul: Fragmentos de uso constante, sejam transformações ou buffs, que consomem mana constantemente.
Roxo: Uma união dos dois fragmentos acima, normalmente projéteis mas com alguns consumindo mana constantemente enquanto são usados. Não possuem transformações nem buffs, e podem mirar com o analógico direito.
Amarelo: Atributo passivo. Enquanto equipado, vai melhorar certo atributo do personagem.
Verde: Familiares. Não consomem mana e constantemente te ajudam em combate, sendo possível evoluir eles.
Branco: Da mesma forma que o Amarelo, os brancos são passivos, mas não precisam ser equipados. Podem ser desativados a qualquer momento no menu. Os amarelos ao atingirem nível máximo, se tornam um fragmento de passiva Branco.

Com esse sistema, cada jogo se torna uma experiência única, pois nem sempre os mesmos fragmentos que foram adquiridos por um jogador durante a primeira playthrough serão os mesmos de outro.

História e enredo

A guilda dos alquimistas vem perdido sua influência ao longo dos anos, e em uma desesperada tentativa de retomar a posição de poder que antes possuía, começa a fazer pesquisas sobre invocações de demônios, para usá-los como arma de intimidação e assim ter mais poder político. No processo, foram criados os fragmentários, humanos que tinham a capacidade de absorver a forma cristalizada de poder demoníaco. Esses fragmentários então eram usadas de sacrifício em rituais para a invocação dos demônios. A situação toda perdeu o controle em certo ponto e a guilda dos alquimistas foi praticamente toda dizimada por essas criaturas.

Atualmente apenas dois fragmentários estão vivos, Gebel, sobrevivente de um dos rituais de sacrifício e a outra Miriam, que entrou em sono profundo por razões desconhecidas, e então foi poupada por receio de um dos alquimistas mais importantes da guilda.
10 anos no futuro e após acordar de seu sono, Miriam recebe a informação que seu amigo de infância, o outro fragmentário sobrevivente Gebel, estava invocando demônios e procurando vingança contra a guilda dos alquimistas. Determinada, nossa protagonista então parte em uma jornada acompanhada de Johannes, um jovem e talentoso alquimista, até o o castelo em que seu amigo está usando de refúgio, em uma tentativa de impedir seus planos.

• A história normalmente não é principal foco de um jogo deste gênero, e aqui ela faz apenas o papel de pano de fundo para o jogador ter uma noção do que está acontecendo aos seus arredores. Há algumas tentativas de construir um mundo com maior credibilidade por diálogos breves e textos em livros espalhados pelo jogo, mas nada suficientemente impactante para ser lembrado. O enredo cumpre seu trabalho, mas nada mais do que isso. Reviravoltas são vazias e até previsíveis, e a inexistência de desenvolvimento de personagens faz com que as tentativas de envolver o jogador ao mundo, sejam ineficientes.

Trilha Sonora

Trazida por nada mais nada menos que Michiru Yamane, já conhecida por ser a compositora das trilhas sonoras de muitos Castlevanias, principalmente os mais elogiados da franquia, ela vem para deixar sua marca também em Bloodstained, Ritual of the Night. Logo na primeira música que é reproduzida para o jogador, é capaz sentir a influência forte dos títulos anteriores que ela compôs, apenas exaltando as raízes clássicas que o jogo vende em seus trailers e também em sua jogabilidade.

Mesmo sem ser afetado pelo efeito nostálgico que trilha sonora proporciona, as faixas tem impacto direto muito forte em toda a campanha de Bloodstained. Cada música muda completamente a atmosfera da situação e lugar em que Miriam se encontra, seja a subida de uma torre, onde o ritmo acelerado provoca uma sensação de pressa, incentivando o jogador a subir cada vez mais rápido sem olhar para trás. Ou também quando se explora uma caverna subterrânea acompanhado de um tema mais calmo, que parece dizer para explorar a região com cautela.

Conclusão

Na ausência da Konami para proporcionar aos fãs de Castlevania o que eles mais desejam, Bloodstained está aqui para satisfazer os amantes desse gênero praticamente esquecido pelas empresas AAA. Sua jogabilidade encantadora, visuais incríveis e principalmente suaa trilha sonora de altíssima qualidade, faz com que Ritual of The Night seja uma das melhores experiências com o gênero lançados até hoje.
Jogo recomendado à todos, mas principalmente aos fãs desse gênero que graças a indústria indie, cresce cada vez mais entre os jogadores de todas as idades.
Posted 13 October, 2019. Last edited 27 November, 2019.
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67.4 hrs on record (64.7 hrs at review time)
Mafia 2 é um jogo de ação em terceira pessoa, sequência de Mafia, como sugerido pelo nome. Assim como o antecessor, o segundo jogo da série de três jogos também é em mundo aberto, se passando agora na década de 40, com um novo protagonista e uma história totalmente nova. Sendo uma versão totalmente melhorada do primeiro jogo, Mafia 2 é uma sequência digna dos padrões estipulados pelo o primeiro título da franquia, e dificilmente decepcionará os fãs do antecessor.

Jogabilidade

Essa categoria deve ser dividida em três partes, devido as grande diferenças entre cada uma.

