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A noite invade a alma, um mar sem fim,
O silêncio ecoa, vazio, em dor,
Um suspiro afogado, a morrer em mim.
A lua pálida, fria e indiferente,
Beija o horizonte que chora em vão,
Cada estrela, um lamento penitente,
Cravado no peito, sem redenção.
As sombras abraçam o que restou,
Memórias desfeitas pelo vento cruel,
E o coração, que um dia pulsou,
Agora é cinza sob o véu do céu.
Ah, que saudade do que não vivi,
Dos sonhos que a escuridão tomou,
Neste abismo, só eu e o fim,
Sem esperança, que o tempo calou.
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