Provavelmente a principal delas é a direção. Assim como em Mafia, o segundo jogo da série também te faz dirigir livremente pela cidade inteira, fazendo o que bem entender, mesmo quando a história linear do jogo te direcione para determinado lugar, raramente te pressionando com tempo.
A direção de Mafia 2 é muito semelhante ao do seu antecessor, mas melhorada. Cada carro tem leves diferenças que se nota enquanto navega pela cidade, seja pelo barulho, velocidade e até a capacidade de fazer curvas.
Agora possuindo customização dos veículos, algo não presente no primeiro jogo, que apenas tinha diversas variações de cor do mesmo carro vagando pela cidade para o jogador escolher o que lhe agradar mais. Em Mafia 2, você não apenas pode customizar as cores, como também fazer upgrades nos motores e outras pequenas modificações. Dirigir o próprio carro fica bem mais prazeroso com esse tipo de recurso disponível para o jogador.

Agora indo para o combate, em sua primeira variação: Combate com armas de fogo. Uma completa alteração foi feita em Mafia 2, e foi muito bem sucedida. Devido a uma mudança em como o personagem é demonstrado na tela, atirar ficou extremamente mais engajante e preciso, já que um dos maiores problemas do antecessor era ter o corpo do personagem bloqueando parte da visão, o que costumava atrapalhar um pouco. Também foi implementado um novo sistema que te permite pegar cobertura em objetos, que facilita muito em combates mas nem sempre é tão preciso quanto poderia ser, ainda assim é uma forma de deixar o combate o mais interessante possível.

Já a segunda variação do combate, é o Corpo-a-corpo. Logo no começo eles introduzem o novo método de lutar. Anteriormente era uma simples sucessão de botões pressionados até o alvo morrer, mas felizmente isso mudou. Ao entrar no modo de combate, você e o oponente ficarão em posição de luta, onde trocarão socos até um cair. Segurando um botão, você entra no modo de esquiva, que te permite desviar dos ataques inimigos, mas sem oportunidade para atacar de volta. O inimigo também possui essa mesma habilidade, e a luta consistirá de acertar os ataques em momentos em que a guarda dele está aberta, impedindo o famoso apertar um botão para ganhar, já que isso pode te custar a vida facilmente.
Embora não seja muito complexo e seja até bem fácil, é uma boa adição pro jogo que faz uma boa diferença em missões em que você deve lidar com pessoas sem matá-las.

História e enredo

Tudo se passa na década de 40, Vito e seu amigo Joe estão sendo perseguidos pela polícia, e infelizmente apenas Joe consegue escapar. Como o país estava em guerra naquele período, é dada a chance para Vito de ser preso ou ir lutar no exército, perdoando assim seu crime. A escolha feita foi ir pra guerra, onde Vito quase foi morto, e mandado devolta para casa devido ao ferimento que recebeu.
Lá, descobre que seu pai morreu e deixou uma dívida muito grande nos ombros de sua família, e precisava de dinheiro o mais rápido possível para resolver isso. Sabendo que seu amigo Joe estava envolvido em esquemas lucrativos, ele pede uma ajudinha para ele.

De longe o ponto forte da série é são suas histórias envolventes com excelentes personagens que te fazem se importar com os problemas que os enfrentam em seu dia-a-dia diferenciado. Chega a ser o ponto em que sua recompensa por concluir a missão é receber a pequena dose de cutscenes que dão continuidade aos acontecimentos na vida de Vito e das pessoas próximas a ele.

Trilha sonora

Mafia 2 possui rádios nos carros agora, não muitas estações, mas o suficiente. São diversas canções tocadas que deixam a tarefa de dirigir entre os lugares das missões bem menos uma tarefa, mas sim algo divertido. Sem mencionar o impacto histórico fortíssimo que tem colocar canções reais da época, aumentando muito a imersão do jogador naquele período que muito provavelmente não vivenciou. E não apenas isso, como também as notícias que contam situações do mundo, como invenções tecnológicas, a guerra e até mesmo atentados que o protagonista fez parte.

Não é tudo que o jogo tem a oferecer: Há também uma trilha sonora extensa, com diversas faixas para todos os momentos durante a aventura. A maioria com um tom mais de tensão ou melancólico, que é completamente compatível com as situações que os personagens se encontram ao longo da campanha, muito bem colocadas em seus determinados acontecimentos.

Visuais

Forte avanço gráfico comparando-se ao antecessor. O jogo está não apenas está com modelos e texturas melhoradas, como a composição de cenários e interiores estar muito menos "vazia", como era o caso do primeiro jogo.
Uma melhoria não esperada, mas muito bem vinda. Explorar diversos cantos dos mapas, principalmente em busca dos coletáveis, se torna uma tarefa bem mais interessante quando há esforço nesse aspecto.

Mafia 2 tem uma atmosfera um pouco pesada, totalmente de acordo com a realidade presente: Um período de guerra. Esse é o ar que se passa sobre a cidade, sem contar a temática da história que possui muita violência regada a álcool. Fazendo algumas missões é possível perceber esse clima mais forte que ronda pelas ruas de Empire Bay, de uma maneira muito bem executada.

DLCs

Uma completa decepção, e já acelerando o processo, são uma completa perda de tempo se você não está interessado em pegar o 100% das conquistas.

Se você espera histórias paralelas com a mesma qualidade que a da campanha principal, esteja preparado para se decepcionar muito. As DLCs funcionam de maneira diferente da história normal, existem diversos marcadores pelo mapa onde você vai até eles e inicia a missão, na ordem que você bem desejar. Um dos problemas é que todas possuem tempo limite, o que não dá tanta liberdade assim para o jogador fazê-la em seu ritmo, não importando o tipo de missão.

O menor dos problemas é o tempo limite, mas sim como eles desenvolveram as missões. Existem algumas poucas missões realmente importantes que avançam minimamente a história das DLCs, e a maioria é apenas repetições sem nenhuma inspiração, com apenas uma linha de contexto para suas ações. De maneira resumida, são que nem aquelas missões de matar javalis em MMORPGs que ninguém se diverte fazendo. E são muitas dessas missões, que são totalmente necessárias para a conclusão das DLCs, já que as "missões principais" só se liberam após a terminar essas secundárias.

Definitivamente não vale o tempo investido para uma história que dava para ser contada em menos de uma hora.

Conclusão

Um jogo de ação com uma história envolvente e personagens fantásticos, se passando em uma época distante onde tudo era bem diferente do que estamos acostumados. Passe bastante tempo dirigindo pelas ruas de Empire Bay, ouvindo tanto a rádio que ficará com suas músicas na cabeça, enquanto tenta sobreviver diversas batalhas contra a Máfia, em Mafia 2.
Evite as DLCs caso queira sair satisfeito com a experiência.
Altamente recomendado para os fãs do antecessor e até mesmo para quem não o jogou, mas está em busca de uma experiência com um novo jogo de mundo aberto.
Posted 7 December, 2018. Last edited 7 December, 2018.
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45 people found this review helpful
1,538.5 hrs on record (377.4 hrs at review time)
Monster Hunter: World é um RPG de ação com uma identidade única. Sua principal característica é colocar o jogador no papel de um caçador, que precisa aprender a explorar seus arredores, entender como a vida das regiões funciona, sem sua intervenção direta a menos que necessário. É você contra a natureza, e uma natureza pode ser bem mais perigosa do que se pode imaginar.

Jogabilidade

O aspecto mais chamativo, embora tenha um combate difícil se acostumar, principalmente com as configurações padrões de câmera e outros recursos sendo terríveis. Requer umas leves modificações para que a experiência seja a mais agradável possível.

Dando uma atenção especial ao combate, ele tem uma ideia extremamente interessante. São 14 tipos de diferentes de armas, com seus estilos únicos de jogar, onde a maioria é fácil de entender mas difícil de masterizar. São diversos combos, variações de ataque, onde os jogadores iniciantes podem ficar confusos para entender, já que muita informação sobre os equipamentos não é dito em lugar nenhum. Altamente recomendável procurar tutoriais de como manejar de maneira efetiva a arma de sua escolha.

A construção de personagem é uma bênção para as pessoas que não gostam de criar novos personagens para experimentar estilos de jogo diferentes. Explicando de maneira simples, cada peça de armadura possui suas habilidades passivas, onde até mesmo as mais simples, tem capacidade de mudar totalemente o jogo. Esses efeitos também podem ser aprimorados pelo uso de certas 'jóias', que se encaixam em equipamentos com seus slots. Basicamente, sua build é o equipamento que você usa, onde você pode mudar em qualquer momento do jogo (menos em meio de combates), para adequar às suas necessidades em missões específicas.

O jogo consiste em lutas contra chefes, e nada mais. Existem inimigos menores, mas quase nunca serão o foco das missões que você realizará. São diversos monstros grandes, com suas fraquezas e padrões de ataque. As maneiras de lidar com eles variam muito, principalmente em um jogo onde cada arma funciona de uma forma única, assim sendo necessário aprender métodos alternativos para abusar das aberturas e das fraquezas de seus inimigos, isso se torna mais requisitado em caçadas mais dificeis, onde os monstros dão pouco descanso para o jogador.

História e enredo

Você é um(a) caçador(a) que veio ao Novo Mundo junto com vários outros, na Quinta Frota. Devido aos estranhos acontecimentos com a migração dos Dragões Anciões, poderosos monstros que sozinhos são capazes de desestabilizar um ecossistema inteiro. Você e todos em Comissão de Pesquisa buscam por respostas sobre essas fortes mudanças no meio ambiente, que causou a migração desses seres. Ao chegar em Astera, você e sua parceira começam a fazer as pesquisas sobre as mudanças do comportamento dos monstros da região, afetados pela migração dos Anciões.

Provavelmente o ponto menos interessante de Monster Hunter, é o seu plot. A premissa é muito boa, mas explorado de uma maneira superficial que não envolve muito o jogador, embora seja interessante saber mais sobre cada criatura, não é dado muito conteúdo informativo sobre os monstros, mesmo os famigerados Dragões Anciões. Apenas pinceladas leves sobre sua existência, o mundo e como ele funciona.
Os personagens não possuem desenvolvimento algum, onde sua maioria possui personalidades simples com pouca caracterização. Mesmo sua parceira, personagem que devia ser considerado importante, já que participa de praticamente toda campanha, não muda nada ao longo da história, deixando as interações com todos os NPCs bem superficiais.

Trilha Sonora

Totalmente orquestrada, dá um ar mais profundo nas situações que o jogador se encontra. Mesmo inicialmente não prestando atenção, por conta de estar concentrado nas lutas, as faixas entram e ficam na cabeça, geralmente se percebe isso quando se escuta sua trilha fora do jogo.

As lutas contra os monstros são experiências únicas naturalmente, mas que recebem um forte boost graças aos temas tocados, principalmente contra os chefes mais fortes, que possuem suas faixas específicas. Boa música é algo que todos apreciam, mas quando ela e a situação parecem ser uma única coisa, nesse momento você percebe o trabalho excepcional dos artistas envolvidos.

O jeito que as músicas específicas de certos monstros são compatíveis com suas ações, é algo maravilhoso de se notar, aumentando muito mais a adrenalina dos combates e dando ainda mais personalidade para cada um dos monstros, sem a necessidade de texto algum.

Visuais

Apesar da Capcom trazer uma versão com texturas de baixíssima qualidade (provavelmente um bug?), o jogo consegue se exaltar com os mapas que cria. São ecossistemas incríveis, que enquanto se explora as primeiras vezes, é capaz de te envolver de uma maneira mais forte que a própria história da campanha principal. As vidas menores interagindo, os monstros grandes que vivem nas regiões, tudo trabalha de uma maneira única que mesmo sem a presença e interferência do jogador, continuam vivendo suas vidas e interagindo entre si, deixando ainda mais vívido o universo do jogo e seus cenários.

Poucos jogos tem uma capacidade visual tão poderosa, mesmo sem gráficos exageradamente realistas, o jogo supera com seu design de áreas maravilhoso, onde tudo é bem conectado e tem sua beleza específica. Novos detalhes das regiões podem ser notados mesmo após diversas missões feitas em cada uma das regiões. Identidade visual é provavelmente a arma mais forte no arsenal de Monster Hunter World.

Conclusão

Embora seja um jogo que gostaria de recomendar para todos, não é algo que consigo fazer. É um excelente, belo e com um mundo envolvente, mas que só tem a capacidade de agradar determinado público, principalmente os fãs de um bom grinding. As vezes uma tarefa cansativa, mas que consegue ser recompensadora, o que deixa a repetição muito menos massante e mais prazerosa pro jogador.
Um RPG fantástico capaz de proporcionar uma experiência única, que vai te arrastar por horas sem descanso, enquanto avança construindo seu personagem do seu jeito e enfrentando criaturas cada vez mais desafiadoras.
Posted 9 October, 2018.
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4.9 hrs on record
Do mesmo criador de DLC Quest, foi uma total surpresa para mim. Um clicker ou idle game que foi além das minhas expectativas após um curto tempo jogando. Diferente da maioria dos jogos do gênero, esse jogo não continua funcionando após ser fechado, pois não precisa, afinal é uma experiência curta e bem linear, que destaca seu humor e história.

Jogabilidade

Aos não familiares com clickers ou idles, o jogo consiste em clicar em uma função repetidas vezes para conseguir a moeda, imitando uma tarefa como trabalhar, no caso de Loot Box Quest. Você consegue dinheiro para comprar atributos que lhe permitem conseguir dinheiro mais rapidamente, além de outras currencias necessárias para o avançar do jogo.
Quanto mais melhorias você destrava, mais é necessário para uma próxima, mas em uma escala não muito absurda como a maioria dos jogos desse gênero.

A jogabilidade é simples, não muito pode-se analisar sem trazer pequenos spoilers tanto da história quanto os recursos que se liberam ao longo do caminho, que mudam boa parte de como o jogo é jogado, embora mantendo a essência de um clicker acima de tudo.

História e enredo

Tudo começa com você jogando MacGuffin Quest 2, onde você começa a farmar muitas Loot Boxes que são presentes no jogo, e decide então criar um canal em uma plataforma de vídeos onde você abre essas caixas. Estranhamente isso começa a dar certo, você começa a ganhar seguidores e até mesmo dinheiro de sistema de propagandas, e daí que o jogo caminha.

Os momentos futuros do jogo consistem em você usar esse dinheiro de uma maneira inteligente, crescendo nessa indústria de uma maneira extremamente peculiar. Com muito bom humor, o jogo desenvolve todo um progresso do nosso protagonista, que leva a um satisfatório final.

Conclusão

Mesmo Loot Box Quest sendo um jogo extremamente curto, e com pouco a analisar, ele ainda é uma experiência que vale o pouquíssimo dinheiro gasto. Em um momento do jogo, ele mesmo te avisa que ainda é possível fazer um reembolso, caso não tenha sido o que você queria.
Ele tem uma ideia sobre microtransações / loot boxes bem interessante, em um universo mais "apocalíptico" dessa situação que com certeza não agrada muitos jogadores, e é até mesmo uma boa crítica.
Recomendado para os fãs desse gênero interessante, que poderiam ter mais títulos com história como esse aqui.
Posted 9 August, 2018.
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96 people found this review helpful
40.2 hrs on record (40.2 hrs at review time)
O clássico de 1995 está finalmente em sua versão de PC! Chrono Trigger é um JRPG com batalhas de turno, que na época, impressionou com as novidades para o gênero que o jogo trouxe. Considerado até hoje como um dos melhores jogos de RPG, o jogo envelheceu de maneira saudável, onde muitos fãs mal não acreditam na necessidade de um remake.
Com uma história fácil de seguir, e personagens fortes que dão maior vida aos acontecimentos, Chrono Trigger consegue facilmente conquistar o coração de muitos, até hoje.

Port

A versão de PC teve um começo desastroso. Portado da versão mobile, o jogo não tinha nenhuma identidade visual própria, além de ter o sistema de interface extremamente desconfortável, onde você clica nos menus como se estivesse em um touchscreen de celular.
Os gráficos então, conseguiam deixar o jogo mais horrendo. Colocaram um blur em todos os sprites e chamaram de "Textura de Alta Qualidade", sendo que na tela de um celular, ficava "ok", embora em um monitor de alta resolução, não era a mesma coisa.
Muito criticados por esses e outros problemas, uma equipe de desenvolvimento tratou de trazer (4 patchs até o momento dessa análise) para arrumar tudo, desde a interface de batalha/menus de equipamento como até os gráficos. Tudo atualmente pode ser mudado nas configurações, dando uma experiência mais próxima da versão de Super Nintendo, principalmente graças aos pixelart original estar disponível agora.

Jogabilidade

Como praticamente todo JRPG da época, Chrono Trigger possui um sistema de batalha de turnos, mas que trouxe algumas inovações, que realmente deixa a experiência mais frenética, e uso de raciocínio para as batalhas mais intensas do jogo.

Seu sistema de turnos originalmente é ativo (tendo a opção de mudar isso), onde cada personagem tem uma barra que carrega baseado no atributo do personagem Speed. Quanto mais speed, mais turnos é possível realizar em menos tempo. Isso também vale para os inimigos, que também possuem sua 'barra para turnos', mas que é invisível para o jogador.
A velocidade da batalha é definida pela sua habilidade de tomar decisões mais rapidamente, em alguns momentos, sendo crucial para uma vitória contra um chefe.

Fora de combate, o jogo não oferece muito, sendo apenas andar e interagir com NPCs, que são a raiz da história desse e de todos os RPGs.

História e enredo

Os acontecimentos de Chrono Trigger são dificeis de contar sem nenhum spoiler, mas a aventura se inicia quando Crono vai até a Feira Milenar, que faz a comemoração do ano 1000 D.C. Lá, ele conhece uma mocinha muito alegre, que lhe faz companhia durante a feira, enquanto aguardava a apresentação da sua amiga de infância gênio ficar pronta.
Lucca então faz a demonstração de como seu Telepod funciona, teletransportando uma pessoa de um lugar para o outro. O que não se sabia, é que um objeto na posse da mais nova amiga de Crono, causaria algum tipo de reação no Telepod, abrindo então uma espécie de portal que a faz desaparecer. Crono sensibilizado com a situação, vai em busca de sua mais nova amiga, e aí inicia-se uma aventura atemporal.

Diferente de muitos RPGs, a história flui de uma maneira fácil de seguir, mesmo usando conceitos que podem ser complexos, como a viagem temporal. Todos os acontecimentos são contados de uma maneira sólida, que até mesmo crianças conseguem aproveitar o poder da narrativa. Rico com uma história bem desenvolvida e personagens com características fortes, se torna impossível não se envolver com o mundo dos personagens e com os acontecimentos que o cercam.

Trilha Sonora

Difícil descrever Chrono Trigger sem sua maravilhosa trilha sonora, onde todas as faixas, sem exceção, são memoráveis. Os créditos para a capacidade de mudar toda a atmosfera dos acontecimentos, ou até mesmo passar sensações diferentes devem ser dados quase que completamente para a incrível OST que esse clássico possui. Uma qualidade tão alta, que ainda inspira muitos artistas até os tempos de hoje.

Visuais

Como muitos devem reparar, sua semelhança com Dragon Ball é facilmente notada de longe. Isso se dá ao fato que Akira Toriyama foi o criador das artes usadas no jogo. É ainda mais notável nas animações dentro do jogo, onde basicamente temos curtos episódios de animê de Chrono Trigger.

O pixelart ainda é fantástico, onde graficalmente o jogo envelheceu muito bem, sendo até dispensável remakes gráficos para ele. Altamente recomendável evitar as "Texturas de Alta Qualidade" já citadas aqui, para uma melhor experiência para seus olhos.

Conclusão

Um clássico que merece todos os elogios do mundo, finalmente disponível no Steam. Inicialmente um port preguiçoso, que após um tratamento sério da equipe da Square, conseguiu trazer boa parte da experiência real do jogo de SNES.
Uma história fantástica que aborda o tema de viagem temporal, com personagens sólidos capazes de moldar toda um enredo em volta deles, simplesmente dando mais vida e credibilidade à história e ao mundo que os cercam.
Foram prometidos mais patchs pela equipe, mas nesse momento, o jogo já está do jeito que deveria ter sido quando foi lançado.
Altamente recomendável para todos os tipos de jogadores, mas principalmente os amantes de um RPG bem escrito, e aos já fãs do título.
Posted 29 July, 2018. Last edited 21 November, 2018.
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13.1 hrs on record
Bloodstained: Curse of the Moon é um side-scroller de ação e aventura, também a prequel de Bloodstained: Ritual of the Night. Sendo categorizado como um sucessor espiritual dos Castlevanias do NES.

Do mesmo criador do jogo que praticamente criou um novo gênero, Castlevania Symphony of the Night, Bloodstained COTM tem toda a essência de sua inspiração nos clássicos da série e algo mais. Embora baseie-se em um jogo já existente, consegue ter sua identidade própria em meio de tanta semelhança.

Jogabilidade

Assim como já foi mencionado, aos já familiarizados com Castlevania não irão notar nenhuma diferença em termos de jogabilidade (inclusive os malditos knockbacks, o maior responsável de mortes). Um side-scroller de ação e aventura, que mostra como um gênero tão antigo ainda consegue ser bem sólido.

Além do básico de andar em duas direções e ter seu ataque normal, o jogo te permite usar uma "arma secundária", que varia dependendo do personagem que você estiver controlando no momento. Cada arma tem seu efeito único, e também sua utilidade varia do momento, além do próprio dano e consumo de "munição". Tais armas são extremamente úteis contra inimigos estrategicamente posicionados, como também os chefes do jogo.

Por mais que passe despercebido, o maior brilho desse gênero é o seu level design. Embora não possa chamar algo de 'realista', mas seus formatos são totalmente feitos para intensificar os desafios, mesmo sem os malditos knockbacks conhecidos de Castlevania. Inimigos em posições não acessíveis de maneira fácil, com ataques à distância é um excelente exemplo de como faz o jogador aprender a lidar com o terreno que pisa, para assim derrotar o inimigo. Em diversos momentos você tem que lidar não apenas com os oponentes como a área em si.

8 fases cheias de inimigos únicos, caminhos e atalhos que se adequam ao "tipo de jogo" que você está seguindo. Seja um caminho que faz fortes aliados, proporcionando uma variedade maior na jogabilidade, ou solitário e cheio de poderes únicos adquiridos pelos sacrifícios daqueles encontrados em seu caminho. Uma variedade atordoante, para um jogo que inicialmente chama atenção pela sua simplicidade.

História e enredo

Você está no papel de Zangetsu, um homem que recebeu a maldição da lua pelos demônios, que se torna caçador de demônios, e promete a si mesmo que não iria parar até que o último da raça que o amaldiçoou seja eliminado.
Um dia, o corajoso homem sentiu um imenso poder de um demônio, e acompanhado apenas de sua espada, partiu em uma jornada para acabar com a ameaça que havia surgido.

Muito comum de jogos clássicos, a limitação de memória era sempre um problema que deixava extremamente difícil colocar textos em títulos de ação carregada. Geralmente toda a informação vinha de pequenos diálogos rápidos, ou até mesmo contada nos manuais oficiais que acompanhavam os jogos.

Trilha sonora

Uma total viagem ao passado, recheada de nostalgia, mesmo com faixas totalmente originais. Não possuindo nada além de 8-bits, mantendo uma credibilidade não apenas visual como também auditiva. As faixas são bem animadas e embora não são capazes de mudar completamente a atmosfera, são extremamente divertidas de se ouvir, além do enorme prazer que dá sair matando criaturas sombrias ao som de um bom e velho 8-bits.

Visuais

Você estará diante do mais simples gráficos, mas que ainda consegue ter uma forte atmosfera com suas cores chamativas, que se destacam facilmente no próprio cenário.

Cada fase tem sua própria identidade, seja um calabouço ou uma caverna de gelo, com poucos detalhes como a própria cor e breves resquiços no cenário de fundo, você consegue distinguir o lugar que você está, e é um ponto extremamente forte, visando as limitações visuais de um jogo em 8-bits.

Conclusão

Um excelente side-scroller que tem uma forte inspiração em um grande nome do passado, com uma aventura totalmente original. Seu tempo de jogo é curto, mas contando todos os finais possíveis para a trama, é capaz extender essa vida útil facilmente.
Totalmente recomendado para os antigos fãs dos primeiros Castlevanias, e também para pessoas interessadas em uma excelente experiência que remete aos bons e velhos jogos de uma era distante.

• Análise também disponível na curadoria Nave dos Gamers
Posted 22 June, 2018. Last edited 24 June, 2018.
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50.3 hrs on record (47.5 hrs at review time)
Originally posted by Bryan Loeher:
Dark Souls, é um jogo de RPG em terceira pessoa com uma temática fantasiosa e sombria que tem como principal ideia a perseverança de uma pessoa amaldiçoada, num mundo onde a esperança é a única coisa que mantém a sanidade de alguém. Conhecido por ser um dos jogos mais difíceis da atualidade, esse que mesmo com diversas falhas, consegue proporcionar uma experiência única para os jogadores fãs de RPGs ou os que buscam um desafio maior.

Sobre a remasterização

Antes de continuar, sua principal pergunta sobre a versão remasterizada deve ser "Vale à pena?", a resposta varia dependendo de sua situação. Se você já jogou e terminou a versão antiga, então não vale, mas caso seja um jogador que experimentou seus sucessores apenas, ou simplesmente quer dar uma chance para a franquia, então sim, com certeza vale.

A versão remasterizada não trouxe nenhuma novidade impactante, além dos óbvios 60 frames por segundo e suporte para 4K. O online está mais funcional também, então os pactos estão funcionando como deveriam, talvez seja esse um bom motivo para veteranos darem uma chance de novo para o jogo. Uma nova forma foi adicionada para a troca de pactos, sendo possível fazer isso de qualquer fogueira, alteração semelhante ao sistema de pactos de Dark Souls 3.

A jogabilidade foi mudada em alguns quesitos: Fantasmas agora têm acessível o Frasco de Estus, mas em quantidade reduzida comparando com o dono do mundo. Isso inclui em Co-op e PvP.
Mantendo o tópico, o número de players por sessão também foi aumentado de 4 para 6, além de servidores dedicados para o modo online.

Jogabilidade

Dark Souls tem uma das jogabilidades mais envolventes e dinâmicas dos RPGs de ação atuais. Reflexos e boa leitura dos ataques inimigos são extremamente necessários para que o jogador avance pelo jogo. Sua fama pela dificuldade é real, e é esse o principal charme da franquia, que testa a determinação daquele no controle enquanto usa a própria história de seu mundo para dar uma maior significado para os que desistem ou perseveram e vencem.

Usando um arsenal com diversos tipos de armas, permite-se uma variação boa de métodos de jogo que se adequem melhor para qualquer tipo de jogador. Infelizmente, são poucas as armas que chegam a ser viáveis em PvP e também PvE. O jogo é altamente desbalanceado nesse quesito, tendo uma ou duas versões de cada tipo de armamento usável (sem nenhum tipo de encantamento).

História e enredo

Dark Souls conta uma história trágica de um mundo em decadência. No reino de Lordran, você consegue ver os impactos intensos que a maldição tem causado de uma maneira assustadora. Você, é nomeado o morto-vivo escolhido que é citado na profecia sobre o fim da Era do Fogo, onde um campeão irá surgir para tocar os sinos do despertar na antiga terra dos lordes.

Seu universo é vasto e a exposição é feita de maneira meticulosa, com detalhes escondidos em todos os cantos, desde descrições de itens até diálogos rápidos que costumam passar despercebidos. A riqueza de detalhe faz a construção do mundo ser mais forte, parecendo mais real e dando credibilidade ao que o universo apresenta, deixando a experiência ainda mais imersiva.

Trilha sonora

Provavelmente uma das trilhas mais intensas de RPGs, com faixas que passam a sensação de angústia e insegurança. Mesmo possuindo algumas músicas mais calmas como da área de 'descanso' do jogo, as que mais são relembradas são as dos chefes, onde cada um possui seu próprio tema que é completamente adequado ao tipo de inimigo que está enfrentando.

O principal efeito dessa magnífica trilha sonora, é aumentar a pressão nos combates de uma maneira quase imperceptível. É comum a maioria dos jogadores não notarem detalhadamente as faixas em meio ao combate já intenso, e é essa sincronia que faz os combates serem ainda mais impactantes. Uma obra de arte à parte.

Visuais

Dark Souls Remastered pode não ter os gráficos que todos gostaríamos que tivesse, afinal não é um impacto muito forte para os antigos jogadores de PC com o famigerado DSfix. Mas ainda teve ótimas melhorias gráficas, principalmente se tratando de iluminação.

Já o visual chave do jogo, são seus detalhes no desenvolvimento dos cenários. Todo o visual sombrio é fortemente reforçado ao longo da aventura, dando cada vez mais força para a ideia que o mundo está decaindo lentamente. Ruínas, cavernas, cidades abandonadas, são extremamente detalhados ao ponto de ser prazeroso observar o trabalho colocado nessas áreas, tirando o fôlego de jogadores com olhos mais atentos. A atmosfera é facilmente moldada pelo talento da equipe artística, e é provavelmente um dos principais charmes da série Souls em geral.

Conclusão

Dark Souls remastered é o que Dark Souls Prepare to Die devia ter sido, mas não foi. Totalmente contra indicado comprar essa versão se já terminou o jogo original, já que não há nenhuma mudança significante que valha pagar pelo alto preço novamente.
Caso não tenha experimentado o jogo anteriormente, ou apenas jogou em consoles, Dark Souls Remastered é sim fortemente recomendado, principalmente para fãs de jogos desafiadores, com jogabilidade envolvente e um universo rico para ser explorado.
Posted 12 June, 2018. Last edited 12 June, 2018.
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19.9 hrs on record (19.6 hrs at review time)
Um clássico que retorna à loja do Steam após cinco anos. Mafia, ou Mafia: The City of Lost Heaven é um jogo em terceira pessoa em "mundo aberto", que conta uma envolvente e intrigante história nos anos 30. Seu charme é totalmente baseado nos carros antigos disponíveis, com um catálogo extenso e gráficos ótimos para 2002, que infelizmente não envelheceu da melhor maneira.

Jogabilidade

Nada muito a explicar, você geralmente ou está dirigindo ou atirando em alguém. Os controles são bem óbvios para todas as funções, como a maioria dos FPS/TPS. No início é meio estranho jogar, devido ao problema de movimentação ser algo muito mais travado (e impreciso em questão de armas de corpo-a-corpo).

Passado a falta de costume inicial dos movimentos e combate, vem o recurso que é provavelmente o ponto chave do jogo: Dirigir. Os carros são lindos de se ver, modelos antigos pode ser uma espécie de vício para alguns, e os mais fanáticos vão adorar esse fator de Mafia. Os detalhes nos veículos são incríveis para um jogo de 2002. Os controles dos jogando no controle e teclado não são ruins, e dirigir pela cidade é até gostoso, mas a falta de um minimapa mais elaborado (não confundir com um cheio de informações) seja um problema, pois grande parte do tempo você se verá apertando o botão para ver o mapa completo, se perguntando se está no caminho certo.

Como dito inicialmente, o jogo é em "mundo aberto", o que quero dizer é que ele parcialmente é e não é ao mesmo tempo, visando o formato linear que a história prossegue, diferente da maioria dos jogos do mesmo gênero. A campanha é construída de maneira onde você possui um objetivo que não pode recusar, embora seja possível ficar brincando na cidade enquanto ela acontece. A maioria dos jogos do gênero te dá a opção de aceitar ou não a missão de antemão, até lá, você pode ficar se divertindo sem rumo, mas não é o caso de Mafia. Ele te dá um ponto inicial e um final de cada missão, iniciando automáticamente a próxima, continuando a história. Felizmente existe o modo Free Ride e o Free Ride Extreme, para quem tem a vontade de apenas vagar e causar o caos pela cidade.


História e enredo

Estamos na pele de Tomas Angelo, um jovem taxista que trabalha duro diariamente para ter sua dinheiro no fim do mês. Infelizmente enquanto descansava após algumas corridas, ele estava no lugar errado na hora errada. Um acidente devido à uma perseguição ocorre perto dele, e dois cavalheiros armados forçam nosso querido Tom a dirigir e despistar aqueles que os perseguiram.
Após salvar ambos, Tom é recompensado com uma alta quantia de dinheiro e foi-lhe oferecido um serviço, trabalhando para Salieri. Na hora imaginou que o melhor seria deixar pra lá e seguir sua vida, não se envolver com esse tipo de gente, mas mal sabia que a placa de seu taxi foi memorizada por aqueles que não estavam nem um pouco feliz com a fuga dos dois homens de Salieri. Nisso, Tom se vê forçado a pedir ajuda para o Salieri, assim começando a nossa de fato, a história.

Os personagens podem não ter o maior carisma nem terem desenvolvimentos complexos, mas a maneira que a história flui com Tom e todos os acontecimentos envolvendo a Mafia, é extremamente cativante. Do começo ao fim você se pega querendo saber mais e mais de tudo que ocorre, os problemas, intrigas e os resultados de suas ações na campanha. Há pouco a se explicar sem dar nenhum spoiler, mas muitas reviravoltas acontecerão quando menos você esperar, te fazendo ficar sentado na ponta da cadeira.

Trilha sonora

Todas as faixas originalmente presentes no jogo são totalmente apropriadas para o estilo e período em que Mafia se passa, dando ainda maior a sensação de estarmos realmente em 1930.

Infelizmente há um problema grave... A versão atual do Steam não tem a maravilhosa OST original. Grande parte das faixas foram retiradas do jogo devido à problemas legais com seus autores originais. Um extremo decréscimo na qualidade, provavelmente o sacrifício necessário para trazer o jogo para a loja novamente. Ainda é possível baixar e instalar a OST de maneira não-legítima, ou tendo a versão física do jogo.

Apesar de ainda possuir algumas das faixas originais, ainda não é o suficiente para passar os mesmos sentimentos. Dirigir não é tão relaxante sem as músicas animadas que abusam dos instrumentos de corda. Todo o trajeto de missão em missão se torna bem menos uma tarefa, e sim uma diversão. Mafia é originalmente é carregado com músicas tensas que dão toda uma nova cara para os momentos críticos da história, além da sensação de insegurança que passam nas trocas de tiros com seus inimigos, principalmente pelo fato que o jogo é extremamente cruel com a barra de vida do jogador. As trilhas das missões de perseguição provavelmente deixam como uns dos momentos mais tensos do jogo todo. Essa mixagem de sentimentos é principalmente culpa da fantástica trilha sonora que já esteve presente em Mafia, e provavelmente foi necessário o sacrifício para que o jogo retornasse à loja Steam.

Conclusão

Um clássico, excelente em praticamente todas as categorias que apresenta, embora tenha gráficos bem envelhecidos para o ano que estamos, e o fato da trilha sonora original não estar presente, se torna até impossível aproveitar o excelente enredo para algumas pessoas. Passando por esse problema áudio visual e a leve falta de costume inicial na jogabilidade, Mafia irá te surpreender de maneiras que você não havia imaginado. Totalmente recomendável para amantes de mundo abertos e histórias sobre o mundo da máfia e organizações criminosas.

• Análise também disponível na curadoria Nave dos Gamers.
Posted 15 May, 2018. Last edited 20 May, 2018.
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